Prezados,
perdi meu tempo de sexta de manhã para ler as propostas dos candidatos em seus sites oficiais.
Obviamente, tais propostas, muitas, dependem de aprovações de leis. Portanto o percentual de apoio na Câmara Municipal tem que ser uma variável importante para se chegar a uma decisão racionalmente acertada.
Em comparação com os dois candidatos, 82% apoiam Crivella e 18% Freixo. Logo, em se tratando de propostas que exigem mudanças ou criar leis específicas, Crivella leva vantagem sobre Freixo, por ter uma probabilidade mais crível de efetivar as mudanças.
Quando se compara as propostas dos candidatos em setores que realmente importam para a sociedade civil, e que são pertinentes a prefeitura, como saúde e educação, as divergências nos programas aparecem.
Educação
Crivella defende em um ponto sensível de sua candidatura (pois vai contra aos sindicatos dos professores) (fonte: http://marcelocrivella.com.br/2016/programa-de-governo/):
Manter e aprofundar o sistema de meritocracia através do qual os professores podem ganhar salários adicionais ao final do ano, dependendo do atingimento das metas de resultado de seus alunos no IDEB previamente estabelecidas com a Secretaria de Educação e a Direção das Escolas.Freixo defende redução da jornada de trabalho dos servidores da educação para 30 horas, bem como maior autonomia pedagógica para os professores do ensino básico (que precisam de autonomia para ensinar ler e escrever, segundo a cartilha) (Fonte http://www.marcelofreixo.com.br/propostas/ ) e escreve o seguinte:
É fundamental investir na valorização salarial dos servidores da educação através de seus planos de carreira, com progressões significativas por formação acadêmica e tempo de serviço, além da implantação do regime de Dedicação Exclusiva, com paridade para os aposentados.
Saúde
Crivella defende implementação de meritocracia, bem como a continuidade das OSS´s, que retiram da administração pública a responsabilidade direta de prestar o serviço, mas garante que o serviço seja prestado por parcerias com a iniciativa privada. Sendo assim, o foco no serviço está garantido
Estabelecer um novo plano de cargos e salários baseado na meritocracia para todos os servidores da saúde do município até o final de 2017, garantindo melhores salários para aqueles servidores que cumprirem suas metas de produtividade e de qualidade no atendimento – para isso, também será estabelecido um sistema de avaliação do atendimento médico feito diretamente pelo cidadão.
Manter o apoio das Organizações Sociais de Saúde (OSS) à Saúde Pública Municipal, mas, já no primeiro ano de governo, fazer uma ampla auditoria referente aos critérios de seleção e aos gastos de cada uma delas, garantindo o estabelecimento e a cobrança rigorosa de metas de produtividade e de qualidade para os serviços prestados assim como um sistema de fiscalização minuciosa dos gastos das mesmas
Freixo defende mais a participação do Estado na gestão da saúde, com mais autonomia aos servidores, e extinguindo qualquer meritocracia que gere, remuneração variável:
a progressiva substituição de todas essas formas de privatização e terceirização da Saúde: Organizações Sociais (OS), Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), Fundações Estatais de Direito Privado, Empresas Públicas de Direito Privado e Parcerias Público-Privadas.
Com relação à mobilidade urbana ambos os programas são bem parecidos, mas como programa do Freixo é bem maior, ele fala sobre, "municipalizar as calçadas e criar padrões de qualidade de
pavimentação, com dimensões de acordo com normas de acessibilidade" nesse ponto não entendi se ele fará o Município arcar com a padronização das calçadas ou os moradores. Além disso, apenas Crivella fala sobre a conclusão da obra do metrô da linha 3, ou fala sobre metrô nas propostas de mobilidade.
Com relação à parcerias políticas, apenas Crivella, também, fala em buscar parcerias com Estado e União, para tentar trazer recursos. E o tempo todo, nenhum programa, fala como irá obter recursos para se sustentar. Crivella fala de parceriais, e Freixo fala em rever gastos, mas não em novas fontes de recursos.
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