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Esquerda no poder: a lógica do bebê

Fui agraciado em ter uma criança em casa. Bom, sua lógica é simples, se não posso argumentar irei chorar até conseguir o que quero. Isso vale para mamadeira, banho, chupeta, atenção, etc etc. A mesma lógica vem guiando de forma funesta administradores públicos no Brasil, o que pode levar a um colapso econômico e distributivo.

Uma boa definição metafórica de inflação é que ela é o espelho da esquizofrenia do povo e seus governantes. Ou seja, quando as políticas públicas são guiadas de forma a agradar a todos, o orçamento público estoura, e surge a necessidade de se expandir a base monetária, elevando sua oferta, e reduzindo seu preço. Além disso, a simples atuação governamental distorce os preços da economia.

Contudo, tal distorção deve em tese atender três critérios: alocativo, redistributivo e estabilizadora. Nesse atual momento político, aonde há poucos meses da eleição, não atender o choro dos seus bebês (que agora são bebês de 40 anos, criados por uma política clientelista pró-sindicato, e grupos paralelos de apoio) pega muito mal para os gestores públicos.

Sendo assim, o equilíbrio desse jogo é continuar a fazer greves e mais greves, choros e mais choros, até conseguir o impossível. Mas o governo faz possível, a custa da inflação, e a custa do dinheiro de quem se quer tem um sindicato para protegê-los. Os miseráveis, continuarão ainda mais miseráveis com esse tipo de política. Ao invés de defender o pobre, o governo passa a defender seus grupos de interesse, e grupos de pressão como funcionários públicos, ineficientes e corruptos, que se valem de um pseudo interesse público em prol do seu interesse individual.

Podem anotar, a estratégia de NASH até as eleições será greve geral de todos os funcionários públicos. Por favor, espero que os guardas municipais, e os funcionários do DETRAN sejam os primeiros...obg

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