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2013/2014 Um ano de inflexão

Seja o que for 2013/2014 vem mostrando todo o lado bom e ruim da economia e dos bastidores da política brasileira. Todo seu lado negro e escabroso de negociações que são dignas de apócrifos e livros de ficção e romances de Mario Puzo. Nunca esse jogo foi tão transparente. Nunca as informações foram tão claras. Talvez isso seja o melhor legado político deste governo. Tudo vem à tona, e esperamos que essa valência permaneça. A economia claramente vem sendo ditada pelo princípio Desenvolvimentista, ou seja, o Estado comanda as ações e coordena os investimentos. O Estado sempre é tratado como se fosse onisciente. Sabe tudo, conhece tudo e portanto, é quem deve ditar as regras. Acontece que essa linha vai de encontro totalmente aos preceitos da democracia. A democracia revela que o poder emana do povo, sendo assim, o povo e seus indivíduos é que devem saber o melhor para si. Dificilmente um planejador central irá definir o que é melhor para cada um. Geralmente o princípio da primazia

Probabilidades Condicionais Acionando Melhoras no Brasil

Veja que curioso, a probabilidade de o país crescer pouco caso aumente irá reduzir os fluxos de investimentos para o Brasil, o que gerará menos crescimento no futuro. Ou seja, a probabilidade de crescimento no futuro amanhã, dado que se cresceu pouco hoje é reduzida. Pois bem, até ai nenhuma novidade. A questão é que quando levamos em conta o fator político e a pauta econômica em jogo, podemos ter a seguinte configuração: dado que se cresceu pouco, aumenta-se a probabilidade de uma mudanças política, o que pode melhorar a conjuntura econômica no futuro, e aumentando a probabilidade de crescimento no futuro. Ou seja, em tese, podemos ter uma melhora no cenário futuro, caso o cenário de hoje seja ruim, dado um aumento na alteração da política. Isso tem duas causas, a primeira é que a economia vem sofrendo com a atual gestão econômica, e segundo, o viés ideológico vem provocando um sufocamento da iniciativa privada no país. Já as consequências são as seguintes, caso haja qua

Rebaixamento do Rating Brasil

Houve um momento de perplexidade por parte do Ministério da Fazenda com essa notícia como relata a seguinte reportagem:  Embora a agência alegue que o crescimento econômico foi uma das razões para sua decisão, é importante destacar que o Brasil, no período da crise internacional iniciada em 2008, cresceu 17,8%, uma das maiores taxas acumuladas de crescimento entre os países do G-20. No ano passado, o país cresceu 2,3%, desempenho superior à maioria dos países deste grupo. Também não procede a avaliação sobre a situação fiscal brasileira, levando-se em consideração que o País tem gerado um dos maiores superávits primários do mundo nos últimos 15 anos. Em 2013, cabe salientar, fizemos um superávit primário de 1,9% do PIB, suficiente para reduzir o endividamento público, tanto bruto (de 58,8% do PIB para 57,2% do PIB) quanto líquido (de 35,3% do PIB para 33,8% do PIB). Leia mais sobre esse assunto em  http://oglobo.globo.com/economia/fazenda-contesta-critica-rebaixamento-da-nota-do-

Trajetória da Desigualdade no Brasil: Xô Estado Brasileiro!!!

A matéria do jornal O GLOBO de hoje versa sobre a questão da desigualdade no Brasil. Analisando os dados percebe-se que o índice de Gini brasileiro teve um aumento de 1960, cujo valor era 0,5, para valores da ordem de 0,6 já no início da década de 1970.  Contrastando os dados do Censo com o da PNAD, observa-se que há uma disparidade nos dados, uma vez que o censo de 80 indicou que o índice de Gini era de 0,59, enquanto que pela PNAD a média dos cinco anos anteriores era de 0,611.  Doravante esse fato, o texto claramente coloca a culpa do aumento da concentração de renda no Brasil durante o período de 1964 até 1990 na política de arrocho salarial promovida no final da década de 1970 para conter o recrudescimento inflacionário e também na falta de políticas públicas que promovessem uma educação de qualidade. Pois bem, o Estado Brasileiro antes de 1960 era muito menor do que hoje. As políticas promovidas pelos governos JK e Geisel, geraram vultuosos investimentos na economia

Brasil: Um paradigma antigo da administração pública

Fechem os olhos. Imaginem uma empresa que vale meio trilhão de dólares. Imagine que não seja uma empresa, mas sim uma holding, que lida com tudo, desde serviços de água e limpeza urbanos até promoção de energia via matriz nuclear. Pense em como deve ser difícil coadunar tantas áreas em uma só. Mas calma, essa grande holding possui CEO´s para cada umas dessas áreas. Pois é, descentralização da administração, um paradigma importante da Administração Neoclássica. Além disso, essa descentralização permite que decisões antagônicas sejam tomadas. Como por exemplo, suas grandes empresas do setor financeiro costumeiramente atuam de forma divergente. Quem controla o acesso ao crédito, tenta restringi-lo, contudo, quem fornece o crédito, tem costumeiramente aumentado sua oferta de crédito. Ora, nada mais democrático do que deixar decisões antagônicas emergirem no debate. Além disso, ao que parece, nessa empresa quase não há uma coordenação das decisões, parece um sistema de administraç

Salário Médio é um bom critério de escolha?

Ouço muito em conversas a questão do salário médio influenciando decisões para a escolha da carreira. "Seja isso, ou seja aquilo pois são profissões que estão pagando bem" Contudo, pouca gente lembra que a média pode não significar necessariamente a realidade do mercado. Veja um exemplo de um jogador de futebol. Ontem o Fluminense perdeu para um time cujo maior salário era de R$ 5000/mês. O salário do Fred pagaria a folha salarial do clube por uns 3 anos inteiros. Essas disparidades acontecem com maior ou menor intensidade em muitas profissões. A carreira na área gerencial faz com que algumas pessoas se tornem CEO´s de empresas com altos salários e outros fiquem estagnados em cargos de 3º ou  4º escalão, percebendo remuneração bastante aquém em comparação com esse primeiro grupo. Além disso, a decisão de investir em uma carreira também é influenciada pelo seu custo de oportunidade, que novamente é sempre mensurado pelo rendimento médio. Não se leva em conta o ris

Imposto Inflacionário: Além do Efeito Bacha

Segundo levantamento dos auditores fiscais da receita, a defasagem acumulada na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), de 1996 a 2012, foi de 66,4%. No estudo, o percentual de 66,4% foi obtido ao se confrontar a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado de 1996 a 2012 (189,54%) com a correção da tabela no mesmo período (73,95%). Esse ano o reajuste nas faixas do IRPF para este ano foi de 4,5% — conforme a Lei 14.469, que estabeleceu o índice para os anos-base de 2011 a 2014. A projeção para esse período foi feita pelo Ministério da Fazenda, a cargo de Guido Mantega. Assim, a faixa de isenção de pagamento passou de R$ 1.637,11, no ano passado, para R$ 1.710,78, em 2013. "Se a tabela não estivesse sendo corrigida, desde 1996, sempre abaixo da inflação oficial, a faixa de isenção estaria em R$ 2.784,81", afirmou o Sindifisco. Isso beneficiaria a classe média. Posto isso, além da arrecadação via senhorariagem (cunhagem de moeda

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