Keynesianos e Clássicos debruçaram-se sobre o funcionamento da economia no que tange ao seu equilíbrio. A grande divergência entre os dois pensamentos é que para os Clássicos o desemprego seria algo de curtíssimo prazo dado a capacidade autoajuste da economia. Contudo, os anos de 30 provaram que este autoajuste, pelo menos, não era tão célere, e, portanto, seria necessária alguma política anticíclica para que essa economia voltasse ao pleno emprego.
Essas políticas anticíclicas foram defendidas por Keynes que mostrou que as expectativas dos agentes exerce um papel importante nas variáveis econômicas, principalmente nas decisões de investimento. Sendo assim, a taxa de juros não era mais a primeira linha de defesa contra choques de demanda, e portanto, irão sim impactar no equilíbrio da economia.
Contudo, as ideias de Keynes visavam introduzir políticas anticíclicas que devolvessem o pleno emprego à economia, seja por via de políticas fiscais e/ou monetárias, sendo que, em uma economia razoavelmente bem comportada, com a IS e a LM com inclinações significativas, ambas as políticas eram eficazes. Logo, não há espaço na teoria proposta por Keynes para políticas de desenvolvimento, e mais, sobre o próprio crescimento econômico. Keynes não abordou esta questão de forma clara.
Reforço, então, que utilizar política desenvolvimentistas como se fosse políticas keynesianas é algo obtuso e inapropriado. O primeiro economista a conceber um modelo de crescimento econômico bem aceito foi Solow na década de 50. Contudo, o modelo de Harrod-Domar desenvolvido na déc de 40 aborda o desenvolvimento seguindo uma perspectiva keynesiana, mas dado sua conclusão de que se
um país sair da trajetória de equilíbrio a longo prazo, ele não consegue voltar
mais para a trajetória do crescimento equilibrado (fio da navalha), foi logo abandonado após o surgimento do Modelo de Solow.
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