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Mostrando postagens de agosto, 2013

Brasil: A confirmação do modelo Hecksher-Ohlin

Em 1919 dois economistas elaboraram um artigo, seus nomes são Eli Heckscher (1879 - 1952) e Bertil Ohlin (1899-1979), aonde, seguindo uma perspectiva ricardiana de vantagens comparativas e analisando o equilíbrio de longo prazo no padrão de comércio eles postularam o seguinte. Uma economia irá se especializar no produto cujo fator de produção intensivo seja relativamente abundante em seu território. Ou seja, uma país com muito capital, irá exportar bens cujo fator intensivo é capital. Um país que é abundante em mão de obra, irá exportar bens cujo fator intensivo é trabalho. Simples assim. Olhando para o Brasil é fácil perceber qual o fator de produção é abundante. Terra, e como diria os fisiocratas, uma  das primeiras escolas do pensamento econômico, é na agricultura a condição de crescimento de longo prazo, sobretudo da população. O primeiro relatório a abordar essa questão na era moderna foi o Relatório Meadows do Clube de Roma. Veja o gráfico abaixo Nesse relatório, apes

Democracia Falha

"Um governo do povo, sem informação para o povo ou sem os meios para que ele a obtenha, não é nada mais do que o prólogo de uma farsa ou de uma tragédia, ou talvez de ambas. A informação deve sempre governar sobre a ignorância, e o povo que quer ser seu próprio governante deve armar-se com o poder que a informação proporciona.” (James Madison, quarto presidente dos EUA); Como podemos ainda admitir o voto secreto de nossos representantes, em uma democracia representativa? Faz algum sentido? Em um modelo de agente-principal, uma questão preponderante é o Perigo Moral, ou seja, se de fato, sem observação, o agente contratado pelo principal, irá cumprir o contrato, ou seja, irá se esforçar em seu trabalho. Neste caso, quando o custo operacional de se monitorar o trabalho é muito alto, o que se deve fazer é avaliar o resultado ou o produto do trabalho, que, mesmo sendo muitas das vezes uma variável aleatória, depende sim do esforço do agente. No caso da democracia representativa b

O Mais Médicos na ótica do Modelo Clássico

Talvez o modelo mais elegante e mais conhecido é o modelo Clássico. Modelo este que segue as premissas da microeconomia, onde, até então, macro e micro era uma única coisa. Ele apresenta algumas hipóteses que podem ser questionadas, como: i) Informação perfeita ii) Flexibilidade total dos salários Sendo assim, não há espaço para manobras como ilusão monetária, políticas fiscais visando o curto prazo e etc. Contudo, o modelo clássico não deixa de responder questões importantes, como por exemplo, o que define o nível de produto e emprego em uma economia. Bom, essas questões são respondidas por duas variáveis, dotação de fatores de produção e produtividade marginal do trabalho. O salário nominal pouco importa, com isso, o nível de preços não afeta a produção, o que torna a curva de oferta vertical. Mas aí você pergunta, o que isso tem a ver com o mais médicos? Bom, o mais médicos aumenta a dotação de trabalho, sendo assim, há queda no salário real, permitindo uma expansão do prod

A favor do movimento Mais mundo!

Quem critica o movimento Mais médicos por achar que é uma arbitrariedade do Governo resolver garantir o exercício da profissão de um médico formado fora do país, sem passar por um crivo de uma instituição que representa quem já está no mercado não pode nunca defender o liberalismo econômico, e quem é a favor, jamais poderá falar mal do livre mercado. Mas quanta contradição vivemos! Primeiro, quem deve decidir se você é bom ou não para o trabalho é o mercado, e no caso dos médicos, os pacientes que aceitam se tratar com ele, em virtude, talvez, de não terem outra opção, ou opção melhor. Mas, indubitavelmente, pior do que está não fica, a tendência é de melhora da situação da saúde pública. Contudo, quero que esse projeto não fique apenas aos médicos, quero que qualquer profissional seja passivo de ser contratado pelo mercado, independentemente se sua formação é ou não no Brasil, defendo acabar com a reserva de mercado de qualquer grupos de interesses. Além disso, quero ver no Brasi

Abaixo ao preço da gasolina e pela liberação da maconha

Tenho visto dois movimentos que vão de encontro ao que proponho no título deste artigo. Em um país que apresenta dimensões continentais a gasolina consegue ser mais barata no Ceará, que não é centro produtor, do que no Rio de Janeiro, que também é mais alta do que em Piauí, Paraíba e Pernambuco. Ainda dizem que os preços são os grandes vilões da Petrobrás. Na realidade a Petrobrás é o grande vilão dos preços. Ela possui monopólio da produção, do refino, da venda, e agora, paulatinamente vai conquistando cada vez mais espaço na distribuição de gasolina. Mas calma gente, é pelo bem do Brasil! Mais da metade do preço da gasolina é de impostos. 84.0% para ser preciso! E ainda querem aumentar o preço pelo bem da nossa Estatal Mãe. Na realidade, nenhuma mãe que se preze iria ficar quieta se o seu leite fosse taxado de forma tão alta, e seus filhinhos!! Mas, no caso do Brasil, precisamos parar de enxergar a Petrobrás como se fosse um patrimônio particular nosso ou da nação, ela é uma em

Pela volta da CpMF

Apesar de tudo, a CPMF era um importante instrumento de controle fiscal. Coibia às ações de sonegadores de impostos, pois, era fácil calcular a movimentação financeira atípica com seu vencimento declarado e, também, era um importante financiador para a saúde, porém, seu nome provisório deu o tom de quebra galho da contribuição. Em um país aonde a soma dos impostos indiretos é de 48,5%, impostos estes regressivos (se você não sabe o que é procure e se irrite como eu), a CPMF possui a característica de pelo menos ser um imposto direto e progressivo, e talvez por isso, foi o único corte tributário da história recente do país. Nossa saúde anda péssima, em 2011 o gasto público em saúde foi de 3,84% do PIB, enquanto que a média de países europeus com sistema universais de saúde é de 8,3% do PIB. Além da culpa ser do nosso ineficiente sistema previdenciário que em 2010 gerou uma soma de 18,1% do PIB, o que não deixa espaço para outros gastos. Não que não seja importante pagar de for

Sobre o Dólar...novamente

Tenho percebido um verdadeiro caos nas explicações da subida da moeda americana. Os argumentos vão desde a uma apreciação generalizada, ou seja, um fenômeno global, até pela queda nas exportações brasileiras, o que reduz a oferta da moeda americana. Tudo isso é verdade. Mas existe uma razão nevrálgica que é o descolamento da taxa de inflação. Enquanto a economia americana apresenta taxa de inflação média de 3% desde 2008, o Brasil apresenta taxa média de 6%, o que no acumulado chega a uma diferença de 20%. E 20% é exatamente o patamar de valorização do dólar de R$2,00 para R$2,40. Mas não precisem achar que agora o fenômeno irá arrefecer. A tendência da inflação americana ainda é de baixa, com a diminuição dos estímulos, e, também, com o aumento dos juros americanos com o fim do quantitative easing , nosso prêmio de risco se tornará menos atrativo, logo, até o final do ano a perspectiva é que a conta capital não mais garanta o saldo positivo da Balança de Pagamentos, o que signif

Nova Bolha das ".com"

O mercado das empresas voltadas para o serviço de internet está aquecido, no sentido de tornar, a cada dia, um novo bilionário com as mesmas características: escolaridade máxima graduação, menos de 30 anos e com uma ideia revolucionária. Contudo, outra característica desses jovens, ou melhor, das suas empresas também chama a atenção, quase nenhuma delas é rentável, pelo menos não agora e nem em um horizonte de curto e médio prazo, mas valem bilhões. Poucas são as pessoas que alertam para os riscos envolvidos neste nicho de negócio. Um dos motivos é que é muito difícil fazer uma previsão para essas empresas, pois o melhor jeito de se prever o futuro é olhando para o passado, e, neste caso, empresas como a Microsoft e Apple parecem servir de base para a precificação dessas novas. Mas, ao meu ver, comparar essas duas com as novas do setor como Facebook, Twitter e mesmo a gigange Google, ainda é arriscado. Tirando a última, as duas primeiras dependem fundamentalmente de apenas um

Ótimo de Pareto, Externalidades e Imposto Pigouviano...

Para você que leu sobre o código florestal que passou a vigorar em 2012, e quer fazer alguma análise crítica, procure identificar estes conceitos na LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012. Estes conceitos econômicos devem estar associados ao se tratar de temas em aberto e delicados, como exemplo, a questão ambiental. O conceito de pareto otimalidade está associado à característica da eficiência de um sistema econômico. O de externalidade está ligado a fatores que são exógenos à escolha de um ou mais agentes, e que afetam a sua utilidade (satisfação). Por fim, o imposto pigouviano visa corrigir o efeito de uma externalidade, internalizando para o agente causador os efeitos das suas escolhas, sendo assim, eleva-se a eficiência do sistema. Podemos utilizar como exemplo o caso do Código Florestal aonde a situação vigente parece ser um Ótimo de Pareto, pois ambos os lados reclamaram, ambientalistas e ruralistas, ou seja, não se consegue melhorar alguém sem piorar o outro. Contudo, c

Quero ficar rico!

Já ouvi várias vezes essa frase, principalmente quando falo que sou economista e atuo no mercado financeiro. Pessoas acreditando no dinheiro fácil e que o mercado seria a grande cornucópia do mundo, pobre da nossa Bovespa que não irá atingir as expectativas de seus novos "clientes". O dinheiro fácil não existe por um tempo maior do que uma piscada de olhos. Infelizmente, não há uma fórmula pronta para se ganhar dinheiro, isso vale para a vida, e para um subconjunto dela, o mercado financeiro. Acredito que sua melhor utilidade é fazer com que investidores encontrem empreendedores que queiram viabilizar seus investimentos sem que para isso dependam de apenas algumas poucas pessoas. Ou seja, uma forma de democratizar o crédito. No Brasil atualmente temos visto um crédito crescente mas vindo do estado - BNDES, que virou o grande fazedor de política monetária expansionista, pois, na prática ele cobra os juros que quer ao seus filhos, ou melhor, clientes, e não está nem a

Não aceitem o cerceamento do Legislativo

É normal que em uma democracia o Legislativo aprove leis que gerem custos ao erário público, sobretudo, leis que se destinem a melhorar a dinâmica econômica do país. Neste ano de 2013, dois projetos de leis aprovados, que são a desoneração da cesta básica e o fim da multa adicional de 10% do FGTS em caso de demissão sem justa causa, foram alvos de vetos presidenciais, e agora, o Legislativo tenta reaver a sua autonomia. Analisando do ponto de vista econômico foram duas leis bastante sensatas e corretas. Primeiro, a lei que tange à desoneração da cesta básica, é sabido que no Brasil mais de 53% da base de arrecadação se dá sob a forma de impostos indiretos, impostos estes que são regressivos, ou seja, recaem mais pesadamente sobre o contribuinte mais pobre. Sendo assim, a desoneração da cesta básica vem ao encontro de diminuir a já extensa contribuição dos mais pobres para o fisco brasileiro. Em fim, algo justo e economicamente correto, pois segundo Musgrave os objetivos da polític

Economia para crianças: Os três porquinhos

Capítulo 3 Com a preguiça que tomou conta da vila, os três porquinhos passaram a viver mais tranquilos, lembravam-se sempre da figura de um outro porquinho de barba branca, Lulinha, e Dilminha, agora a porquinha chefe sempre reiterava: - sou como Lulinha, somos indissociáveis, eu e Lulinha somos um só. E todos diziam um viva! bem alto, e o lobo mal, Mercadão, ouvia e salivava, como se pensa-se, já já terei meu jantar saboroso de porquinhos. Apesar do que dizia Dilminha, havia sim dissociação entre ela e Lulinha, a principal delas era a saída de Meirelinha da vila e o aumento do poder, influência e pompa do porquinho Manteiguinha. Manteiguinha queria ser reconhecido como um bom gerente da vila, mas para isso, ao invés de deixar os outros moradores trabalharem por si só, ele resolveu ajudar seus amiguinhos, e emprestava de tudo um pouco para seus amigos, e ajudava-os também. Mas para ajudá-los era necessário retirar de outros moradores, como todos estavam contentes ninguém recl

Reforma Política de Dentro para Fora

A maior reforma política de todas é a reforma no pensamento do eleitor de que sem ele existe alguma forma de se mudar. O eleitor é uma variável endógena no modelo. Não há como fechar a conta sem que esta atue. Confiar em reformas políticas advindas de heróis, super-homens, ditadores benevolentes e líderes carismáticos é rechaçar tudo o que a história vem nos ensinando, mas, ao que tudo indica, todos estavam matando as aulas de história. Novamente, defendo que o indivíduo tem um papel nevrálgico neste modelo. Não existem partidos, plataformas, ideologias e bandeiras, pois tudo se resume, no final, aos indivíduos que estarão atuando. Por isso a questão da corrupção não pertence aos partidos, pertence aos atores, não existe um partido corrupto, existe um indivíduo corrupto. O mesmo raciocínio pode ser aplicado às empresas, contudo, os indivíduos se escondem por de trás para cometer atos ilícitos. A responsabilidade, mesmo que indireta, deve recair no colo do administrador final, mesm

Voltamos ao segundo ciclo econômico: Cana de açúcar (ou melhor Petróleo)

Quem não lembra das aulas da tia Teté nas quais se explicavam os ciclos econômicos brasileiros sendo reduzidos, na época, a apenas 4: pau-brasil, açúcar, mineração e café. Eu ficava bastante encucado com uma questão, nós produzíamos a cana-de-açúcar mas o açúcar era refinado lá na Holanda. Eu pegava o mapa mundi atrás do livro de geografia e via o tamanho que era a distância entre Brasil e Holanda, e ficava pensando, que coisa maluca. Até mesmo os holandeses perceberam isso, e pensaram, oras para quê gastar tanto com frete, vamos invadir aquela colônia de uma vez, e foi assim que surgiu a invasão holandesa primeiro na Bahia depois em Pernambuco. Hoje em dia, se pratica a mesma coisa, só que com o petróleo. Nós extraímos o petróleo bruto, e importamos os seus derivados como a gasolina. Novamente, estudar história é primordial para o gerenciamento do futuro. Irei defender concurso público para professores de história e não mais de administradores anacrônicos! e principalmente, po

É preciso mudar a cultura do preço

Estamos no cheque especial no que tange à utilização dos recursos naturais para o atual sistema de produção. Caso queiramos replicar ad infinitum o atual processo, mesmo sem levar em conta o aumento da demanda com o gradual aumento populacional, não haveria mais como obter os recursos naturais que são utilizados como insumos. Existem dois tipos de recursos naturais, os que são renováveis e os que não são. Contudo, renováveis não significa que eles podem sem consumidos sem que haja nenhuma racionalidade. Pense neles como peixes em um lago, caso se pesquem todos de uma vez, como estes peixes irão procriar? É o que acontece no planeta hoje. O petróleo é renovável também, contudo, o processo demora milênios para transformar matéria orgânica em petróleo, já a produção consegue utilizá-lo de forma a transformar um trabalho de milênios da natureza em alguns segundos. Contudo, a dificuldade de adquirir os insumos estaria expressa nos preços, portanto, caso algo fosse ficando escasso

Soft Power

A velha diplomacia brasileira tem deixado a desejar no que toca aos acontecimentos pós Junho, políticos acostumados a fazerem na vida pública "o que fazem na privada" estão sem chão. A última nova é a ocupação, mais do que justa, da Alerj motivada pela nada discreta concessão da presidência da CPI dos ônibus para o vereador Chiquinho Brazão, este que nem sequer votou à favor da implementação da mesma, um verdadeiro despropósito. Crentes que ainda estão na Velha República, os donos do poder agora assistem passivamente a ocupação e se queixam dos manifestantes. Bom, se eu pudesse, eu mesmo estaria ali, mas para colocar fogo em uma casa que permite tal conduta, e ainda acredita ser democrática. Já pensou, um time poder escolher o juiz da partida, ao perder na primeira rodada? Se não funciona no futebol, não iria funcionar em uma política cansada e amassada pelo soft power do dinheiro de empresários que chamam de "custo Brasil" o valor das vultuosas propinas que p

Mais do Mesmo: Ressuscitando o enterro das "Estatais"

As empresas Estatais que possuem ações negociadas na Bolsa de Valores chamadas de empresas de capital misto e que o Estado possui seu controle acionário estão sofrendo um ataque desde 2011 parecido com o que aconteceu nos anos 80 com os desdobramentos da crise do petróleo, detalhe, o cenário é bastante parecido, só que muito mais sofisticado. Nos anos 80 com a crise da dívida dos países emergentes, ninguém queria emprestar dinheiro para países insolventes como o Brasil, contudo, suas empresas empresas estatais apresentavam ainda um certo poder de endividamento, sobretudo pelo colateral que poderiam oferecer como seguro. Sendo assim, esse recurso foi amplamente utilizado pelo Governo para saldar suas dívidas e garantir que a economia não sofresse uma eminente moratória. A decorrência desta política foi o adiamento de um ajuste fiscal necessário, e, mais maléfico ainda, a quebra das empresas estatais, que foram, na década de 90, vendidas, porém, por preços irrisórios. Hoje, tem

Dados do TSE?! Gostaria de saber se ontem aconteceu algo deveras importante

Meus amigos, por que tanto alarde em cima da validação dos dados prestados pelo TSE ao SERASA? Ao que tudo indica, o serviço tem como objetivo fazer uma validação de dados de forma a evitar casos como Joões da Silva, que, por terem nomes homônimos, acabam tendo o nome incluído no cadastro de restrição de crédito sem ao menos ter uma conta no seu nome, ou qualquer dívida, que justifique o fato. Além disso, em um país como o Brasil, que para qualquer coisa precisa-se tirar cópia autenticada, o serviço de certificação digital pode, enfim, por fim a essa máfia dos cartórios, que, apesar da função pública, na prática tem enriquecido donos de cartórios desde do Brasil Colônia.  É muito alarde para pouca notícia, bastaria uma nota na pág. 6.   A noticia que realmente merece destaque é a de que ainda não foi aprovado o "orçamento impositivo", prática esta que reforça a democracia, ao agraciar o Legislativo com sua função devida, que é aprovar leis, inclusive aquelas que regem s

Pouco tempo, muito assunto [x2]: indexação e orçamento impositivo

Na pauta de hoje: a volta da indexação e a aprovação do orçamento impositivo. Primeiro irei falar deste. O orçamento impositivo será um ganho para a democracia, mas uma derrota para o Executivo. Bom, estarei sempre do lado da democracia. A aprovação de ontem faz com que as emendas e propostas de parlamentares aprovadas ocorram e sejam pagas sem a aprovação do executivo. A necessidade dessa aprovação, faz com que o Legislativo seja um fantoche, e, nas palavras da Presidenta, seja "indissociável" do Executivo. Só faz o que o Executivo manda. E como esta característica da democracia brasileira é rechaçada por 9,5 de 10 pessoas perguntadas, acredito que será benéfica para a democracia. Contudo, o orçamento do governo já está estourado, a meta de 2.3% do PIB de superávit primário só irá ser atingida se contratarmos Júlio Verne para mais uma rodada da contabilidade criativa. E dessa vez, teremos que ir mais fundo do que apenas 20 mil léguas submarinas. Quem sabe uma viagem ao

Necessidades

Muito se comenta sobre a necessidade de mão de obra qualificada no Brasil. Eu refuto esta teoria, pois, comparativamente, passamos a formar mão de obra qualificada, e inclusive, estamos exportando nossos melhores trabalhadores, fato este que não compactua com um país de mão de obra de baixa qualificação. Acontece, que caso a mão de obra qualificada fosse necessidade no país, estaríamos importando engenheiros, doutores, técnicos, entre outros. Contudo, comparativamente, os EUA são o país que importam a maior parte deste perfil profissional. E existe um motivo claro para isso. Eles possuem um mercado muito mais desenvolvido e que permite que a produtividade deste profissional seja tamanha, que seria impossível competir em termos de remuneração direta, e, além disso, por ser um pais com relativa qualidade de vida, a remuneração indireta pode potencializar o efeito atrativo para os mais qualificados. Apesar de achar que o Brasil ainda dá de 1000 a 0 em comparação a remuneração indire

Preocupação Local: Até quando...vamos começar pelo metrô.

Bom, gostaria de tecer alguns comentários locais sobre a situação do Estado do Rio de Janeiro. Hoje, a coluna do Elio Gaspari comentou a crítica que a Presidenta Dilma aplicou ao metrô da cidade de São Paulo, que na sua interpretação, e na de muitos, é deficitário para atender uma cidade como São Paulo. O metrô de São Paulo possui 74 km reais! Além disso, assiste seus principais pontos de deslocamento de massa, e, para completar, diferentemente do metrô do Rio de Janeiro, possui uma estação na Rodoviária do Tietê e se integra com ônibus diferenciados que atendem aos dois aeroportos Guarulhos e Congonhas. São 5 linhas, quatro delas se interligam, possibilitando um deslocamento real de pessoas, praticamente pelas quatro grandes áreas da cidade. Porém, perde feio em comparação a outras cidades de países parecidos com o Brasil, economicamente falando, como Cidade do México que possui 202 km de extensão e preços muito mais cômodos, 3 pesos mexicanos, que dá aproximadamente 60 centavos

Escolhemos campeões. Resultado: perdemos....

Após a guinada da política econômica ocorrida em 2010, aonde a discricionariedade do executivo, sob a égide de contornar a "enorme" crise mundial de 2008, que já havia sido contornada no mesmo ano, o Brasil assistiu uma nova estatização da economia que pode ser equiparada ao período Vargas (1930-1945), aonde o que se defendia era o crescimento para dentro e substituição de importações. Repetimos os mesmos erros, infelizmente. Como exemplo, de 1934 à 1939 foram criados 5 conselhos nacionais com o fim de regular desde o comércio exterior, passando pelo petróleo. indo até águas e energia. Agora, também, não está sendo diferente, estamos criando estatais para regular desde o petróleo e a mineração, até a ressuscitação quase bíblica da SUDENE e da SUDAM. Me recordo que uma das primeiras propostas do governo Lula como campanha, e por isso não critico a política em si, pois ela foi anunciada, foi a chamada exigência de conteúdo local , que ajuda a indústria em detrimento d

A simplicidade do indivíduo: Uruguai

Com esse lema, o Uruguai, nosso vizinho, que apresenta um PIB per capita de 13.914 dólares anuais, um pouco acima dos 12.593 do Brasil, tem progredido não apenas economicamente, mas socialmente e acima de tudo, aumentando a liberdade civil do país. O país do presidente Mujica, que só a sua figura merecia um artigo, por sua humildade e simplicidade, apresenta um IDH superior ao Brasileiro, e um Coeficiente de Gini bem menor, 0.424 contra 0.519, ou seja, é mais desenvolvido e menos desigual. E mesmo assim, tem procurado dar respostas sensatas à sociedade, de forma que o país consiga se desenvolver ainda mais. Temos que ressaltar a estabilidade política do país, mesmo rodeado por Paraguai, Argentina e Brasil, e seu baixo nível de violência urbana. E, mesmo sem pressões para grandes mudanças, o Governo uruguaio vem implementando paulatinamente reformas que poderão, em breve, descolar o Uruguai de vez do bloco do Mercosul, em termos de desenvolvimento. Medidas que aparentemente não

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