O ensino médio brasileiro hoje padece. Em breve, será mais fácil terminar o 8º ano primário na China ou Coréia do Sul do que o Segundo Grau no Brasil. O ranking do PISA divulga o Brasil no ranking 58, 55 e 59, em matemática, leitura e ciências respectivamente, em um total de 65 países. Para se ter uma ideia da nossa defasagem, 67,1% dos alunos brasileiros com 15 e 16 anos (faixa etária analisada no estudo) estão abaixo do nível 2 em matemática, enquanto que apenas 0,8% dos alunos brasileiros atingiram os níveis 5 e 6 na disciplina, nível de maior complexidade. Em Xangai, na China, primeiro do ranking em matemática, mais da metade dos estudantes (55,4%) integram os níveis 5 e 6. Ou seja, menos de 1% dos nossos alunos consegue concorrer com o estudante representativo de Xangai na China ou na Coréia do Sul.
Se você não se alarmou com esses dados, fique tranquilo, você provavelmente será substituído por alguém com censo crítico e capacidade cognitiva melhor que a sua no futuro. Seja dentro do país ou fora. Não é a toa que os países asiáticos tem atraído cada vez mais empresas. Não só possuem um custo de mão de obra menor, mas uma cada vez mais capacitada. Ou seja, possuem vantagem comparativa no capital que realmente faz a diferença em uma nação, o capital humano.
Não pense que a situação do Brasil é ruim por falta de recursos, ou piorou porque os recursos diminuíram. O custo por aluno, saltou de R$ 1.878 em 2000 para R$ 6.021 em 2014. Um aumento de 320%. Enquanto que a resposta desse aumento em termos de qualidade foi exatamente zero. O ensino médio brasileiro apresenta um crescimento zero desde 2011 na nota do IDEB. Indicando uma contrapartida negativa em termos de dinheiro investido na melhoria da qualidade do ensino.
Logo, qualquer mudança frente ao naufrágio eminente é bem vinda. Afinal de contas, quando nos deparamos ao fracasso certo, qualquer risco é sinal de melhora. A MP que todos adoram falar mal, mas poucos entendem, como é de praxe no Brasil, está aqui. Clique e se informe. Vamos apoiar quaisquer medidas que visem mudar o rumo dessa tragédia que se chama ensino público brasileiro. E não, não há saída fora da escola.
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