Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de março, 2014

O Golpe Militar no Brasil, by EUA

Uma análise fria da Revolução que derrubou o presidente interino João Goulart, vice de Jânio Quadros, que renunciou após 7 meses de governo, indica que o apoio americano foi crucial para a guinada na forma de se fazer política no país. O Brasil com pouca história democrática, viveu por 400 anos sobre a égide de colônia e depois de um império, passou como último país da América a fazer a transição para o sistema republicano democrático. Nosso primeiro presidente eleito diretamente foi Prudente de Moraes, e esse processo durou até o Golpe perpetrado por Vargas, golpe aliás, que muitos esquecem, talvez pelo caráter populista. Segundo esses fatos, não perece que seria difícil reduzir novamente as características democráticas do processo político no nosso país. O processo da instituição da república também não foi um processo democrático, foi um golpe liderado pelos militares. Novamente, fato este esquecido. A grande revolta aparente gerada pelo movimento, foi o cerceamento das liberda

2013/2014 Um ano de inflexão

Seja o que for 2013/2014 vem mostrando todo o lado bom e ruim da economia e dos bastidores da política brasileira. Todo seu lado negro e escabroso de negociações que são dignas de apócrifos e livros de ficção e romances de Mario Puzo. Nunca esse jogo foi tão transparente. Nunca as informações foram tão claras. Talvez isso seja o melhor legado político deste governo. Tudo vem à tona, e esperamos que essa valência permaneça. A economia claramente vem sendo ditada pelo princípio Desenvolvimentista, ou seja, o Estado comanda as ações e coordena os investimentos. O Estado sempre é tratado como se fosse onisciente. Sabe tudo, conhece tudo e portanto, é quem deve ditar as regras. Acontece que essa linha vai de encontro totalmente aos preceitos da democracia. A democracia revela que o poder emana do povo, sendo assim, o povo e seus indivíduos é que devem saber o melhor para si. Dificilmente um planejador central irá definir o que é melhor para cada um. Geralmente o princípio da primazia

Probabilidades Condicionais Acionando Melhoras no Brasil

Veja que curioso, a probabilidade de o país crescer pouco caso aumente irá reduzir os fluxos de investimentos para o Brasil, o que gerará menos crescimento no futuro. Ou seja, a probabilidade de crescimento no futuro amanhã, dado que se cresceu pouco hoje é reduzida. Pois bem, até ai nenhuma novidade. A questão é que quando levamos em conta o fator político e a pauta econômica em jogo, podemos ter a seguinte configuração: dado que se cresceu pouco, aumenta-se a probabilidade de uma mudanças política, o que pode melhorar a conjuntura econômica no futuro, e aumentando a probabilidade de crescimento no futuro. Ou seja, em tese, podemos ter uma melhora no cenário futuro, caso o cenário de hoje seja ruim, dado um aumento na alteração da política. Isso tem duas causas, a primeira é que a economia vem sofrendo com a atual gestão econômica, e segundo, o viés ideológico vem provocando um sufocamento da iniciativa privada no país. Já as consequências são as seguintes, caso haja qua

Rebaixamento do Rating Brasil

Houve um momento de perplexidade por parte do Ministério da Fazenda com essa notícia como relata a seguinte reportagem:  Embora a agência alegue que o crescimento econômico foi uma das razões para sua decisão, é importante destacar que o Brasil, no período da crise internacional iniciada em 2008, cresceu 17,8%, uma das maiores taxas acumuladas de crescimento entre os países do G-20. No ano passado, o país cresceu 2,3%, desempenho superior à maioria dos países deste grupo. Também não procede a avaliação sobre a situação fiscal brasileira, levando-se em consideração que o País tem gerado um dos maiores superávits primários do mundo nos últimos 15 anos. Em 2013, cabe salientar, fizemos um superávit primário de 1,9% do PIB, suficiente para reduzir o endividamento público, tanto bruto (de 58,8% do PIB para 57,2% do PIB) quanto líquido (de 35,3% do PIB para 33,8% do PIB). Leia mais sobre esse assunto em  http://oglobo.globo.com/economia/fazenda-contesta-critica-rebaixamento-da-nota-do-

Trajetória da Desigualdade no Brasil: Xô Estado Brasileiro!!!

A matéria do jornal O GLOBO de hoje versa sobre a questão da desigualdade no Brasil. Analisando os dados percebe-se que o índice de Gini brasileiro teve um aumento de 1960, cujo valor era 0,5, para valores da ordem de 0,6 já no início da década de 1970.  Contrastando os dados do Censo com o da PNAD, observa-se que há uma disparidade nos dados, uma vez que o censo de 80 indicou que o índice de Gini era de 0,59, enquanto que pela PNAD a média dos cinco anos anteriores era de 0,611.  Doravante esse fato, o texto claramente coloca a culpa do aumento da concentração de renda no Brasil durante o período de 1964 até 1990 na política de arrocho salarial promovida no final da década de 1970 para conter o recrudescimento inflacionário e também na falta de políticas públicas que promovessem uma educação de qualidade. Pois bem, o Estado Brasileiro antes de 1960 era muito menor do que hoje. As políticas promovidas pelos governos JK e Geisel, geraram vultuosos investimentos na economia

Brasil: Um paradigma antigo da administração pública

Fechem os olhos. Imaginem uma empresa que vale meio trilhão de dólares. Imagine que não seja uma empresa, mas sim uma holding, que lida com tudo, desde serviços de água e limpeza urbanos até promoção de energia via matriz nuclear. Pense em como deve ser difícil coadunar tantas áreas em uma só. Mas calma, essa grande holding possui CEO´s para cada umas dessas áreas. Pois é, descentralização da administração, um paradigma importante da Administração Neoclássica. Além disso, essa descentralização permite que decisões antagônicas sejam tomadas. Como por exemplo, suas grandes empresas do setor financeiro costumeiramente atuam de forma divergente. Quem controla o acesso ao crédito, tenta restringi-lo, contudo, quem fornece o crédito, tem costumeiramente aumentado sua oferta de crédito. Ora, nada mais democrático do que deixar decisões antagônicas emergirem no debate. Além disso, ao que parece, nessa empresa quase não há uma coordenação das decisões, parece um sistema de administraç

Salário Médio é um bom critério de escolha?

Ouço muito em conversas a questão do salário médio influenciando decisões para a escolha da carreira. "Seja isso, ou seja aquilo pois são profissões que estão pagando bem" Contudo, pouca gente lembra que a média pode não significar necessariamente a realidade do mercado. Veja um exemplo de um jogador de futebol. Ontem o Fluminense perdeu para um time cujo maior salário era de R$ 5000/mês. O salário do Fred pagaria a folha salarial do clube por uns 3 anos inteiros. Essas disparidades acontecem com maior ou menor intensidade em muitas profissões. A carreira na área gerencial faz com que algumas pessoas se tornem CEO´s de empresas com altos salários e outros fiquem estagnados em cargos de 3º ou  4º escalão, percebendo remuneração bastante aquém em comparação com esse primeiro grupo. Além disso, a decisão de investir em uma carreira também é influenciada pelo seu custo de oportunidade, que novamente é sempre mensurado pelo rendimento médio. Não se leva em conta o ris

Imposto Inflacionário: Além do Efeito Bacha

Segundo levantamento dos auditores fiscais da receita, a defasagem acumulada na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), de 1996 a 2012, foi de 66,4%. No estudo, o percentual de 66,4% foi obtido ao se confrontar a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado de 1996 a 2012 (189,54%) com a correção da tabela no mesmo período (73,95%). Esse ano o reajuste nas faixas do IRPF para este ano foi de 4,5% — conforme a Lei 14.469, que estabeleceu o índice para os anos-base de 2011 a 2014. A projeção para esse período foi feita pelo Ministério da Fazenda, a cargo de Guido Mantega. Assim, a faixa de isenção de pagamento passou de R$ 1.637,11, no ano passado, para R$ 1.710,78, em 2013. "Se a tabela não estivesse sendo corrigida, desde 1996, sempre abaixo da inflação oficial, a faixa de isenção estaria em R$ 2.784,81", afirmou o Sindifisco. Isso beneficiaria a classe média. Posto isso, além da arrecadação via senhorariagem (cunhagem de moeda

O Custo de se achar sempre certo

Estando hermeticamente fechado em uma ideologia o princípio do racionalismo se dissolve. Tudo está certo, desde que seja do meu lado ideológico, aceito e ponto. Refuto o complemento do meu discurso. Sendo assim, se vai fazendo política e discursos como se um jogo de soma zero fosse. Ou ganha-se ou perde-se, nunca posso somar contra um adversário político e é nesse ponto que se cria uma ruptura do sistema político e, mais além, dos princípios da democracia. A guerra política que foi empreendida pelo PT desde a redemocratização agora o puni. Votaram contra o plano real, o regime de metas de inflação, a lei da responsabilidade fiscal e do fome zero. A despeito disso, empurram goela abaixo do Congresso e da Câmara a pauta do Marco Civil da internet. Em si, o projeto traz uma série de garantias aos usuários de internet no Brasil, contudo, seu texto precisa de um tempo melhor para apreciação. Ainda não se tem um consenso sobre a redação final. Com isso, mesmo que este seja o melh

ICM - (- Brasil e Rússia + México)

Os cenários funestos de uma muito provável represália econômica à Rússia imposta pela UE e EUA com certeza irão agravar a economia russa que está além do hecksher-ohlin, pois só especializou sua economia em bens cuja oferta de dotações é abundante, como gás natural e petróleo. Ou seja, sua economia depende do comércio internacional, e é justamente esse comércio que foi o estopim da crise e da mais do que provável anexação da Crimeia. No Brasil o cenário é outro. Se você não for uma montadora de carros ou uma rede de grande porte varejista esqueça o Brasil como investimento. Se você for um investidor estrangeiro, a esquerda nunca gostou de você, agora o país inteiro não está mais gostando de você e já algum tempo. O que vêm acontecendo no Brasil cujos déficits no Balanço de Pagamentos tem atingido recordes históricos em Jan. e Fev. é simples. O Brasil não trata de forma justa quem quer gastar dinheiro nem investir. Os preços são surreais e os retornos líquidos pífios. Culpa de que

Projetando o crescimento do PIB: aplicações de eq. diferenciais

Suponha que você acredite que o Pib apresenta uma relação em termos de crescimento constante com o passado, ou mesmo que ele cresça relativamente a uma taxa constante em relação ao tempo. Ou seja: dy/dt = b.y. Analisando melhor essa eq. podemos obter: (1/y)dy=b.dt Integrando obtemos: lny=bt+c => y= exp(bt)*a Como faríamos para estimar essa taxa de crescimento ao longo do tempo, que em termos reais daria a taxa de crescimento médio em tempo contínuo? Estima-se o valor de b, para dados do PIB brasileiro de 1995 até 2014.2, como valendo 0.9%. Caso nossa análise fosse discreta faríamos o seguinte: (y(t+1) -y(t))/y(t) = b  => y(t)=(1+b)^t*y(0), para estimar fazemos uma linearização: lny = t*ln(1+b) + y0 + e o valor estimado para ln(1+b) foi de 0.9%, contudo, b=exp(0.9%)-1 = 0.91%. Ou seja, tanto a abordagem contínua quanto a abordagem discreta promoveram a mesma taxa de crescimento médio para o PIB brasileiro ao longo do período, com uma d

Esquerda no poder: a lógica do bebê

Fui agraciado em ter uma criança em casa. Bom, sua lógica é simples, se não posso argumentar irei chorar até conseguir o que quero. Isso vale para mamadeira, banho, chupeta, atenção, etc etc. A mesma lógica vem guiando de forma funesta administradores públicos no Brasil, o que pode levar a um colapso econômico e distributivo. Uma boa definição metafórica de inflação é que ela é o espelho da esquizofrenia do povo e seus governantes. Ou seja, quando as políticas públicas são guiadas de forma a agradar a todos, o orçamento público estoura, e surge a necessidade de se expandir a base monetária, elevando sua oferta, e reduzindo seu preço. Além disso, a simples atuação governamental distorce os preços da economia. Contudo, tal distorção deve em tese atender três critérios: alocativo, redistributivo e estabilizadora. Nesse atual momento político, aonde há poucos meses da eleição, não atender o choro dos seus bebês (que agora são bebês de 40 anos, criados por uma política clientelista pró

Greve, porque não.

O ano de 2014 será marcado por inúmeras greves, e já mal começou houve greves de rodoviários, de algumas universidades federais, e agora dos garis. Todos os anseios ao que parecem é para que se melhorem os salários dessas classes de trabalhadores, como se cada um trabalhasse igual ao outro, e por isso mereçam perceber o mesmo salário, o que por si só já seria um erro. Contudo, a luta por um melhor salário para todos de fato é justa? E mais, é válida? Além disso, mereço um maior salário por quê? Respondendo de trás para frente, o salário é o preço da sua oferta limitada de trabalho, que por lei é a compensação mensal por 40 horas de trabalhos semanais durante 1 mês. Se é um preço, ele estará baixo ou alto à medida que pessoas barganhem para lhe contratar. Caso ninguém mais o queira fazer, e se ficar desempregado não é uma opção, se você recebe um baixo salário o melhor a fazer é aumentar sua produtividade afim de que alguém perceba seu potencial. É mais ou menos o que faz um jogad

Marcadores