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Economia para crianças: Os três porquinhos

Capítulo 3

Com a preguiça que tomou conta da vila, os três porquinhos passaram a viver mais tranquilos, lembravam-se sempre da figura de um outro porquinho de barba branca, Lulinha, e Dilminha, agora a porquinha chefe sempre reiterava: - sou como Lulinha, somos indissociáveis, eu e Lulinha somos um só. E todos diziam um viva! bem alto, e o lobo mal, Mercadão, ouvia e salivava, como se pensa-se, já já terei meu jantar saboroso de porquinhos.

Apesar do que dizia Dilminha, havia sim dissociação entre ela e Lulinha, a principal delas era a saída de Meirelinha da vila e o aumento do poder, influência e pompa do porquinho Manteiguinha. Manteiguinha queria ser reconhecido como um bom gerente da vila, mas para isso, ao invés de deixar os outros moradores trabalharem por si só, ele resolveu ajudar seus amiguinhos, e emprestava de tudo um pouco para seus amigos, e ajudava-os também. Mas para ajudá-los era necessário retirar de outros moradores, como todos estavam contentes ninguém reclamava, e Mercadão apenas assistia.

Com o tempo a preguiça foi tomando conta da vila, e todos lembravam das promessas de Lulinha que seriam reforçadas pela Dilminha, mas passava-se o tempo e nada das promessas de uma vila mais próspera e harmoniosa se concretizarem. Dilminha dizia que era preciso ter paciência e alertava, junto com Manteiga, que as outras vilas estavam passando, também, por dificuldades. Mas notícias chegavam e parecia que as dificuldades das outras vilas não eram tantas quanto às que eram enfrentadas aqui, e Dilminha desconversava, ou dava bronca.

Contudo, o tempo mudou e começou o inverno na vila, e quando foram olhar as provisões guardadas havia uma significativa diminuição das dotações de alimentos. Manteiguinha que se achava um porquinho muito esperto resolveu pegar o papel e escrever números que não existiam pois, pensava ele, os outros moradores não sabem contar mesmo, então porque dizer que existem apenas 5 sacos de trigo se podemos dizer que temos 20. Afinal de contas precisamos defender nossa gestão, a Dilminha e o meu nome, principalmente, pois somos o melhor comando que essa vila poderia ter.

Mercadão agora ciente das trapalhadas dos porquinhos e que, lembravam muito as trapalhadas de outros porquinhos algum tempo atrás e que foram parar no seu estômago começou a rondar a vila com mais frequência e a fazer exigências para não entrar de vez e comer todos os porquinhos. Os moradores assustados, agora, começavam a pressionar Dilminha, e ela, quando foi invocar o nome de Lulinha, já não podia mais fazê-lo, pois Lulinha, que não era bobo nem nada, já estava em outra vila fazia tempo e os moradores, cada vez mais receosos se perguntavam se Dilminha era assim tão boa e mais, por que não corrigia Manteiguinha que havia trocado os números das provisões para enganar à todos, pensando que era o porquinho mais inteligente. E cadê Tombini? Esse tremia de medo do velho Mercadão, pois, havia ouvido muitas histórias assustadoras do poder  e fúria do velho lobo mal.

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