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Soluções Micro: Transporte Público

As grandes cidades necessitam serem pensadas em cima do deslocamento de pessoas. Sua economia e manutenção depende, dentre outras coisas, do fluxo em massa de indivíduos que trabalham, moram, consomem lazer e diversão dentro do seu espaço físico. Logo, o crescimento sustentável de qualquer cidade passa por mobilidade urbana. As pessoas necessitam se deslocar. Caso essa preocupação fosse secundária, estaríamos no universo das pequenas cidades, onde muitos trabalham por conta própria, ou em propriedades rurais de terceiros, mas acabam residindo no seu local de trabalho. Logo, o desenvolvimento econômico, e até mesmo a mobilidade social dependem da mobilidade pois permite aos detentores do trabalho possuam bens que não se confundam com os bens dos seus patrões. Soluções, então, de dormitórios nas empresas, bem como qualquer coisa que ajudaria os trabalhadores a permanecerem no local de trabalho, reduziria o incentivo à acumulação de bens, o que reduz sua liberdade e poder ec

CPMF, Inflação e Imposto de Renda

No texto do dia, 23 de agosto de 2013, expus alguns argumentos á favor da CPMF. Mostrando que, devido ao agravamento do déficit público seriam necessários a criação de outros instrumentos de arrecadação para sanar as contas do governo. Dentre eles, o menos danoso seria o aludido imposto. O argumento de que a CPMF é um imposto progressivo, no entanto, ficou incompleto, deixando margens a algumas questões. Com isso quero fazer um contraponto da CPMF com o único imposto que conhecemos que apregoamos como progressivo que é o Imposto de Renda. Primeiro, o imposto de renda é progressivo pois aumenta sua alíquota em proporção da renda. Contudo, existem mecanismos de desconto em cima da contribuição. Esses mecanismos são a peça fundamental que retira a qualidade da progressividade do imposto - fora a defasagem das suas alíquotas gerando inequidade e aumento da arrecadação via efeito tabela. Conforme a renda aumenta e a contribuição do imposto também, eleva-se as possibilidades do

Medidas Econômicas, CPMF e ajustes...

A despeito de posição ideológica, as medidas anunciadas ontem foram positivas. São e serão necessárias para que o país não entre em uma trajetória ainda mais recessiva e incerta. Em uma situação ideal, tal fato não seria necessário, apenas a boa gestão e o corte de gastos reduziriam o risco de um colapso fiscal. Mas não estamos em uma situação ideal, e nem administrados por um governo ideal. Logo o corte de gastos em cima do funcionalismo público e elevação dos tributos, mormente via CPMF são medidas positivas. O primeiro ponto a ser destacado é que o enxugamento da máquina estatal é uma situação que deve ganhar corpo à medida que os cortes surtirem o efeito desejado. Acabaram os subsídios teóricos dos ilusionistas keynesianos/desenvolvimentistas acreditando que dinheiro é apenas um dígito no sistema bancário. O segundo ponto é que, pela primeira vez quem ditou as cartas foi o ministro Levy e o mercado hoje reagirá positivamente. Haverá uma alta da Bovespa e queda do dólar. I

Grau Especulativo! E agora?

Bom, os mais pessimistas jamais conseguiriam projetar esse cenário em 2010. Em 2014 já se falava sobre, e o mercado passou a antecipar parte desse fato, e, com isso, os preços refletiram esse movimento. O crédito passou a rarear, e com isso, os juros subiram. Pessoas passaram a pensar duas vezes antes de consumir, e empresas a vender menos, e com isso eclodiu o desemprego.  Em um mundo globalizado, o Governo possui mais instrumentos para tornar suas políticas mais eficientes. Porém, essa maior liberdade, também se traduz como maior capacidade para o mal. Quando digo mal, me refiro a má política, a má gestão e, até mesmo, a má índole dos gestores públicos. Confiantes na sua doutrina ideológica, e que o povo aceita tudo em nome da causa - ou melhor aceitam piorar de vida para uma causa que visa melhorar sua vida (soa estranho, eu sei). O governo falacioso do tudo grátis ruiu, junto ruíram também a moral e ética. Os escândalos de corrupção paralisam o país hoje, e irão paralisar

Até quando??

Quando contratamos alguém para trabalhar para nós, pagamos-lhe o que pensamos ser justo. Esse valor "justo" advém do preço que o mercado paga, ou seja, o que as outras pessoas entendem como um valor justo para o tipo de serviço. Esse grupo de pessoas que contrata os serviços diariamente fazem negócios com um outro grupo de pessoas que oferta o serviço, formando assim o preço e quantidade a serem disponibilizadas naquele momento. Essa é a beleza do livre mercado, ofertantes e demandantes de forma livre de coerção fazendo negócios e melhorando sua situação. Quando pensamos em políticos, que podem ser divididos entre administradores e legisladores públicos, além do serviço de ambos serem completamente diferentes do ponto de vista prático, não se tem uma ideia clara de como se definir o valor justo. Penso eu que um chefe executivo de maneira geral deveria perceber uma remuneração bem acima de qualquer legislador, uma vez que, suas ações são positivas e podem ser quantificad

Petrobrás privatizada até 2020.

Sem querer dar uma de Oráculo de Delfos, conhecedor do presente, passado e mormente o futuro, o fato aludido no título deste artigo irá de fato ocorrer com grande probabilidade se os fatos elencados agora ocorrerem:  Fato n1: Troca do comando do executivo. O desgaste do PT e seus aliados é latente. Contudo, ainda não está muito claro qual será o caminho percorrido pelos, outrora, militantes e apoiadores da gestão do PT, e daqueles que, mesmo se identificando ideologicamente, votam contrariamente a legenda, mas, optam por candidatos de outras legendas como PSOL, PSTU, PCdoB, principalmente a primeira. Se a opção majoritária for para a oposição, o turn over será um fenômeno que per se  poderá levar a venda da estatal, dado a sujeira que será exposta quando o tapete for levantado. Fato n2: A iminente bancarrota da Estatal. Os investimentos chaves da petroleira durante o período do Governo Lula 1 e Dilma 2, foram projetados em cenários totalmente avessos aos que hoje vigoram na e

A nova/velha matriz macroeconômica

O desenvolvimento econômico impulsionado por um grupo de políticos e idealistas é uma utopia buscada por vários pensadores, políticos e administradores públicos. Esse pensamento em nada se traduz como novo. Muito pelo contrário, se assemelha ao pensamento paternal, de que se sabe o que é melhor para o filho. Em um sentido mais amplo, o Governo sabe o que é melhor para você e para toda a sociedade. A urbanização e a industrialização do Brasil surgiu por esse pensamento. Depois da república velha, mormente no período Getúlio Vargas, começaram as primeiras políticas de mudança nas estruturas econômicas do país. Não que a intenção seja errada. Mas os caminhos escolhidos trouxeram consequências que, a longo prazo, mostram-se mais prejudiciais do que a própria doença, do assim chamado sub-desenvolvimento.  Se pensarmos em um país que adotou um modelo parecido com a matriz econômica agrária, tão combatida pelos idealistas e políticos, como a Austrália, percebemos que essa matriz não

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