Tenho visto dois movimentos que vão de encontro ao que proponho no título deste artigo. Em um país que apresenta dimensões continentais a gasolina consegue ser mais barata no Ceará, que não é centro produtor, do que no Rio de Janeiro, que também é mais alta do que em Piauí, Paraíba e Pernambuco. Ainda dizem que os preços são os grandes vilões da Petrobrás. Na realidade a Petrobrás é o grande vilão dos preços. Ela possui monopólio da produção, do refino, da venda, e agora, paulatinamente vai conquistando cada vez mais espaço na distribuição de gasolina. Mas calma gente, é pelo bem do Brasil!
Mais da metade do preço da gasolina é de impostos. 84.0% para ser preciso! E ainda querem aumentar o preço pelo bem da nossa Estatal Mãe. Na realidade, nenhuma mãe que se preze iria ficar quieta se o seu leite fosse taxado de forma tão alta, e seus filhinhos!! Mas, no caso do Brasil, precisamos parar de enxergar a Petrobrás como se fosse um patrimônio particular nosso ou da nação, ela é uma empresa privatizada há muito tempo, mas na mão dos partidos políticos, e estes, bem, estes fazem o que querem.
Não faz sentido um centro distribuidor de gasolina, em um país como o Brasil que não possui uma malha barata de escoamento de combustível, possuir um preço maior do que em outros estados não produtores, do ponto de vista econômico, mas do ponto de vista político, faz todo o sentido. Agora, com a escalada do dólar, estão fazendo uma guerra para que a Petrobrás ajuste seu preço, talvez para justificar os lucros que já foram fabricados para o ano de 2013 com a contabilidade criativa, e que querem que o mercado engula.
O outro ponto é a questão da liberação da maconha. Chega de ouvir besteira e ler comentários sem fundamentos. Veja o mercado de drogas legais. Cerveja, cigarro, não!! Vá na farmácia e tente comprar um antidepressivo, ou antipsicótico ou mesmo um antibiótico que seja. Tem alguma propaganda lá para crianças?! Tem fila de jovens com bermuda e óculos de sol querendo comprar?! Não, exatamente porque é um mercado regulado por quem entende de drogas e de saúde pública, a ANVISA, junto com médicos e especialistas.
Deve-se integrar a maconha e suas substâncias ao mercado de drogas legais junto com os remédios, sendo regulado e protegido por técnicos que entendam dos seus efeitos, sendo prescrito por um médico que oriente quem queira experimentar, ou já seja usuário dos riscos e dos males dessa droga. Não pode ser alvo de propaganda (que por si só já é uma violência) como a da cerveja, aonde se vende a ideia de associar o álcool ao sucesso. Sendo assim, acaba-se com a marginalização dos usuários de maconha, bem como o incentivo ao crime ligado ao seu comércio e ao tráfico.
Por fim, querem ajustar o preço da gasolina, façam um leilão da Petrobrás, dividam na em pequenos lotes e tornem o mercado em uma concorrência, o que não fizeram com a VALE. Querem evitar os abusos da maconha, façam qualquer coisa menos proibir e criminalizar, o melhor a ser feito é tratar como um remédio ou medicamento, sendo prescrito por um médico que minore as assimetrias informacionais do usuário.
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