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BNDES fonte de distorção

Distorção é definida conceitualmente como algo que modifica o estado natural de alguma coisa ou alguém. Em economia as distorções geralmente são provocadas pela atuação de forças contrárias às de mercado - livre iniciativa. A livre iniciativa baseada no sistema de trocas voluntárias, um negócio é concretizado se ambas as partes estiverem pelo menos melhor ou igual a situação anterior. Logo, cada negócio realizado é um ganho potencial para a eficiência e bem estar de todo o mercado. As falhas de mercado, contudo, possibilitam que em interações dinâmicas, a assimetria informacional (uma das falhas de mercado mais importante) gere perdas para um(s) do(s) agente(s) que realiza um negócio. Ou seja, alguém voluntariamente promove um acordo mas que gerará uma perda futura de bem estar. Essa ação ocorre exatamente porque os mercados em muitos casos não provêm a informação completa nem a segurança nos contratos capaz de garantir o cômputo econômico de forma correta. Além disso, com o avan

Teorema Ricardo-Vampi

Comentando sobre a gestão atual do time do Flamengo. Segundo teorema do orçamento equilibrado (Keynes), um aumento de uma unidade nos gastos sendo sustentado por um aumento na arrecadação provoca um aumento de mesma intensidade no produto. Ocorre que a teoria econômica abraça um outro teorema que é antagônico ao anterior. Seu nome é teorema da equivalência ricardiana, o teorema diz que quando se aumenta os gastos, ao invés de se provocar um aumento no produto o que ocorre é que os consumidores irão antecipar o aumento do tributo futuro para saldar o déficit fiscal e portanto irão poupar mais e não consumir a renda excedente, o que faz com que o produto não se altere. No futebol tivermos um recente caso de um jogador que antecipou esse teorema, inclusive poderíamos fazer uma nova combinação e falar sobre o teorema do Ricardo-Vampi. O teorema de Vampeta informa que caso um clube de futebol aumente seus gastos contratando craques valorizados só que sem sustentabilidade, provo

Um Moisés para muitos Aarões.

Calma, não quero dar nenhum ensinamento bíblico forçado ao leitor, quero apenas deixar uma reflexão sobre o papel do cientista e do comentarista de ciência. Ao que parece, no mundo de hoje, as subcelebridades científicas, ganham espaço e notoriedade, fazendo o que alguns acham erroneamente extremamente positivo. Comentar e interpretar os avanços científicos para o público em geral. E qual a parte negativa nisto? É porque muitos acabam dando uma interpretação pessoal e na maioria dos casos deturpando as conclusões científicas, que geralmente, são muito mais particulares, sui generis  e dependem de hipóteses que os divulgadores acabam não revelando, não sabendo, ou sequer sabem o que significam. Aarão foi o irmão mais velho de Moisés, e teve um papel fundamental na divulgação na doutrina da religião judaica. Moisés foi quem conversou com Deus e trouxe o conhecimento, Aarão foi quem falou a língua do povo, e soube divulgar as Leis/Mandamentos para o leigo. O cientista, atualmente, a

A covardia estatal

O ser humano é um bicho no mínimo engraçado. Os dados não conseguem refletir sua realidade. Mesmo tudo indo bem, poderá achar motivos para reclamar, e vice-versa. Analisar quantitativamente sua percepção de satisfação e felicidade é um caos para qualquer analista de microeconomia. Ao que parece se chega a uma conclusão de que a inveja é um sentimento mais forte do que a fraternidade, principalmente nos tempos atuais. Não é uma inveja cega, mas uma que nos diz o seguinte: a tristeza do meu irmão é menos triste do que a minha. Ou seja, mais vale estarmos menos tristes do que alguém do que menos felizes do que outros. Quando todos perdemos mas um perde menos, este consegue se sentir melhor do que em uma situação em que todos ganham, mas ele ganha menos. Esse é um paradoxo extramente complexo. Se a situação econômica melhorar, a melhora dos outros promove uma externalidade negativa àqueles que ou não melhoraram, mas melhoraram menos. Confuso e complexo. Por isso, nada mais prazeroso d

O futuro do emprego

Cada vez mais as relações de trabalho mudam. Na realidade, se tomarmos como base uma análise simplificada do que é trabalhar, significa ofertar sua força/capacidade de trabalho, o que envolve cada vez mais capital intelectual e humano para executar tarefas que possuem algum valor para alguém. Entender essa relação como um possível fruto de exploração é no mínimo anacrônico. Em primeiro lugar quando procuramos trabalho, estamos ofertando nossos serviços, e buscando alguém que tenha interesse e capacidade para pagar o valor que pedimos. É um modelo de oferta e demanda, se não é tão simples, é pelo seu comportamento dinâmico. Então os equilíbrios desse modelo podem se alterar com a mudança na dinâmica do mercado. A principal mudança no equilíbrio nas relações de trabalho são a perda da hegemonia do vínculo de trabalho estável, entre trabalhador e empregador, executando tarefas pré acordadas e sendo remuneradas mensalmente. Ou seja,o vínculo de trabalho formal, conforme prescreve

Conjuntura Econômica

A atual situação econômica do país é incerta. Obviamente começar um texto econômico com essa frase é de descabelar qualquer leitor acostumado como o economês nosso de cada dia. No entanto, quando se fala em incerteza é dizer que além da costumeira incerteza habitual de quem vive em uma economia tupiniquim, existe nova(s) chegando. A nova incerteza é o cenário político e econômico do país. Em via de regra, a política tende a atrapalhar a economia, pois busca sempre soluções mirabolantes que tentam tornar o remédio menos amargo. É como colocar adoçante na insípida novalgina. O efeito dessa tentativa é tirar o gosto amargo e também o efeito benéfico do remédio. Mas não foi o caso da atual gestão. A gestão política promovida pelo Governo do presidente Michel Temer foi de longe a melhor gestão dos últimos 10 anos. Comparável apenas a promovida pelo presidente Lula em 2002 que se encerrou no escândalo do mensalão, com a saída de Palocci e sua equipe do ministério da fazenda. Essa nova g

Uma crise anunciada e longe do fim.

Em 2015 o Estado do Rio de Janeiro na véspera de sediar os jogos olímpicos de 2016 anunciava seus problemas financeiros de forma pública. Começava a não pagar fornecedores, e honrar contratos com prestadores de serviços. Alguns anunciavam que tais medidas mostravam que a terceirização dos serviços estatais era a grande responsável pela questão financeira, pois o Estado não conseguia mais pagar os seus fornecedores. Solução - apontada por alguns - delegar tudo a iniciativa pública e fazer novos concursos nas áreas carentes, como saúde e educação. O tempo passou, e em menos de um ano os salários dos servidores já começavam a ser atrasados. Indicando, agora sem nenhuma capacidade de argumentação ideológica, que o problema não é a forma como é provido o serviço público, mas que a capacidade de provimento desse serviço por parte do Gov. do Estado do RJ estava em colapso. O município do Rio de Janeiro, no entanto, mostrava ainda grande capacidade de absorver gastos públicos, recebendo n

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