De onde se legitima o poder? De onde ele emana e para onde ele é direcionado? Como se dá as relações de poder entre dominantes e dominados? Estas questões perpassam qualquer análise social. No Brasil temo que essa análise seja simplista, se analisarmos o caso geral.
Aqui temos que o poder emana do poder. Não há discussão sobre de onde ele vêm e para onde ele vai. Ele sempre esteve lá, presente nas famílias que rapidamente se apropriaram dele, e que parcamente redistribuem esse poder para seus amigos, e entes queridos.
Além disso, essa autocracia sustenta o monopólio do roubo. Só se rouba impunemente quem possui o poder. Logo, está instalado no censo comum que, caso você tenha poder, só é legítimo se é capaz de roubar e não se preocupar com isso. Não importa o tamanho do roubo, se você é poderoso nada pode atingi-lo, e chega a ser algo de extremo mal gosto evidenciar esse roubo, uma vez que acaba evidenciando o óbvio. Se tenho poder, é legitimo meu roubo. E chega-se a cleptocracia brasileira. Manda mais quem rouba mais.
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