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A SELIC em 10% a.a. já

O COPOM motivado pela atual gestão econômica brasileira reduziu a SELIC há uma taxa nunca antes experimentada. Esse feito deu um sinal claro ao mercado: estávamos confiantes de que a gestão da economia estaria no caminho correto, nada nos abalaria, e agora iríamos decolar de vez, esquecendo-se de metáforas como voo de galinha e etc. Não se preparou e solidificou a economia. A crise em 2008 acometeu todas as economias, e medidas foram feitas para dirimir a recessão. A principal delas, redução de juros. Sendo assim, caso o Brasil não reduzisse junto, iria receber um fluxo de capital do resto do mundo, o que valorizaria o Real frente às outras moedas. E assim foi feito, reduzimos os juros, seguindo a tendência internacional. Acontece que nossa conjuntura macro e microeconômica não estava tão bela como se pensava. Logo viriam os primeiros déficits fiscais, que foram maquiados. A queda na produtividade, os sinais claros de superaquecimento da economia, inflação subindo, déficit no

10% do PIB para Educação??!?!

Aumentou o coro e as reivindicações. Agora, ficou mais contundente um pleito antigo que é os 10% do PIB para educação. O autor, ou autora dessa ideia seminal é desconhecida, mas existem defensores e indivíduos que agora tentam implementá-la. Contudo o fazem, como de costume, sem reflexão. Se quer conhecem o que é PIB, e segundo, desconhecem os mecanismos para melhora da educação. Dinheiro faz diferença? Acredito que sim. Mas, resolve tudo? Deixarei os dados internacionais informarem melhor essa questão. Analisando o gráfico 1, observa-se que o Brasil, em 2009, gastou proporcionalmente ao seu PIB acima da média dos países da OECD, o que é uma surpresa. Gastamos mais do que países como a França, Chile, Noruega, e Áustria, por exemplo. Gráfico 1 – Porcentagem dos Gastos com Educação Internacional Fonte: OECD/EAG 2012 Porém, analisando em termos de qualidade de educação, segundo o relatório do Programa Internaciona

Ideologias, Partidos e Brasil

Tenho lido muito a respeito das passeatas e protestos no Brasil. Fale-se muito sobre o apego ao apartidarismo, onde qualquer partido político passa a ser hostilizado durante os protestos. Argumentam que isso fere a democracia, e que, principalmente, o movimento pelo passe livre é um movimento de esquerda. E por isso, a bandeira vermelha tremulante e alegre deveria ser vista por todos. Bom, partidos de esquerda e de direita no Brasil.... Já refletiu sobre a bandeira e a ideologia do partido que governa o Brasil há 11 anos? Qual é mesmo?!?! Ahh... o PT.... Partido dos Trabalhadores. Quem são os trabalhadores? -Serão, companheiro, os proletariados que são explorados pelos capitalistas, e por isso necessitam se unir, e combater o sistema capitalista...........o PT é a defesa dos trabalhadores..... É verdade??!!? Os trabalhadores no Brasil, hoje, se incluem na classe média. A média salarial no Brasil, hoje é de    R$1.800, por mês, aproximadamente. Sendo assim, para quem é que o G

Funcionalismo Público: Realidade Brasileira

Tem-se no Brasil uma meritocracia louvável para ser admitido em um cargo público com estabilidade. Cada posto de trabalho é disputado ferozmente por candidatos cada vez mais qualificados e preparados para as provas. Os editais lançados, em contrapartida, exigem um após o outro mais conteúdo e qualificações. A concorrência se dá de forma impessoal, na maioria dos casos. Pois, tirando os cargos de professores universitários, o certame é organizado por outra instituição, que não a ofertante das vagas. É um encontro perfeito entre a meritocracia e a equidade no tratamento.  Contudo, ao tomar posse no concurso público, após algum tempo o candidato já efetivado percebe a grande diferença que é a seleção, e a progressão na carreira do funcionário. Enquanto que uma é pautada pela meritocracia, e pela impessoalidade. A segunda é pautada pelo patriarcalismo, pessoalidade e ineficiência. Pense bem, você já ouviu falar de concurso público para presidente de alguma estatal!? Ou para o car

Reflexões: ações afirmativas no Brasil

        As cotas raciais são um modelo de ação afirmativa [1] que tem o intuito de reduzir as desigualdades sociais entre brancos e negros. No Brasil surgem no ano 2000 e ganharam mais visibilidade a partir da adoção deste sistema em algumas universidades e concursos públicos. As cotas raciais são direcionadas para pretos, pardos e indígenas (Lei nº 12.711/2012).        Contudo um aspecto ainda não foi suscitado. Será que os grupos étnicos pretos, pardos e indígenas são iguais em termos de concorrência, em comparação com os brancos? Caso a resposta seja negativa, então qual é a legitimidade das cotas tratarem todos como iguais, no que toca a sua necessidade de acesso à universidade pública?   A resposta é não! Negros apresentam um diferencial negativo nos resultados do ensino básico. Com o mesmo perfil, eles têm um desempenho pior do que os demais grupos. Essa característica ainda não foi bem explicada. Contudo, umas das explicações é a de que são poucos os professores n

E o Dólar dispara....

Os péssimos gestores da economia brasileira não leram a parte do êxodo da Bíblia. Por mais antiga que seja, seus ensinamentos são atemporais. José ao interpretar o sonho do Faraó deixou bem claro que haveria dois momentos claros, em um primeiro momento, as vacas gordas: "E eis que vêm sete anos, e haverá grande fartura em toda a terra do Egito". Em um segundo momento, as vacas magras: "E depois deles levantar-se-ão sete anos de fome, e toda aquela fartura será esquecida na terra do Egito, e a fome consumirá a terra: e não será conhecida a abundância na terra, por causa daquela fome que seguirá; porquanto será gravíssima." A mensagem é clara, períodos de abundância devem ser geridos com a máxima austeridade possível. Deve-se incentivar a poupança, investir em longo prazo, fechar as torneiras do desperdício e da ineficiência. O Brasil teve seu momento! De 1995 até 2008, o Brasil seguiu uma trajetória de elevação da austeridade, prevaleceu ante as intempéries do

Contrato Social enfraquecido: Executivo, Legislativo e Judiciário

A democracia brasileira tem a seguinte característica. Opinião pública só na hora do voto. A gestão pública passa longe da democracia. Tem razão em se dizer que "não são 20 centavos". Precisamos de medidas sérias que defendam a democracia, e a sociedade aberta, e o debate político, e a tomada de decisão que leve em conta a sociedade. Temos um executivo que busca apoiar seus grupos de interesse, que são os mais variados possíveis, sindicalistas, MST, ruralistas, industriais, ... . As medidas pontuais e específicas do executivo geram um desconforto para toda a sociedade. Utiliza todos os recursos existentes para por em pauta uma política atrasada, e em defesa do Nacionalismo. Enquanto Europa e EUA fazem um acordo de livre comércio. Brasil se fecha ainda mais para o mundo. O Legislativo, na democracia brasileira, virou um torcedor. Faz coro, apoia, vaia, xinga, mas não legisla. Todas as medidas ou partem do executivo, ou ficam barradas. Não há representatividade popula

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