Pular para o conteúdo principal

Postagens

Doações definem quem manda? O cafezinho.

O cidadão comum hoje é refém. Caso disponha de algo que alguém quer, ou será chantageado ou simplesmente roubado. Esse ato não é cometido por outrem que não os próprios agentes do Estado brasileiro. Cada agente que se empodera se torna um criminoso em potencial, na simples função de exercer o que lhe foi outorgado pelo gestor público, este geralmente líder da quadrilha.  Os exemplos são claros, lembra-se de alguma blitz que te pediram um café? Lembra-se de algum ex-policial que vai a sua casa lhe pedir dinheiro para proteção (dele mesmo?). Lembra-se de algum documento ou serviço do Detran que demorou uma eternidade, e que só saiu pelo pagamento de um despachante, ou daquela sua prova prática do Detran -essa é inesquecível não é mesmo - os pedidos de 50 reais a cada troca de avaliador, não há preço que pague observar os criminosos operando em loco? Eleve isso à quinta potência na hora de abrir seu negócio. Cada alvará representa uma nova oportunidade para os fiscais do Estado

O Aborto

Sou economista, e por esse lado, obviamente serei a favor do aborto por um simples motivo. O custo de um aborto supera em muito o custo de um investimento inicial para que um indivíduo tenha uma trajetória com um VPL positivo. Ou seja, não seja apenas um ônus para a sociedade. Consiga contribuir positivamente com a mesma. Dado o avanço tecnológico, os custos de se formar um indivíduo que de fato se insira na sociedade produtiva paradoxalmente aumentou. O processo de formação de capital humano passa a ser cada vez mais importante e mais custoso. Logo, não é simples dizer que iremos tomar conta de todas as crianças. Os fatos mostram que não é verdade. Uma gravidez indesejada também é um marco na vida dos jovens (principalmente) pois atrasam seus investimentos com educação, e geralmente, tem um impacto significativo na sua trajetória profissional. As mulheres são as maiores afetadas e isso se reflete na distribuição de renda, onde homens acabam ganhando significativamente ma

A Previdência Social

Nenhum indivíduo age de forma espontânea contrário aos seus próprios interesses. Todos somos escravos de nossa vontade humana ilimitada. Confiar sua velhice nas mãos de alguém que não tem nenhum interesse particular nisso é algo pouco inteligente de se fazer. Obviamente, existem pessoas que ficaram ricas administrando o patrimônio de terceiros. Mas ganham incentivos para isso. Jamais seriam remuneradas casos suas ações exibissem prejuízos aos terceiros que confiaram em sua gestão.  A difícil arte de gerir ativos de terceiros, pressupõe que o gestor tenha mais conhecimento financeiro do que o próprio. Além disso, pressupõe também que este terceiro está poupando (gastando menos do que arrecada) de forma a garantir que essa poupança, feita de forma contínua, e por um longo período, lhe garanta uma velhice tranquila. Obviamente, quando me refiro a velhice, digo um período em que nada tem a ver com a idade. Mas sim com um momento na vida do indivíduo em que ele perde sua capacid

O mercado está cansando

Desde o afastamento provisório da ex presidente Dilma, o mercado valorizou as ações das empresas brasileiras em 30% valorados em reais. Se formos mudar o indicador para dólar, essa valorização se deu em 58%. A moeda do país se valorizou e seus ativos também. Porém, os sinais são de reversão desde que o Trump foi eleito, e mais, o país pouco avançou nas reformas prometidas. Melhoramos radicalmente a gestão das empresas públicas. E isso per se resolve grande parte do problema em termos de tornar o país atrativo para os investidores estrangeiros. Ao mesmo tempo, também demos um salto de qualidade na política monetária, passamos a finalmente começar a reduzir a trajetória dos juros, mesmo com o mercado internacional sinalizando o oposto. E isso é perigoso. O perigo advém do seguinte fato. Sozinho o Banco Central não controla inflação. Quem decide o quanto oferta de moeda é a política fiscal do Governo, que ao introduzir mais déficits, ou expande a base monetária hoje, ou se

(Re)Pensar é preciso

O Estado do Rio de Janeiro não possui um centro unificado que pense suas políticas econômicas. O que temos são alguns poucos dentro da Secretaria da Fazenda do Estado, que no momento é ocupada por quadros políticos de carreira. Ou seja, sem nenhuma experimentação no mercado, tão pouco na academia. Para se ter uma ideia nosso atual secretário de fazenda, Gustavo Barbosa, possui o seguinte currículo divulgado no site da SEFAZ: O novo Secretário de Fazenda é graduado em Ciências Contábeis, na UNICEUB e pós-graduado em Gestão Executiva de Fundos de Pensão, na ICAT/UDF. Gustavo Barbosa é Conselheiro do Conselho Deliberativo da Fundação de Previdência Complementar do Estado do Rio de Janeiro – RJPREV e Conselheiro do Conselho Nacional dos Dirigentes dos Regimes Próprios de Previdência Social – CONAPREV. Sua parca experiência profissional não conta com nenhuma passagem em empresas privadas, apenas indicações políticas para exercer cargos de confiança em fundos de gestão pública.

Na calada da noite

Melhor filme de pela academia em 1968, In the heat of the night, demonstra a investigação de um assassinato cometido em uma cidade do sul dos Estados Unidos, em um período marcado pela segregação racial, onde um detetive negro da cidade grande, precisa ajudar um policial local a resolver o crime, e também, salvar sua própria pele. O jogo de poder cometido ontem por uma das casas do legislativo brasileiro foi um feito digno de filme. As 10 medidas contra a corrupção que foram um clamor popular, que recebeu forte apoio por membros do MP, pois tornava efetiva sua atuação e garantia exatamente que quem cometeu crimes de corrupção na esfera pública fosse punido, se tornou em um instrumento de cerceamento da atividade investigativa. As medidas originais http://www.dezmedidas.mpf.mp.br/apresentacao/conheca-as-medidas, continham apenas uma medida que determinava que deveria haver celeridade no processo e eficiência no seu trato por membros do judiciário. Agora, as medidas aprovadas, h

Dólar e Políticas Públicas

Friedman diz, em seu livro, que o câmbio livre nos ajuda a termos uma intuição do mercado sobre as políticas públicas. Uma vez que o câmbio se aprecia quando uma política tende a ser benéfica para a economia do país, e o mesmo mecanismo ocorre na direção contrária. As razões para isso são relativamente simples. Se uma economia cresce, ela produz mais, gerando interesse em maiores investimentos no país. Isso atrai capital produtivo no longo prazo. Ou seja, políticas públicas que visem o crescimento de longo prazo irão apreciar a moeda local hoje, pelo movimento racional das expectativas dos agentes econômicos. Do contrário, se houver uma política de crescimento de curto prazo: a renda cresce no curto prazo, o que eleva as importações o que reduz a oferta de moeda estrangeira, depreciando a moeda local. Portanto, esse movimento das expectativas dos agentes é todo capturado no movimento da moeda local vs. moeda do resto do mundo. A flutuação da nossa moeda se dá de maneira

Marcadores