Pular para o conteúdo principal

Postagens

Como combater a inflação inercial (indexação)

O indexação é uma forma de proteger sua reserva de valor. Um jeito de poder manter constante o rendimento de uma operação. Principalmente quando esta envolve troca de valores futuros, que, por conta da inflação, correm o risco de se deteriorarem rapidamente, conforme os meses e os anos passarem. A compra de bens de consumo duráveis e imóveis envolve, entre outras coisas, acordos de antecipação de receita para o lado do comprador, e postergação para o lado do vendedor. Para se protegerem da desvalorização da moeda (inflação) os agentes do lado da venda necessitam de instrumentos que lhe permitam atualizar o valor monetário dos fluxos de caixa futuros. Com isso a indexação se faz extremamente útil, pois sem ela, ninguém iria querer vender à prestação. Porém, uma compra indexada gera, também, incertezas para o lado do comprador, uma vez que, ele não tem condições de, a priori, conhecer qual será a taxa que irá vigorar para a correção de suas prestações. Gerando com isso um desco

Para acabar com a mamata tem que cortar as tetas

Um bebê só é desmamado quando a teta da sua mãe seca. Não há incentivos para buscar alimentos foram do aconchego materno, e nem alimento mais rico e próprio para o consumo do filhote/bebê. O mesmo raciocínio se aplica ao integrantes/apoiadores do governo quando se trata da gestão das empresas estatais. Buscar fontes de investimento, receitas, lucros, geração de emprego e renda, é muito complicado, em um mundo cada vez mais competitivo. No Brasil essa equação se fecha com o seguinte sofisma: as estatais geram emprego e o capital estrangeiro (custeado à juros astronômicos) alimenta essa gastança. A reportagem de hoje do Valor Econômico, http://www.valor.com.br/empresas/4289690/o-papel-da-petrobras-no-governo-lula, representa como poucas o corte transversal do que é ser membro de uma empresa pública no país tupiniquim. O jogo do toma-lá-dá-cá é realçado à n-ésima potência quando se leem os fatos relatados pela reportagem. Os investimentos promovidos nos anos áureos do governo

Pequenos milagres econômicos: regime de atuação dos professores universitários

Esse texto será o início de uma série intitulada pequenos milagres econômicos. Nela irei abordar questões que de tão simples, poderão ser implementadas de forma rápida. Não melhorarão o mundo de uma hora para outra. Terão um impacto limitado. Serão fáceis de serem implementadas. E por isso, são as mais críveis.  É óbvio que a genialidade de um Plano Real, é somente palpável pelos impactos positivos para todos os agentes. Mas, não quero eu, sozinho inventar coisas mirabolantes e grandiosas. Furto-me a refletir diligentemente em coisas simples, porém, que sei que terão resultados positivos. A primeira questão que gostaria de abordar, é uma que vivo e transpiro há mais ou menos 4 anos, o magistério superior público e a suas regras. Vivenciando iniquidades existentes no trato de várias questões, irei perfilar algumas questões importantes. A primeira delas é a questão da Dedicação Exclusiva, que é alvo de tantas denúncias e reportagens. O tempo todo são pegos no "flagra&q

Por que quando a inflação sobe os juros tem que subir: Descubra

Uma questão que permeia grande parte da análise macroeconômica, principalmente de curto prazo, é quando devemos alterar a taxa de juros base da economia. A tendência é que essa taxa deva ser baixa o suficiente para permitir que os investimentos produtivos ocorram, e alta o suficiente para que não haja um aquecimento da economia a ponto de que gere inflação. O segundo ponto dessa teoria não está tão bem explicado. Ao que parece, haveria uma tendência de que, com juros baixos, a economia começaria a investir muito, e mais, começaria a antecipar muito o consumo futuro, gerando uma pressão de demanda, o que elevaria os preços. O que essa teoria não explica é que, se existe também um aumento no investimento, haverá aumento da oferta futura. E nada garante que, com aumento do investimento de um lado, e aumento do consumo via crédito do outro, essa conta não se anule, e não gere nenhuma pressão inflacionária. Na minha visão, a questão é bastantemente simples. As decisões de invest

Tempos Difíceis: A guerra fria é aqui

A cortina de ferro - expressão cunhada pelo estadista Winston Churchill - para exemplificar o que acontecia com o cenário internacional bipolarizado entre EUA e URSS depois do final da primeira guerra mundial, reapareceu nos tempos atuais no país tupiniquim. Falar em Guerra Fria em um país cujas temperaturas de sua Capital Federativa - Brasília - beira aos 35 graus, e na sua capital cultural - Rio de Janeiro - beira aos 45 graus nos dias de hoje, se faz uma metáfora no mínimo curiosa. Mas nada mais acertado para os tempos atuais do que essa denominação. O debate ideológico da esquerda vs. direita chegou a um patamar insuportável e estúpido. Bastiões da educação e ciência - professores universitários - hoje incitam a violência contra os discordantes do seu pensamento. Nada mais tacanho, covarde, mesquinho e desonesto. Políticos que não seguem nenhuma agenda politicamente racional, e sim, uma agenda racional do verdadeiro salve-se quem puder. Uma sociedade pouco presente na vid

Imóveis, porque os preços subiram e porque agora eles caíram

Em um texto passado expliquei o porquê da queda no preço dos imóveis pela ótica do investimento. Aconteceu que, hoje, o preço do aluguel é mais barato do que os juros pagos com a prestação do imóvel. Logo, se você não tem nem o imóvel e nem o dinheiro para comprar o imóvel. Ou você aluga o primeiro, e chama esse custo de aluguel. Ou aluga o segundo, e chama esse aluguel de juros. Contudo, há de se fazer um exercício mais profícuo para elucidar de forma mais complexa a questão. Supondo, então, um imóvel que renda um aluguel de X reais por mês sob a forma de perpetuidade. Ou seja, o imóvel irá render esse valor para sempre. Irei calcular o valor justo desse imóvel hoje, e avaliarei, via análise de sensibilidade , o que pode acontecer com o valor desse imóvel durante mudanças no regime da taxa de juros.  As contas foram feitas para uma SELIC anualizada em 7.5% que aconteceu no ano de 2012/2013, ano em que os valores dos imóveis explodiram, sem nenhuma explicação aparente (pa

Entrevista de Emprego

Cargo: Gestor Requisitos: Superior Completo, Inglês Fluente, Capacidade de Gerenciar Conflitos. Desejável: MBA em Gestão, Experiência Internacional. - Opâ! Eu quero. Mandando o currículo. Currículo selecionado. Entrevista agendada.  - Bom dia, você se candidatou para a vaga. Poderia nos contar um pouco sua experiência e suas capacidades profissionais? (Bom irei falar exatamente o que eles querem ouvir, afinal de contas, preciso e quero esse emprego. Que mal há em mentir um pouco) ... após meia hora de entrevista. -Bom nossa conversa foi ótima. Agradeço e retomaremos o contato. -Beleza! A vaga é minha. Começo amanhã Período de adaptação ao novo emprego. Após 3 meses tudo dando errado. Ao que parece nenhuma competência foi checada de forma correta pelo contratante. O funcionário não consegue desempenhar o mínimo sequer. Reunião para resolver conflitos. - Há quatro meses na nossa entrevista você contou que tinha todas as capacidades técnicas e profissionais p

Marcadores