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Maioridade Penal: Mágica ou mau-caratismo?

Começo este texto perguntando o que são 18 anos? Serão 216 meses? Serão 936 semanas? O que é essa idade que define um indivíduo totalmente preparado para arcar com seus atos, versus , aqueles que ainda estão imaturos e, portanto, imputáveis aos olhos da lei? Gostaria de saber, também, qual é a mágica, milagre ou alquimia pela qual todos nós passamos quando dormimos no nosso 6.569º dia na terra, e acordamos maiores de idade. Deve ser algo mágico, nossa consciência deve se expandir tal como o Big Bang, absorvendo conceitos morais, ética e conhecimento do direito consuetudinário. Conhecimentos sem os quais, jamais poderíamos andar nas ruas, pois agora, a lei não nos protegerá se formos lenientes, irresponsáveis e inconsequentes. A partir da nossa 936ª semana, estamos vivendo em um mundo cão. Aonde ninguém mais nos protege, ficando desamparados e reféns dessa coisa tão cruel chamada Constituição. Precisamos respeitá-la, e imaginem vocês, não poderemos alegar desconhecimento das s

Dólar em alta aumenta o incentivo de compras no exterior

A máxima de que a depreciação cambial aumenta a competitividade dos produtos nacionais em relação aos estrangeiros, está correta. Contudo, ela só faz alusão a produtos que são substitutos próximos. Como exemplo: eletrodomésticos de linha branca nacionais vs. importados; carros nacionais (produzidos no Brasil) vs. carros importados; e etc. Contudo, a maioria dos turistas que fazem a chamada viagem de compras, procura bens cuja produção nacional não apresenta um substituto próximo como os iphones, imacs, roupas de grifes estrangeiras, óculos estrangeiros, sapatos, bolsas, relógios e etc. Produtos estes que cabem na mala, e possuem um alto valor agregado. A forma utilizada pela precificação de um bem no comércio se dá por uma margem ad valorem , ou seja, adicionam ao preço final, uma porcentagem do valor importado. E como os comerciantes, além disso, precisam pagar impostos também ad valorem , a desvalorização cambial só faz aumentar esta diferença, o que torna ainda mais atrati

É preciso consertar o furo antes de encher...

Suponha que na sua piscina exista um furo. Contudo, você a utiliza constantemente. Enquanto a água estava barata, parecia uma boa ideia utilizar a piscina sem consertar o furo, uma vez que enquanto a vazão que enche for maior que a vazão do furo, a piscina não se esvaziaria. Acontece, que a pressão que essa água exerce sobre o furo é diretamente proporcional à altura da piscina, e com isso, quanto mais cheia, mais pressão e cada vez mais o furo aumenta, elevando a vazão do furo. Consequência, cada vez mais água será necessária para manter essa piscina equilibrada. De acordo com as recentes operações da polícia federal, sendo a Lava Jato como a mais simbólica de todas,  esse furo na piscina chamada orçamento público. Cresce constantemente e mais, não é apenas um, mas sim um emaranhado, que forma uma verdadeira peneira no assoalho do já tão desgastado bolso do contribuinte, por onde passam bilhões em desvios seja nas mais variadas esferas da administração pública. A i

Ideologia? Não obrigado!

A era da ciência nos colocou aonde estamos hoje. Embora muitos acreditam que os problemas do mundo também são frutos desse movimento que começa no Iluminismo, e ascende a lâmpada do etnocentrismo, e nos empurra em direção ao pensamento científico. É inegável que sabemos muito mais hoje do que no passado, mesmo com todos os problemas, podemos buscar soluções que antes eram impossíveis. A ciência só tem uma premissa, tudo é falsificável, ou melhor, pode ser refutado, negado, contra-atacado e debatido. Não existe verdade absoluta. Uma teoria só é válida enquanto não existe uma melhor, e enquanto ainda não foi refutada pelos inúmeros testes a qual foi, e é continuamente submetida. As ideologias não. São tomadas como verdades, e sendo assim, se tornam herméticas, e criticá-las é extremamente perigoso, principalmente se você não for um "irmão da causa". A causa pode ser o socialismo, comunismo, liberalismo, capitalismo, machismo, sexismo, gayzismo, racismo, separatismo, e

A Geração concurso

Cada vez mais está associada a imagem de sucesso o concurso público. Virou um mix de panaceia com cornucópia. Ou seja, resolve seus problemas e lhe confere riqueza ilimitada. Posto isto, no ideário de muitos que buscam essas vagas, o concurso público garante uma aposentadoria precoce, dessa vida de incertezas, riscos e trabalho árduo. Uma vez no funcionalismo público, seus problemas acabaram. -- "Já visitou alguma repartição pública aonde funcionários estão estressados? Trabalhando muito? Ou ganhando pouco? Então, isso que é vida!" Muitos dos melhores estudantes universitários almejam ser funcionários públicos. Estudam focados e adquirem conhecimentos para passar no concurso. Esse é o fim do conhecimento adquirido durante a universidade. Afinal de contas, quem não quer viver no mundo mágico do funcionalismo público. A sociedade não contesta essa ideia. Reclama dos funcionários públicos que pouco trabalham, mas não pensariam duas vezes antes de trocar de lugar. A

Dilma e seu II PND chamado Pré-Sal

Depois de imitar a política do encilhamento durante o final da gestão LULA e dando continuidade até o fim do seu primeiro mandato, Dilma contra-ataca as medidas anticíclicas para combater a crise de 2008, já superada durante os anos de 2009 e 2010, com um pacote de investimentos voltados para, assim chamada solução do Brasil, o Pré-Sal. O II PND surge durante o final da década de 1970, após a economia brasileira sofrer com o primeiro choque do petróleo em 1973, o Governo Geisel resolveu investir maciçamente na questão de transportes e na produção de energia, com a finalidade de aumentar a eficiência brasileira e reduzir, posteriormente, a dependência econômica do país a choques externos. Foi assim que surgiram os grandes investimentos em hidroelétricas, com as usinas de Itaipu e Tucuruí, bem como a usina atômica de Angra 1 e o programa Pró-Álcool. Ironicamente, acredito que tudo que a Dilma não gostaria de fazer seria copiar o modelo desenvolvimentista proposto pelos militare

Primeira Lição: Encilhamento. Dilma e sua aula de história econômica

A equipe econômica da presidente Dilma em seus quase 5 anos de mandato repetiu o logo de J.K. com seu famoso " 50 anos em 5". Contudo, para a Dilma e seu pensamento grande, ela conseguiu fazer 100 anos em 5. Conseguiu cometer os erros de 100 anos praticados na economia durante o período republicano. Irei comentar o primeiro deles, o encilhamento. A inflação não foi uma preocupação durante o período imperial. Para se ter uma ideia, a inflação média anual foi de apenas 1,58% ao ano, de acordo com Almeida (2001).  Porém, em sua ideia de industrialização, que nos persegue desde os idos da república velha,  Ruy Barbosa e Visconde de Ouro Preto em 1888, resolveram promover mudanças nas leis bancárias, permitindo que os bancos Banco Nacional do Brasil, Banco de São Paulo e Banco do Comércio pudessem na prática efetuar emissão de moeda. Esses três bancos formavam a base do sistema financeiro brasileiro na época. A ideia era estimular o investimento via expansão do crédi

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