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O que há com o Brasil?

O Brasil possui uma peculiaridade. O Estado é amado pelo seu povo. Não sei quando começou esse processo de adoração ao Estado. Nem sei se é algo natural ao brasileiro, ou se foi importado em algum momento na história. Mas sei que tudo que é estatal é amado. Porém, pelo motivo errado. O que é estatal é amado pois, dentre outras coisas, pertence ao cidadão, e com essa noção de pertencimento, ele acredita que pode fazer o que quiser. Sendo assim, quanto mais público, mais leniente será o trato e o manuseio, e quem sabe, maior o amor. Um grande exemplo disso era o Maracanã. Por ser um estádio público, o maior do mundo era amado por todas as torcidas do rio. Porém, todos tratavam-o como se trata a maior das vagabundas dos contos de Nelson Rodrigues, era uma Jeni de Chico Buarque, banhos de mijos, depredação, pichação, brigas, mortes, o caso emblemático de 1992, que mesmo assim, não afugentou o amor dos brasileiros pela coisa pública. Esse amor bandido, só me faz pensar que o cidadão bra

Novos inimigos e amigos

Passado o dia histórico de ontem, se faz necessário desfazer alianças, apoios oportunos e políticos, e buscar reconstruir uma linha que seja consistente com o meu pensamento. Obviamente sou oposição a qualquer governo, contudo, um governo perdulário, inepto e pretenso eterno, sou também inimigo (minha definição açambarca 95% de todos os governos brasileiros da história). E nenhum governo foi mais ineficiente do que o governo Dilma, o Brasil historicamente dependeu de uma conjuntura externa favorável para crescer e se desenvolver, haja vista o pouco capital interno que o país dispõe para promover o investimento. Sem capital interno, o país sempre necessitou atrair investimento externo, o que coloca o país sempre em saia justa, quando o nível da liquidez internacional se retrai, como aconteceu na crise de 1929 e atualmente na crise de 2008. Contudo, não foi esse o cenário encontrado pelo governo Dilma 1 e início da Dilma 2.  Vivemos hoje em um cenário externo de extrema abundân

Porte de Armas: equilíbrio pareto ineficiente

A segunda emenda americana data de 1791, ou seja, final do século 18. Nessa data, as armas existentes não passavam de 1 tiro por vez. A invenção do revolver ocorreu em 1836 por Samuel Colt. Logo, a ideia do uso de armas para proteção e utilização para fins recreativos se deu em um contexto muito diferente do atual, onde armas como metralhadoras automáticas, permitem facilmente mais de 100 disparos com uma única arma sem a necessidade de recarregar. As armas são um importante instrumento de auto-defesa. Principalmente em um contexto no qual a segurança e a vida das pessoas estão à mercê de sociopatas e criminosos. Contudo, as armas que são utilizadas para a defesa à vida, podem ser utilizadas para ceifá-la. Para se ter uma ideia, olhe em baixo o perfil de armamentos que existiam na época da liberação das armas e analise e compare com os padrões de armamentos modernos. As duas imagens mostram um contexto totalmente desconexo um do outro. Enquanto que um indivíduo armado

Os 54 milhões! Ou seriam apenas 1,65%?

O título é sugestivo. Os 54 milhões de eleitores da Dilma, presidente reeleita em 2014 tiveram no cômputo total um percentual de 51,64% dos votos, ou seja, se apenas 1,65% do total de votos válidos, ou em termos absolutos, 1.744.114 eleitores mudassem de ideia, a oposição teria saído vencedora. O que isso quer dizer? Nada e tudo ao mesmo tempo. Nada porque estamos falando de uma hipótese pretérita, que não muda o quadro atual. Contudo, todas as ações que fizeram com que esse quadro fosse construído, nesse cenário de uma eleição bastante acirrada, torna o bater de asas de uma borboleta um verdadeiro furacão. Segundo essa linha, o que os especialistas em teoria do caos diriam sobre as pedaladas fiscais? que elevaram e engordaram artificialmente o caixa do governo durante os anos de 2013 e 2014, um escândalo que se assemelha em grande parte ao que aconteceu com a Enron, empresa americana que faliu a despeito do seu alto rating e alto grau de governância, utilizando quase os mesmos su

Democracia em prosa [x2]

Me vejo injustiçado, ganhei, mas não pude governar. O tempo todo fui alvo de críticas, inclusive de antigos aliados. Não me deixaram fazer o melhor. O meu povo sofre por isso, e a história ainda me dará razão. Aliados e oposição ainda hão de pagar caro por essa afronta, não a mim humilde servo da democracia e do meu país, mas uma afronta ao meu tão querido povo, que me elegeu como seu representante máximo e conhecedor de suas mazelas. Para ganhar promovi mudanças em regimentos, alterei balancetes, antecipei recebíveis e posterguei despesas, tudo para que ninguém soubesse os sacrifícios que necessitei fazer para que meu povo - tão sofrido e amado - pudesse receber seus benefícios, arduamente conquistados. Benefícios estes, negados historicamente pelos meus oposicionistas, que, estes sim, sempre foram contrários aos anseios e desejos dessa massa adorada chamada sociedade. Não importa se a desigualdade social começou a cair antes. E que, meu antecessor tenha feito políticas públ

Reservas Internacionais

As reservas internacionais remetem a um tempo em que as trocas entre países não aconteciam em moeda nacional. Uma vez que a conversão de uma grande soma de moedas estrangeiras (dependendo da moeda e país) não era uma tarefa fácil. Como as trocas entre países tendem a aumentar ao longo do tempo (junto com a economia), seu gerenciamento é vital para que uma economia possa se relacionar com o mundo. Países que tem uma perspectiva de sublimarem seu papel no fluxo internacional de bens e serviços, têm eu seu gerenciamento, um papel fundamental. Haja visto que, os países que possuem o maior volume de reservas são: China, Arábia Saudita e Japão. A segunda posição revela uma economia extremamente dolarizada e cujo principal item de comércio - por ser demandado por quase todos os países - exige a escolha de um meio de troca de fácil aceitação. Contudo, o sistema cambial é um fator primordial sobre o manejo ótimo das reservas internacionais. E, engana-se que em regime

Ideia errada:

Leitores e principalmente, aos trabalhadores que recebem seus salários via CLT. O efeito de impostos sobre as transações voluntárias na economia é conhecido, principalmente quando se trabalha e estuda esse efeito sob o prisma de um modelo simples, porém eficiente, de oferta e demanda. A inserção da tributação leva - indubitavelmente -  a uma redução das negociações. Refletindo essa afirmação para o mercado de trabalho, quanto mais impostos, menor será o número de empregados em um dado mercado. Para tentarmos entender essa lógica, funciona assim. Conforme os impostos elevam a disparidade entre o salário pago pelo empregador e o salário recebido pelo empregado, ambos, tendem a perceber que o custo e o benefício da troca voluntária aumentam e reduzem, respectivamente. Portanto, o incentivo para as empresas contratarem mais, e os empregados trabalharem mais reduz. Esse incentivo, é claro, depende de um fator pouco intuitivo, mas sempre presente na análise econômica: a elasticidade.

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