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Mérito se herda? Esporte vs. Política

Em nenhuma outra atividade humana o sobrenome importa tanto quanto a política. Aliás, mesmo sobrenomes desgastados e marginalizados em escândalos de corrupção, são ressuscitados incólumes através dos seus descendentes. Em países cuja cultura política é de total descrédito com os próprios políticos, é no mínimo contraditório ver filhos de políticos e netos, sendo tão bem aceitos pela sociedade que já está mais do que cansada de ter sempre os mesmos "lobos" cuidando das "ovelhas".

Mas, pasmem, há quem os defenda. Não importa a ideologia, nunca ouvi falar (talvez seja ignorância minha) de um descendente direto, no sistema republicano, que tenha feito algo mais notável que seu pai, ou que tenha deixado seu nome na história. Logo, não pode ser tão bom eleger descendentes de políticos.

O argumento que gostaria de utilizar é o seguinte. No esporte, muito pouco são os que se aventuraram no mesmo ramo dos pais que foram ídolos e referência no seu respectivo desporto. Onde estão e o que fazem os filhos de: Michael Jordan, Ronaldo Fenômeno, Pelé (o filho foi goleiro e depois traficante), Garrincha, Zico, Maradona, André Agassi, Pete Sampras, Michael Johson, Mark Spitz, entre outros?

Não conseguiram destaque em suas carreiras por um único e simples motivo, o mérito não é hereditário e nem herdado. Um indivíduo por mais chances que possa ter, não se destaca na vida pelo mérito, mesmo herdando condições iniciais ótimas. Logo, apenas setores que não valorizam o mérito, permitem que as condições iniciais interfiram nas condições finais.

Logo, façam uma reflexão se filhos ou netos de políticos são mesmo a melhor forma de depositar seu voto.

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