Bom, gostaria de tecer alguns comentários locais sobre a situação do Estado do Rio de Janeiro. Hoje, a coluna do Elio Gaspari comentou a crítica que a Presidenta Dilma aplicou ao metrô da cidade de São Paulo, que na sua interpretação, e na de muitos, é deficitário para atender uma cidade como São Paulo.
O metrô de São Paulo possui 74 km reais! Além disso, assiste seus principais pontos de deslocamento de massa, e, para completar, diferentemente do metrô do Rio de Janeiro, possui uma estação na Rodoviária do Tietê e se integra com ônibus diferenciados que atendem aos dois aeroportos Guarulhos e Congonhas. São 5 linhas, quatro delas se interligam, possibilitando um deslocamento real de pessoas, praticamente pelas quatro grandes áreas da cidade. Porém, perde feio em comparação a outras cidades de países parecidos com o Brasil, economicamente falando, como Cidade do México que possui 202 km de extensão e preços muito mais cômodos, 3 pesos mexicanos, que dá aproximadamente 60 centavos por passagem.
Outra cidade que esbanja um metrô muito melhor que o de São Paulo é Buenos Aires, com 55,6 km, mas com uma população de apenas 2,6 milhões de habitantes, quase 1/5 da população de São Paulo, e que atende 1,6 milhões de pessoas dias, mais da metade da população, enquanto que São Paulo atende apenas 3 milhões com uma população aproximada de 11 milhões de habitantes.
Realmente, São Paulo não está bem na fita. Mas nós cariocas com nossos "46 km" de malha metroviária, estamos quase lá!! (em sonho) atendemos uma média de 0,64 milhões de pessoas, e nossa população é de 6,3 milhões, é apenas 10% dela que anda de metrô. Mas pelo menos anda bem, pois se 2,6 milhões andam em 74 km, 0,62 milhões andam muito melhor em "46 km" não é verdade? Bom, primeiro, tolo é quem acredita nesses 46 km divulgados.
O metrô do Rio de Janeiro, atualmente, ainda conta com apenas duas linhas, uma que leva da Pavuna-Central, e outra da Saens Pena-Cantagalo. Porém, a linha 2 do metrô é contabilizada até Botafogo, e pior, são contabilizados também ônibus que fazem integração até a Gávea, Barra, e uma novíssima, só que ainda não estreou, da Carioca-Guaxindiba (aonde mesmo??!). Se contabilizarmos apenas as estações de metrô, o total é de apenas 33 km, ou seja, foram inventados mais 13 km.
Além disso, ao se chegar no Rio de Janeiro, seja de avião, ou por ônibus, não pense em ter um transporte de massa e aprazível lhe aguardando, se contente em conseguir um táxi, que lhe cobrará pelo menos 30% acima da tarifa normal. E ainda queremos ser chamados de cidade receptiva. Com uma recepção dessas dá vontade de voltar pro aeroporto.
E de quem é a culpa?! Se alguém falar em custo brasil apanha...Cheguei a conclusão que esse custo não existe, empresas que vem para o Brasil e não conseguem lucrar são empresas honestas que não quiseram molhar o bolso de qualquer político, pois, gravem essa frase: "No Brasil não existe uma única empresa lucrativa que seja, que não está em uma simbiose mortal com o Estado brasileiro." Desde as telecomunicações, entretenimento até indústrias de base, todas elas dependem do Governo, e por isso que mudar das coisas é muito difícil. Já tentaram contabilizar o custo desse "network" (tremendo conchavo)?
Empresas de ônibus, todas elas financiaram campanha de políticos pois queriam o melhor para a cidade em uma atitude linda de altruísmo! Sem falar nessa máfia do táxi, que possui também políticos nos bolsos. Hoje vendo no Globo News, o programa Painel, o economista chefe do itau, Ilan Goldfajn, rebateu um questionamento sobre se as manifestações poderiam prejudicar a estabilidade macroeconômica e jurídica do mercado brasileiro. Ele se mostrou bastante simpático às manifestações. E eu também. Está na hora de mudar esse sistema simbiótico e de parasitismo entre mercado e estado, que provocará a morte de ambos. Ninguém aguenta as mesmas empresas sempre, e os mesmos grupos sempre, não importando se são bem geridos ou não, pois detém poder político. É preciso dissociar de uma vez por todas a economia da política, aonde uma não pode ficar subalterna a outra. O indivíduo precisa ser o ator principal e não as grandes famílias, pois no Brasil não existem grandes corporações e sim grandes famílias....Chega já estou sem fôlego.
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