Já ouvi várias vezes essa frase, principalmente quando falo que sou economista e atuo no mercado financeiro. Pessoas acreditando no dinheiro fácil e que o mercado seria a grande cornucópia do mundo, pobre da nossa Bovespa que não irá atingir as expectativas de seus novos "clientes".
O dinheiro fácil não existe por um tempo maior do que uma piscada de olhos. Infelizmente, não há uma fórmula pronta para se ganhar dinheiro, isso vale para a vida, e para um subconjunto dela, o mercado financeiro. Acredito que sua melhor utilidade é fazer com que investidores encontrem empreendedores que queiram viabilizar seus investimentos sem que para isso dependam de apenas algumas poucas pessoas. Ou seja, uma forma de democratizar o crédito.
No Brasil atualmente temos visto um crédito crescente mas vindo do estado - BNDES, que virou o grande fazedor de política monetária expansionista, pois, na prática ele cobra os juros que quer ao seus filhos, ou melhor, clientes, e não está nem aí para a taxa de juros cobrada pelo mercado, nem para a TJLP e nem para a SELIC. " Ora são meus filhos! " Só pode ser essa a explicação.
Parece que no Brasil há uma grande dicotomia. Quem não entende acha que o dinheiro fácil está no Mercado, e quem entende sabe que o dinheiro fácil está no Governo. Mas não deveria ser o contrário? Infelizmente nossas instituições não conseguem fornecer estabilidade suficiente e nem credibilidade para isso. Veja o CADE, por exemplo, que é presidido pelo sobrinho de um dos secretário de Lula e Dilma. (Vinícius Marques de Carvalho, o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) é sobrinho de Gilberto Carvalho).
Outros infinitos exemplos podem ser dados, pois, na nossa democracia, o chefe do executivo tem concentrado muito poder em suas mãos, nomeando pessoas que teriam o papel de fiscalizá-lo, repreendê-lo e puni-lo caso necessário. Bom, estamos diante de um baita problema de Agente-Principal (perigo moral), pois estamos colocando raposas para cuidar das galinhas....
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