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O Bib Brother Brasil e a Lei de Say

Toda oferta gera sua própria demanda. Parece que nada mais apropriado para descrever o comportamento real da economia. Há quem acredite no contrário e defenda com unhas e dentes o princípio da demanda efetiva. Na realidade, eu até acredito que o ponta pé inicial de toda oferta é, em tese, pensando na demanda. Contudo, isso por si só não explicaria a manutenção de tantos produtos ruins. Uma vez no mercado o grau de autoregressividade de um produto cujo ofertante está sem imaginação é proporcional a qualidade de sua propaganda, que na realidade presta um desserviço há qualquer sistema econômico. A propaganda é uma violência e na minha opinião serve para aumentar a assimetria informacional entre o ofertante e o demandante. Bons produtos se vendem sozinho. (Tomem cuidado com aquelas pessoas que adoram postar fotos suas na internet..rs) Mais uma vez me pego pensando como pode haver ainda um programa como o BBB, que aliás o nome me é aprazível, dado que é extraído da obra de  George Orw

#Nuncalitantamerda: Caso MEC vs Galileu

Tenho observado à distância algumas discussões que tem sido alvo de debates. Desde a taxa de juros que vem subindo como forma de garantir um mínimo de estabilidade à moeda, afetada pelos desmandos do tesouro, como também a discussão sobre a medida do MEC de sacramentar o fechamento da UNIVERSIDADE e da Gama Filho, universidades estas que já estavam sem aulas por falta de pagamento dos seus professores, e um passivo trabalhista que praticamente impede qualquer retomada de funcionamento, dado a inépcia, para não dizer corrupção, da sua administração. Comparações com botequim, que tem em todas as esquinas, foram feitas para argumentar contra a interferência do MEC no suposto livre mercado. Ora, se o eq. walrasiano é pareto ótimo (1º teorema do bem estar), por que então o estado precisa intervir nestas questões? Bom basta lembrar de questões chamadas de falhas de mercado como assimetria informacional e externalidades para saber o porquê. Além disso, segundo o teorema de Nash, nem semp

Saldo do ano para a economia

O ano de 2013 parece que irá definir o rumo do país por mais 5 anos. Contrariamente ao que eu e muitos pensavam, a inflação se deu abaixo da média de 1996 para cá, repousando na casa dos 5.77% anuais, estando abaixo dos 5.84%. A questão que emerge é como se chegou a esse nível? A resposta é simples, com preços administrados ficando totalmente amarrados pelo Governo e, também, com uma forte resposta do Banco Central à subida do dólar. Fato este que não permitiu que a economia aproveitasse a depreciação cambial para reverter o déficit em transações correntes. Como a explosão inflacionária não aconteceu, a ideia seria pensar em um aumento da dívida, com a perda da âncora nominal. Contudo, o superávit primário foi de 1,9% do PIB, e em termos quantitativos, a economia de novembro foi o recorde da série histórica, com um total previsto para o ano de    R$ 73 bilhões. Apesar de achar péssima a metodologia de se avaliar a condição fiscal pelo superávit primário e não pelo nominal, que a

Esquizofrenia da Política Econômica e da Crítica

O governo vem errando continuamente sobre o diagnóstico da economia brasileira. Para ele o problema está ainda na falta de crédito e consumo, mais uma vez o Princípio da Demanda Efetiva de Keynes e Kalecki cega os condutores da política econômica. Além disso, a inflação refreada com base em preços administrados, cuja inflação permitida foi de apenas 0.7% esse ano ainda não está controlada para o ano que vêm, uma vez que para 2013 foi um ano perdido para o controle inflacionário. Além da queda de braço com a inflação, à reboque vem também uma crise fiscal que obriga o governo a realizar manobras como desembolso via dividendo das empresas estatais em direção ao Tesouro Nacional, e uma contrapartida do BNDES para não prejudicar mais ainda o caixa dessas empresas. Contudo, a contrapartida dessas manobras foi uma desconfiança do mercado no compromisso fiscal, obrigando uma subida dos juros para controlar as vendas dos títulos públicos, e ao mesmo tempo uma queda nas ações das empresas

O Capitalismo e o Campo Brasileiro

O agronegócio no Brasil vem cada vez mais ganhando importância na economia nacional, principalmente devido ao declínio da nossa indústria, que vem se tornando menos competitiva a cada dia. Essa queda na competição tem muito a ver com o modelo adotado de proteção desde 2007, com créditos subsidiados, políticas fiscais especiais apenas para alguns setores, o que reduz a eficiência no sistema econômico e principalmente altera a distribuição de renda em toda a economia, uma vez que esse subsídio fiscal é custeado por toda a sociedade. Além da sua importância econômica em termos de números, cada vez mais as áreas rurais brasileiras tem ganhado espaço na discussão sobre o meio ambiente e sobre justiça social. Essas discussões também são importantes no âmbito econômico pois afetam a eficiência do próprio sistema. Primeiro abordarei a questão ambiental. O campo brasileiro é o maior responsável pelas emissões de CO2 e, também, pelo desmatamento da amazônia. Tudo isso fere o antigo e o n

A política des´comercial brasileira

É impensável em um mundo repleto por ganhos de escala indivíduos sejam mais eficientes do que uma empresa especializada. Como uma única pessoa pode viajar, procurar um produto, comprar, embalar, trazer para o país de volta e, mesmo assim, tem um preço muito menor do que as importadoras que operam no mercado brasileiro, e que só fazem isso para viver! Na certa uma importadora teria pelo menos um desconto no atacado, poderia contratar um frete marítimo, poderia fazer em uma única viagem um estoque de 1 ano para as suas operações no Brasil. Contudo, ou esse mercado é extremamente ineficiente ou o Governo com sua política protecionista está acabando com qualquer chance desse mercado continuar a existir, ainda mais com o aumento do poder aquisitivo das famílias brasileiras. Observa-se uma discrepância enorme entre os preços vigorados internamente no Brasil, por produtos importados, principalmente os de alta tecnologia, e diga-se de passagem, não possuem concorrentes nacionais, e o

Ingressos do Flamengo e a irracionalidade econômica

Em 2004 eu estava na final do Flamengo com o Santo André, paguei 15 reais em um ingresso que eu comprei na hora. Hoje, eu teria que desembolsar um mínimo de 250 reais. Isso diria que ou o bem que eu estou comprando cresceu muito de qualidade ou houve uma tremenda inflação da ordem de 1666%, neste período. Todo time de futebol é monopolista no que tange a sua torcida. Sendo assim, dependendo do nível de elasticidade preço da demanda (quanto menor mais apaixonada será a torcida) poderemos, e quase sempre chegamos, a uma situação socialmente ineficiente. De uma olhada no gráfico abaixo: Esse caso, contudo, não se aplicará neste jogo, pois é provável que como qualquer bem de vício, uma final de campeonato esgote os ingressos. Contudo, o despendido do torcedor com certeza não estava previsto, sendo assim, o torcedor irá ficar de fora muitos outros jogos, pelo menos este ano por conta desse aumento dos preços. Logo, pensando em uma situação dinâmica, caso o Flamengo perca este jo

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