Bom, os mais pessimistas jamais conseguiriam projetar esse cenário em 2010. Em 2014 já se falava sobre, e o mercado passou a antecipar parte desse fato, e, com isso, os preços refletiram esse movimento. O crédito passou a rarear, e com isso, os juros subiram. Pessoas passaram a pensar duas vezes antes de consumir, e empresas a vender menos, e com isso eclodiu o desemprego.
Em um mundo globalizado, o Governo possui mais instrumentos para tornar suas políticas mais eficientes. Porém, essa maior liberdade, também se traduz como maior capacidade para o mal. Quando digo mal, me refiro a má política, a má gestão e, até mesmo, a má índole dos gestores públicos. Confiantes na sua doutrina ideológica, e que o povo aceita tudo em nome da causa - ou melhor aceitam piorar de vida para uma causa que visa melhorar sua vida (soa estranho, eu sei).
O governo falacioso do tudo grátis ruiu, junto ruíram também a moral e ética. Os escândalos de corrupção paralisam o país hoje, e irão paralisar enquanto houver investigação. Muita sujeira foi feita em prol, vejamos, deles mesmos. Não se justifica o roubo desenfreado. Ainda mais em um país onde a pirâmide tributária é invertida, aqui paga-se mais quem menos tem.
Agora...vejamos, iremos observar uma escalada da divisa americana, que já subiu 86% desde que a Dilma foi reeleita, com um patamar de R$ 2,40 para cada dólar. Hoje o dólar é negociado a R$3,90 aproximadamente. Isso, promove mais pressão inflacionária, além de tornar os títulos da dívida brasileira ainda menos atrativos, pois investidores internacionais sempre levam em conta a depreciação cambial, além da diferença de juros reais.
Como o déficit projetado para 2015 é de 0,7%, o Brasil necessita vender títulos da dívida para honrar seus compromissos, com isso, se faz necessário uma nova subida da taxa de juros, quiça com uma inclinação maior, ou seja, o próximo aumento pode ser de 0,5 pontos percentuais. Os juros subindo, encarecem o valor da dívida, pressionando-a ainda mais no futuro. Além disso, os prazos dos títulos deverão cair, isso faz com que a solvência da dívida caia, nos colocando em um círculo vicioso.
Mas como caímos nele? Será que novamente entramos no conto da sereia de que poderíamos voar puxando os cadarços do sapato? Bom, o Governo puxou mesmo o cadarço dos sapatos, mas ao invés de voarmos, caímos, e feio.
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