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Contextualizando Seleção Adversa e Assimetria Informacional

Os primeiros trabalhos sobre assimetrias informacionais garantiram o Nobel de 2001. Um dos mais impactantes mostrou como o mercado de carros usados reage na medida em que um parâmetro que mensura o nível de atividade econômica se altera, Akerlof (1970). A princípio, se pensa que quando a atividade econômica diminui, as pessoas precisam vender seus bens mais valiosos, e o resultado seria carros melhores nas revendas. Mas o oposto ocorre, como o prêmio médio por carro cai, os melhores carros são retirados do mercado, simplesmente porque o valor de venda está muito abaixo do verdadeiro valor. Com isso, quanto maior for a crise, menor será a qualidade dos carros, ou dos ativos negociados na presença da assimetria informacional. Essa conclusão mostra que justamente o mais pobre, que sofre as consequencias mais perniciosas da queda da atividade econômica, quando precisa entrar em um mercado de 2a mão, como celulares, carros, roupas e etc, acaba sendo atendido por uma oferta com produto

Capitalismo: Cuba vs. Brasil

Existem três pilares para que o regime capitalista seja configurado: 1- respeito à propriedade privada; 2- respeito aos contratos; 3- respeito às trocas (de todos os tipos) voluntárias. Ou seja, onde há a presença destes 3 predicados, podemos dizer que há CAPITALISMO. Contudo, em alguns países vigora um regime parcialmente capitalista, onde se fala que existe um regime de capitalismo produtivo, onde o setor privado é que garante a produção de bens e serviços, ou seja, de riqueza, mas o Estado organiza a forma de se produzir, como, onde e quando. Bom, isso não é capitalismo, seria uma espécie de Socialismo de Mercado. Uma vez que os interesses do Estado não podem sobrepujar a vontade individual do empreendedor, sobre o que fazer com seus recursos privados, sejam materiais sejam humanos. Há outros países em que se vigora um Estado de Bem-Estar Social, aonde os recursos provenientes do setor privado, são repartidos de acordo com o interesse do Estado, abalizado por um si

Sólon o primeiro "inflacionista".

O comércio internacional sempre foi o motor da economia mundial. Em um mundo onde viver em comunhão é garantia de sobrevivência, os humanos passaram a definir seus territórios, plantando, colhendo e produzindo seus próprios alimentos, conseguindo com isso fundar os primeiros povoados. No entanto, assim que as primeiras cidades foram fundadas, o comércio passou a ser rotina constante, dado que nem sempre se consegue produzir tudo o que o desejo alcança. Na Atenas do séc. VI a.c., por exemplo, haviam dois grupos de produtores mais ou menos organizados, os primeiros produziam azeites e vinhos, os segundos grãos em geral, principalmente trigo. Os primeiros compravam os grãos em troca dos vinhos e azeites produzidos. Até que em um determinado momento, a produção de grãos passou a rivalizar com agricultores do leste europeu. Permitindo que os produtores de azeite passassem a importar grãos ainda mais baratos. Esse fato literalmente quebrou a dinâmica econômica dos plantadores de grão

Afinal, Mises acertou em sua tese do cômputo econômico?

Segundo Ludwig Von Mises em uma economia planificada sem direitos de propriedade bem definidos e com a decisão do que, quanto, onde, quando, como e porque produzir nas mãos de um planejador central o cálculo econômico se torna impossível . Sua conclusão está baseada em sua  crítica à teoria do valor marxista que define o valor de um bem pela quantidade de trabalho empregado. Como, na teoria marxista, apenas o trabalho gera valor, um bem seria tão ou mais valioso quanto mais homem-hora forem alocados em sua produção. Ainda com base nos cálculos de bens mais simples, Mises discute que, nunca se poderia entender o valor agregado de bem mais complexos , pois tais valores não são apenas uma soma contábil de bens simples multiplicados pela sua quantidade. Existe na economia uma forma bem mais complexa de estipular o valor de algo. E essa dinâmica se deve a interação de mercado entre agentes que buscam maximizar suas utilidades escolhendo bens que revelam suas preferências, e sendo

Opinar sobre tudo

Opinião remete a uma conjectura sobre algo/alguém as vezes pré-concebida, e portanto, eivada de preconceitos e heurísticas de pensamento. Geralmente a primeira opinião, segunda, terceira, ... são e estão erradas. Principalmente porque quase nada é tão fácil de se fazer uma leitura a primeira vista.  Mas como coadunar este fato acima com a necessidade cada vez maior em nossa sociedade sobre a opinião. Opinar hoje é quase um direito/dever de todos. Cada um tem que estar pronto para se posicionar sobre um assunto, sem ao menos nunca ter refletido, ou saber refletir sobre. As pessoas acabaram ou por necessidade ou por interesse se acostumando com tal hábito. Esse hábito de opinar pode ser classificado como um péssimo hábito, principalmente porque seria o mesmo que responder perguntas sobre determinados assuntos sem ao menos ter um conhecimento prévio. Não importa se você tem uma boa coerência lógica/textual, argumentar necessita de sabedoria e afinidade sobre o assunto em voga.

BNDES fonte de distorção

Distorção é definida conceitualmente como algo que modifica o estado natural de alguma coisa ou alguém. Em economia as distorções geralmente são provocadas pela atuação de forças contrárias às de mercado - livre iniciativa. A livre iniciativa baseada no sistema de trocas voluntárias, um negócio é concretizado se ambas as partes estiverem pelo menos melhor ou igual a situação anterior. Logo, cada negócio realizado é um ganho potencial para a eficiência e bem estar de todo o mercado. As falhas de mercado, contudo, possibilitam que em interações dinâmicas, a assimetria informacional (uma das falhas de mercado mais importante) gere perdas para um(s) do(s) agente(s) que realiza um negócio. Ou seja, alguém voluntariamente promove um acordo mas que gerará uma perda futura de bem estar. Essa ação ocorre exatamente porque os mercados em muitos casos não provêm a informação completa nem a segurança nos contratos capaz de garantir o cômputo econômico de forma correta. Além disso, com o avan

Teorema Ricardo-Vampi

Comentando sobre a gestão atual do time do Flamengo. Segundo teorema do orçamento equilibrado (Keynes), um aumento de uma unidade nos gastos sendo sustentado por um aumento na arrecadação provoca um aumento de mesma intensidade no produto. Ocorre que a teoria econômica abraça um outro teorema que é antagônico ao anterior. Seu nome é teorema da equivalência ricardiana, o teorema diz que quando se aumenta os gastos, ao invés de se provocar um aumento no produto o que ocorre é que os consumidores irão antecipar o aumento do tributo futuro para saldar o déficit fiscal e portanto irão poupar mais e não consumir a renda excedente, o que faz com que o produto não se altere. No futebol tivermos um recente caso de um jogador que antecipou esse teorema, inclusive poderíamos fazer uma nova combinação e falar sobre o teorema do Ricardo-Vampi. O teorema de Vampeta informa que caso um clube de futebol aumente seus gastos contratando craques valorizados só que sem sustentabilidade, provo

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