Seja o que for 2013/2014 vem mostrando todo o lado bom e ruim da economia e dos bastidores da política brasileira. Todo seu lado negro e escabroso de negociações que são dignas de apócrifos e livros de ficção e romances de Mario Puzo. Nunca esse jogo foi tão transparente. Nunca as informações foram tão claras. Talvez isso seja o melhor legado político deste governo. Tudo vem à tona, e esperamos que essa valência permaneça.
A economia claramente vem sendo ditada pelo princípio Desenvolvimentista, ou seja, o Estado comanda as ações e coordena os investimentos. O Estado sempre é tratado como se fosse onisciente. Sabe tudo, conhece tudo e portanto, é quem deve ditar as regras. Acontece que essa linha vai de encontro totalmente aos preceitos da democracia. A democracia revela que o poder emana do povo, sendo assim, o povo e seus indivíduos é que devem saber o melhor para si. Dificilmente um planejador central irá definir o que é melhor para cada um. Geralmente o princípio da primazia do interesse público sobre o particular é implodido frente aos interesses políticos e eleitoreiros.
No que tange à política, nunca houve tamanha transparência em defesa de um ideal imaginário. Contrariando os preceitos do racionalismo, e sobre a égide da bandeira vermelha, o Governo do PT passou por cima de todos os preceitos democráticos. Moldou ao seu achismo poderes e desvirtuou instituições como o próprio STF apenas por se achar certo. Com essa certeza e a municiado dos anseios do povo, livrou a cúpula do mensalão, quebrou duas empresas estatais, colocou em risco a estabilidade econômica, e desvirtuou o jogo político, aliando-se ao PMDB, um partido que certamente presta do desserviço, sendo situacionista custe o que custar.
As reviravoltas e conclusões ainda não são conhecidas. Existem cenários que podem ser traçados, o primeiro é que com a trajetória baixa do desemprego, com grande parte do eleitorado vivendo uma ilusão monetária, e com ganhos em setores como educação, desigualdade e saneamento, é bem provável uma reeleição. Contudo, a perda do dinamismo econômico, aliada ao recrudescimento inflacionário, somando-se perdas salariais com a inflação, aumento dos impostos, aumento do custo de vida, crise fiscal, corrupção declarada, juntos estes fatores podem ser aproveitados por candidatos que claramente mostrem um perfil diferente do que vem sendo feito desde Deodoro da Fonseca.
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