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Mostrando postagens de 2017

O que o Dinheiro não Compra

Já parou para pensar o que essa frase significa? Na data de hoje, data do aniversário do nascimento do nosso Salvador, que há 2018 anos tomou forma humana, e veio para redimir toda a humanidade. E o que o dinheiro não compra? Dinheiro é sinônimo de tempo. Tempo gasto para adquirir dinheiro, para se gastar em outras coisas. Muitos de nós tem a infelicidade de ganhar dinheiro investindo a maior parte de nosso tempo. Contudo, quando temos dinheiro podemos gastar para tentar recuperar parte deste tempo gasto, as vezes, inclusive, podemos economizar tempo, apenas com dinheiro. Podemos pagar alguém para fazer um serviço o qual perderíamos muito tempo. Além disso, podemos comprar um produto que jamais poderíamos fazer, mesmo gastando todo tempo do mundo. Para estas coisas, o dinheiro é bem gasto. Afinal estamos economizando algo que de fato não pode ser estornado. Nosso tempo. No dia de hoje, há coisas que ficam óbvias. Hoje paramos de pensar em formas de gastarmos n

A burrice do separatismo

Não há nada em especial na nossa espécie. O homo sapiens (esquece a piada da Dilmãe) sem uma tecnologia, e nascendo em um ambiente totalmente natural, intocado por gerações anteriores é totalmente desadaptado ao ambiente. Contudo, é sem dúvida a espécie com maior sucesso biológico registrada em mais de 1 bilhão de anos de vida na terra. O segredo do seu sucesso: cooperação. A cooperação entre outras espécies é bastante comum. Porém o homo sapiens não necessita conhecer profundamente sua contrapartida para cooperar. Ele pode ajudar um completo estranho, simplesmente por ter em mente que existe algo de comum, e totalmente antinatural, entre eles. Esse algo comum, uma espécie de código de conduta humana, foi e é o responsável pelo sucesso de nossa espécie. Podemos cooperar mesmo quando estamos vivendo em grupos de milhões de indivíduos. Imagine juntar milhões de chipanzés, nossos parentes mais próximos na escala evolutiva, em uma cidade. O cenário seria completamente caótico. 

Lições Econômicas de um Jogo de Futebol

Meus caros, o valor econômico é algo estocástico. Isso significa que é difícil antecipar quanto vale um determinado bem. Por exemplo, quanto vale um ingresso para o jogo do Flamengo. Resposta: depende. O tíquete médio do jogo ontem foi de R$120,00. No entanto, se soubessem os torcedores antecipadamente do resultado, quanto valeria este mesmo ingresso? Além disso, assistir ao mesmo time tem valor diferente, para situações diversas. Ontem estávamos em uma final. Fazer um jogo contra um time da série D no Carioca tem outro valor. Portanto, ao precificar qualquer bem, a teoria subjetiva do valor tem que estar alinhada com uma teoria que utilize a probabilidade conhecida ou estimada sobre o comportamento do valor de um determinado bem. Por isso o cálculo econômico é tão difícil, e falar de economia é bem diferente do que falar de contabilidade. Também é por isso que quando se ouve falar que o PIB cresceu em 1% não comemore e nem fique triste, tudo depende de como se deu em termos

Resposta ao JN: Universidades Públicas

Comentando e debatendo o estudo do Banco Mundial o Jornal Nacional ouviu especialistas na área de economia e educação para tentar desenhar um cenário do atual quadro do funcionamento das universidades públicas no Brasil. Um quadro mal desenhado, no entanto, foi feito pela edição do JN, que ao ouvir grandes pensadores sobre educação e gestão acabou dando margem à polêmica do financiamento do ensino, em um Fla x Flu entre gratuidade universal vs. fechamento das Univ. Públicas. Essa dicotomia sobre o financiamento do ensino não é em preto e branco . Não há um sistema puro que seja o ideal. Na realidade ambos os lados defendem que o atual sistema não está correto, uma vez que gera desigualdade, bem como falta de recursos em áreas estratégicas. A comparação, no entanto, entre o custo médio no ensino universitário privado e o ensino universitário público é descabida . O descasamento da comparação se deve principalmente pela diferença grande no portfólio de cursos oferecidos e

Diário de Viagem: Cuba continuação

Cuba é aquele lugar estranho em que apenas 1 dia é necessário para você se sentir em casa. É a mesma coisa de entrar em um colégio novo, mas com uma turma bem animada, e que você se identifica rápido. A aspereza do aeroporto, a falta do tão amado WIFI, sem shoppings e com a nossa premente necessidade de se consumir bens, fica em segundo plano, quando percebemo que o modelo de consumo de cuba é de novas experiências. A segurança de se andar nas ruas facilita 90% da viagem. Não há a nossa preocupação de cada dia. Ir à rua é um passeio com emoção, mas a emoção positiva. E por aí ganhamos coragem, enrolamos nosso português, com o espanhol cubano, e depois do primeiro mojito estamos "hablando". E mais, uma vez que conjugamos o verbo hablar, não paramos mais. A boa vontade dos cubanos ajuda. E assim vamos sorvendo experiências novas, como andar e conhecer carros que eram feitos para durar uma vida, o que contraria com os nossos que após 1 ano, já são usados, e que depois

O Abismo é logo ali

Não sejamos tão tacanhos a ponto de apontar o dedo para um único culpado. Há um crescente descontentamento da população quando o assunto é reforma previdenciária. E concordo quando falamos que o Brasil é um país muito desigual, e, portanto, as políticas públicas necessitam internalizar tal relação de inequidade Para se ter uma ideia do atraso brasileiro, ainda somos um país de renda baixa, com renda per capita abaixo da Argentina (26 posições atrás), Botsuana, Azerbaidjão e a Venezuela vem logo atrás. Portanto, ao elaborar a constituição de 88 olhamos socialmente para uma Europa mas economicamente estávamos na rabeira da América do Sul, e em termos sociais éramos um país africano. Hoje, socialmente estamos condizentes com nossos vizinhos. Economicamente somos ainda o principal país do Cone Sul, em termos relativos atrás de Chile, Uruguai, e Paraguai (está nos ultrapassando). A grande questão é que demograficamente nos aproximamos rapidamente de países europeus. E com isso toda

Diário de viagem em Cuba: Primeiros Dias

Ao chegar no aeroporto de Havana, a primeira sensação é que se está em uma repartição pública da década de 70. Funcionários militares conferem com esmero a documentação, dando uma impressão clara de que há uma grande tensão no ar. Aquele parece ser um território em que as tensões de um regime ditatorial encontra uma certa limitação, dado o grande afluxo de turistas e cubanos que entram e saem constantemente, os primeiros livres e incentivados, e os segundos com forte restrição e vigiados. A fotografia registrada acima pode ser aferida pelo simples clima dos turistas acostumados a tirarem selfies a todo momento, e que, dentro do aeroporto, cercado de militares, e sem aquelas lojas que forçam os visitantes a gastarem alguns momentos em lojas com produtos locais, o choque cultural é grande. Afinal, quase todos os aeroportos hoje em dia, seja aonde for, são grande shoppings, onde eventualmente não iremos regressar para casa depois das compras, com produtos que não iremos usar t

Contextualizando Seleção Adversa e Assimetria Informacional

Os primeiros trabalhos sobre assimetrias informacionais garantiram o Nobel de 2001. Um dos mais impactantes mostrou como o mercado de carros usados reage na medida em que um parâmetro que mensura o nível de atividade econômica se altera, Akerlof (1970). A princípio, se pensa que quando a atividade econômica diminui, as pessoas precisam vender seus bens mais valiosos, e o resultado seria carros melhores nas revendas. Mas o oposto ocorre, como o prêmio médio por carro cai, os melhores carros são retirados do mercado, simplesmente porque o valor de venda está muito abaixo do verdadeiro valor. Com isso, quanto maior for a crise, menor será a qualidade dos carros, ou dos ativos negociados na presença da assimetria informacional. Essa conclusão mostra que justamente o mais pobre, que sofre as consequencias mais perniciosas da queda da atividade econômica, quando precisa entrar em um mercado de 2a mão, como celulares, carros, roupas e etc, acaba sendo atendido por uma oferta com produto

Capitalismo: Cuba vs. Brasil

Existem três pilares para que o regime capitalista seja configurado: 1- respeito à propriedade privada; 2- respeito aos contratos; 3- respeito às trocas (de todos os tipos) voluntárias. Ou seja, onde há a presença destes 3 predicados, podemos dizer que há CAPITALISMO. Contudo, em alguns países vigora um regime parcialmente capitalista, onde se fala que existe um regime de capitalismo produtivo, onde o setor privado é que garante a produção de bens e serviços, ou seja, de riqueza, mas o Estado organiza a forma de se produzir, como, onde e quando. Bom, isso não é capitalismo, seria uma espécie de Socialismo de Mercado. Uma vez que os interesses do Estado não podem sobrepujar a vontade individual do empreendedor, sobre o que fazer com seus recursos privados, sejam materiais sejam humanos. Há outros países em que se vigora um Estado de Bem-Estar Social, aonde os recursos provenientes do setor privado, são repartidos de acordo com o interesse do Estado, abalizado por um si

Sólon o primeiro "inflacionista".

O comércio internacional sempre foi o motor da economia mundial. Em um mundo onde viver em comunhão é garantia de sobrevivência, os humanos passaram a definir seus territórios, plantando, colhendo e produzindo seus próprios alimentos, conseguindo com isso fundar os primeiros povoados. No entanto, assim que as primeiras cidades foram fundadas, o comércio passou a ser rotina constante, dado que nem sempre se consegue produzir tudo o que o desejo alcança. Na Atenas do séc. VI a.c., por exemplo, haviam dois grupos de produtores mais ou menos organizados, os primeiros produziam azeites e vinhos, os segundos grãos em geral, principalmente trigo. Os primeiros compravam os grãos em troca dos vinhos e azeites produzidos. Até que em um determinado momento, a produção de grãos passou a rivalizar com agricultores do leste europeu. Permitindo que os produtores de azeite passassem a importar grãos ainda mais baratos. Esse fato literalmente quebrou a dinâmica econômica dos plantadores de grão

Afinal, Mises acertou em sua tese do cômputo econômico?

Segundo Ludwig Von Mises em uma economia planificada sem direitos de propriedade bem definidos e com a decisão do que, quanto, onde, quando, como e porque produzir nas mãos de um planejador central o cálculo econômico se torna impossível . Sua conclusão está baseada em sua  crítica à teoria do valor marxista que define o valor de um bem pela quantidade de trabalho empregado. Como, na teoria marxista, apenas o trabalho gera valor, um bem seria tão ou mais valioso quanto mais homem-hora forem alocados em sua produção. Ainda com base nos cálculos de bens mais simples, Mises discute que, nunca se poderia entender o valor agregado de bem mais complexos , pois tais valores não são apenas uma soma contábil de bens simples multiplicados pela sua quantidade. Existe na economia uma forma bem mais complexa de estipular o valor de algo. E essa dinâmica se deve a interação de mercado entre agentes que buscam maximizar suas utilidades escolhendo bens que revelam suas preferências, e sendo

Opinar sobre tudo

Opinião remete a uma conjectura sobre algo/alguém as vezes pré-concebida, e portanto, eivada de preconceitos e heurísticas de pensamento. Geralmente a primeira opinião, segunda, terceira, ... são e estão erradas. Principalmente porque quase nada é tão fácil de se fazer uma leitura a primeira vista.  Mas como coadunar este fato acima com a necessidade cada vez maior em nossa sociedade sobre a opinião. Opinar hoje é quase um direito/dever de todos. Cada um tem que estar pronto para se posicionar sobre um assunto, sem ao menos nunca ter refletido, ou saber refletir sobre. As pessoas acabaram ou por necessidade ou por interesse se acostumando com tal hábito. Esse hábito de opinar pode ser classificado como um péssimo hábito, principalmente porque seria o mesmo que responder perguntas sobre determinados assuntos sem ao menos ter um conhecimento prévio. Não importa se você tem uma boa coerência lógica/textual, argumentar necessita de sabedoria e afinidade sobre o assunto em voga.

BNDES fonte de distorção

Distorção é definida conceitualmente como algo que modifica o estado natural de alguma coisa ou alguém. Em economia as distorções geralmente são provocadas pela atuação de forças contrárias às de mercado - livre iniciativa. A livre iniciativa baseada no sistema de trocas voluntárias, um negócio é concretizado se ambas as partes estiverem pelo menos melhor ou igual a situação anterior. Logo, cada negócio realizado é um ganho potencial para a eficiência e bem estar de todo o mercado. As falhas de mercado, contudo, possibilitam que em interações dinâmicas, a assimetria informacional (uma das falhas de mercado mais importante) gere perdas para um(s) do(s) agente(s) que realiza um negócio. Ou seja, alguém voluntariamente promove um acordo mas que gerará uma perda futura de bem estar. Essa ação ocorre exatamente porque os mercados em muitos casos não provêm a informação completa nem a segurança nos contratos capaz de garantir o cômputo econômico de forma correta. Além disso, com o avan

Teorema Ricardo-Vampi

Comentando sobre a gestão atual do time do Flamengo. Segundo teorema do orçamento equilibrado (Keynes), um aumento de uma unidade nos gastos sendo sustentado por um aumento na arrecadação provoca um aumento de mesma intensidade no produto. Ocorre que a teoria econômica abraça um outro teorema que é antagônico ao anterior. Seu nome é teorema da equivalência ricardiana, o teorema diz que quando se aumenta os gastos, ao invés de se provocar um aumento no produto o que ocorre é que os consumidores irão antecipar o aumento do tributo futuro para saldar o déficit fiscal e portanto irão poupar mais e não consumir a renda excedente, o que faz com que o produto não se altere. No futebol tivermos um recente caso de um jogador que antecipou esse teorema, inclusive poderíamos fazer uma nova combinação e falar sobre o teorema do Ricardo-Vampi. O teorema de Vampeta informa que caso um clube de futebol aumente seus gastos contratando craques valorizados só que sem sustentabilidade, provo

Um Moisés para muitos Aarões.

Calma, não quero dar nenhum ensinamento bíblico forçado ao leitor, quero apenas deixar uma reflexão sobre o papel do cientista e do comentarista de ciência. Ao que parece, no mundo de hoje, as subcelebridades científicas, ganham espaço e notoriedade, fazendo o que alguns acham erroneamente extremamente positivo. Comentar e interpretar os avanços científicos para o público em geral. E qual a parte negativa nisto? É porque muitos acabam dando uma interpretação pessoal e na maioria dos casos deturpando as conclusões científicas, que geralmente, são muito mais particulares, sui generis  e dependem de hipóteses que os divulgadores acabam não revelando, não sabendo, ou sequer sabem o que significam. Aarão foi o irmão mais velho de Moisés, e teve um papel fundamental na divulgação na doutrina da religião judaica. Moisés foi quem conversou com Deus e trouxe o conhecimento, Aarão foi quem falou a língua do povo, e soube divulgar as Leis/Mandamentos para o leigo. O cientista, atualmente, a

A covardia estatal

O ser humano é um bicho no mínimo engraçado. Os dados não conseguem refletir sua realidade. Mesmo tudo indo bem, poderá achar motivos para reclamar, e vice-versa. Analisar quantitativamente sua percepção de satisfação e felicidade é um caos para qualquer analista de microeconomia. Ao que parece se chega a uma conclusão de que a inveja é um sentimento mais forte do que a fraternidade, principalmente nos tempos atuais. Não é uma inveja cega, mas uma que nos diz o seguinte: a tristeza do meu irmão é menos triste do que a minha. Ou seja, mais vale estarmos menos tristes do que alguém do que menos felizes do que outros. Quando todos perdemos mas um perde menos, este consegue se sentir melhor do que em uma situação em que todos ganham, mas ele ganha menos. Esse é um paradoxo extramente complexo. Se a situação econômica melhorar, a melhora dos outros promove uma externalidade negativa àqueles que ou não melhoraram, mas melhoraram menos. Confuso e complexo. Por isso, nada mais prazeroso d

O futuro do emprego

Cada vez mais as relações de trabalho mudam. Na realidade, se tomarmos como base uma análise simplificada do que é trabalhar, significa ofertar sua força/capacidade de trabalho, o que envolve cada vez mais capital intelectual e humano para executar tarefas que possuem algum valor para alguém. Entender essa relação como um possível fruto de exploração é no mínimo anacrônico. Em primeiro lugar quando procuramos trabalho, estamos ofertando nossos serviços, e buscando alguém que tenha interesse e capacidade para pagar o valor que pedimos. É um modelo de oferta e demanda, se não é tão simples, é pelo seu comportamento dinâmico. Então os equilíbrios desse modelo podem se alterar com a mudança na dinâmica do mercado. A principal mudança no equilíbrio nas relações de trabalho são a perda da hegemonia do vínculo de trabalho estável, entre trabalhador e empregador, executando tarefas pré acordadas e sendo remuneradas mensalmente. Ou seja,o vínculo de trabalho formal, conforme prescreve

Conjuntura Econômica

A atual situação econômica do país é incerta. Obviamente começar um texto econômico com essa frase é de descabelar qualquer leitor acostumado como o economês nosso de cada dia. No entanto, quando se fala em incerteza é dizer que além da costumeira incerteza habitual de quem vive em uma economia tupiniquim, existe nova(s) chegando. A nova incerteza é o cenário político e econômico do país. Em via de regra, a política tende a atrapalhar a economia, pois busca sempre soluções mirabolantes que tentam tornar o remédio menos amargo. É como colocar adoçante na insípida novalgina. O efeito dessa tentativa é tirar o gosto amargo e também o efeito benéfico do remédio. Mas não foi o caso da atual gestão. A gestão política promovida pelo Governo do presidente Michel Temer foi de longe a melhor gestão dos últimos 10 anos. Comparável apenas a promovida pelo presidente Lula em 2002 que se encerrou no escândalo do mensalão, com a saída de Palocci e sua equipe do ministério da fazenda. Essa nova g

Uma crise anunciada e longe do fim.

Em 2015 o Estado do Rio de Janeiro na véspera de sediar os jogos olímpicos de 2016 anunciava seus problemas financeiros de forma pública. Começava a não pagar fornecedores, e honrar contratos com prestadores de serviços. Alguns anunciavam que tais medidas mostravam que a terceirização dos serviços estatais era a grande responsável pela questão financeira, pois o Estado não conseguia mais pagar os seus fornecedores. Solução - apontada por alguns - delegar tudo a iniciativa pública e fazer novos concursos nas áreas carentes, como saúde e educação. O tempo passou, e em menos de um ano os salários dos servidores já começavam a ser atrasados. Indicando, agora sem nenhuma capacidade de argumentação ideológica, que o problema não é a forma como é provido o serviço público, mas que a capacidade de provimento desse serviço por parte do Gov. do Estado do RJ estava em colapso. O município do Rio de Janeiro, no entanto, mostrava ainda grande capacidade de absorver gastos públicos, recebendo n

A previdência como uma família

O conceito familiar hoje está se expandindo de tal forma, que já li definições de casais, que moram separados, não tem filhos e formam uma família. Bom, esquecem que a ideia de expandir um conceito ao invés de fortalecer, apenas o enfraquece. Digressões a parte, o assunto que gostaria de abordar é o sistema previdenciário. Ao contrário do que parece, é uma invenção recente, data do final do século XIX início do século XX. No Brasil surgiu em 1888 para os funcionários dos correios - estes mesmos cujo fundo de pensão atualmente está virtualmente falido graças a gestão à brasileira costumaz de cada dia. Utilizando este conceito, a previdência surge na intenção de que os idosos não dependam da bondade dos filhos. Ou seja, se criou uma lei que os idosos terão vencimentos garantidos pelos que agora trabalham. É como se em um família com 2 avós, 7 filhos e 5 netos. Os filhos pagassem uma pensão para os pais. Note que os filhos terão, também, que dispor de recursos para garantir educação

Avaliando os 6 meses do Gov. Temer

A sensação de que Temer está no poder há bastante tempo é notória. Todos esperavam logo que se deu o processo de impeachment da ex presidente Dilma, que a economia iria entrar nos eixos, seguindo padrões internacionais de crescimento, com juros baixo e inflação sob controle. Contudo, tal fato não se verificou de maneira imediata, gerando expectativas frustradas na população, o que traz uma certa pressão sobre a necessária agenda ainda a ser implementada pelo Gov. Temer. A agenda necessária de controle dos gastos públicos, ou seja uma reforma fiscal, teve início com a PEC que limita os gastos públicos futuros. Portanto, criou-se algo que o orçamento público brasileiro ainda não tinha se dado conta, a escassez dos recursos. Isso, per se, já gera uma expectativa de redução na inflação futura, pois o seu principal componente, que é a emissão monetária (déficit público) teria sua trajetória controlada. Mais uma vez, tal trajetória esbarra na necessidade de fazer reformas que tornem o orç

A previsão nossa de cada dia não faz(erá) milagre.

Em entrevista marcada por um tom de desconfiança por parte da repórter do canal Globo News, uma das maiores audiências do país,  ao gestor de Carnaval da Riotur, que dispondo de dados sobre a demanda dos foliões no Carnaval passado, mostrou que as expectativas da secretaria de turismo do Rio de Janeiro foram quase todas superadas esse ano. Ao invés de se comemorar o sucesso de público, a tônica da entrevista foi sobre como pode a RioTur errar em quase todas as previsões do número de pessoas que frequentaram os blocos, problema este que leva a uma estrutura a quem, gerando filas demoradas para o banheiro, congestionamento humano, e desconforto para os foliões. O que parece um erro imperdoável da RioTur se torna uma caricatura de como o indivíduo representativo acredita que a previsão é algo exato (determinístico) e tendo fé nisso, basear todas suas decisões em tal previsão. Primeiramente é preciso entender que a previsão é um processo de natureza incerta. Ela é feita quase no escur

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