Na macroeconomia existem três períodos:
1)curto prazo.
2)médio prazo.
3)longo prazo.
No primeiro basta olharmos a demanda, uma vez que a oferta é horizontal, indicando que o nível de preços é fixo. No segundo, basta olharmos a oferta agregada, ela que irá indicar o nível de produção, enquanto que a demanda irá apenas elevar o nível de preços e no longo prazo o que determina o crescimento econômico é a inovação e ganhos de produtividade.
Não adianta, no entanto, pensarmos de forma fechada para estes três conceitos. Um necessariamente irá se confundir com o outro em algum, ou vários momentos. Analisando por exemplo o seguinte gráfico:
São dados de 95 até 2013, perceba que a diferença nos preços é de mais de 10 p.p. para uma diferença de 6 p.p. no desemprego, se analisarmos de 12% de desemprego em direção a 6%. Essa curva de Phillips indica, então, que o nível de preços para a economia brasileira não é fixo, portanto, podemos estar falando de médio e longo prazos.
Contudo, analisando o crescimento econômico, o PIB per capita brasileiro cresceu em média 2% nesse período, a mesma taxa média da economia americana, mas em comparação com a China e Coreia do Sul que cresceram 7.4% e 6.3% respectivamente, estamos bem abaixo.
Para o Brasil alcançar um nível de pais desenvolvido em termos de PIB per capita, precisaríamos dobrar nossos atuais 11.600, mas com essa taxa, iremos conseguir isso apenas em 51 anos, com uma taxa de 2% de crescimento anuais. Caso elevássemos a taxa de crescimento para 4%, necessitaríamos de apenas 26 anos para conseguir o mesmo nível de renda per capita.
Portanto, não podemos ficar presos a políticas que visem o curto prazo dando estímulos a demanda, que visam elevar investimentos apenas de curto prazo, e que não implementam ganhos de produtividade e aumento da competitividade, como as políticas que foram implementadas nos últimos 5 anos.
Comentários
Postar um comentário