O cidadão comum hoje é refém. Caso disponha de algo que alguém quer, ou será chantageado ou simplesmente roubado. Esse ato não é cometido por outrem que não os próprios agentes do Estado brasileiro. Cada agente que se empodera se torna um criminoso em potencial, na simples função de exercer o que lhe foi outorgado pelo gestor público, este geralmente líder da quadrilha.
Os exemplos são claros, lembra-se de alguma blitz que te pediram um café? Lembra-se de algum ex-policial que vai a sua casa lhe pedir dinheiro para proteção (dele mesmo?). Lembra-se de algum documento ou serviço do Detran que demorou uma eternidade, e que só saiu pelo pagamento de um despachante, ou daquela sua prova prática do Detran -essa é inesquecível não é mesmo - os pedidos de 50 reais a cada troca de avaliador, não há preço que pague observar os criminosos operando em loco? Eleve isso à quinta potência na hora de abrir seu negócio. Cada alvará representa uma nova oportunidade para os fiscais do Estado enriquecerem ilicitamente pela exploração dos pequenos empresários.
Mas calma, os grandes também não escapam. Vivemos em uma sociedade doutrinada por professores que viveram na rabeira do sistema de ensino. São os piores alunos em média que conseguiram um diploma (há brilhantes exceções). Incutiram na cabeça dos jovens que a meritocracia de mercado é uma mentira (na prática tupiniquim é mesmo), mas na realidade não. Por isso, colar em uma prova já está abonado. Você não irá crescer na vida mesmo. Estudo não leva a nada!
Logo, qualquer político sabe que medidas contra grandes empresas privadas são altamente populares, pois "protegem os consumidores" desses aproveitadores. Logo, como uma grande empresa consegue operar? Sendo refém constante dos chamados partidos (quadrilhas) políticos. E a doação de campanha é a forma institucionalizada do "cafezinho". Esse sai caro, e como na vida, quem paga é quem manda. Obviamente grupos aprenderam a jogar esse jogo de forma eficiente. E são eles os chamados campeões nacionais. Receberam tudo em troca de suas doações. Desde perdões ao fisco a leis específicas só para eles.
Segue abaixo um texto que coloquei em 2013.
Segue também um vídeo impagável do nosso bom malandro Mussum:
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