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Mostrando postagens de 2015

Tem algo de errado: parabéns aos envolvidos

Com custos por aluno acima da média das universidades particulares, as universidades públicas no Brasil não apresentam um desempenho acima da média. Obviamente, a finalidade das universidades federais antes de serem fábricas de diplomas é serem o bastião da pesquisa e desenvolvimento tecnológico do país. Porém, faz tempo que a gestão tem empurrado professores pesquisadores a assumirem atividades administrativas, mesmo sem a menor expertise para tal. A última medida do Governo Federal foi empurrar mais 100 mil alunos nas já sucateadas e, principalmente, mal administradas Universidades Federais. Tem-se, então, um quadro cada vez pior em se tratando do retorno por real gasto nas universidades. Soma-se a isso um perfil socieconômico mais carente, e um nível de conhecimento mais parco, na média dos alunos. Chega-se a um quadro em que a efetividade do ensino superior se perde, e, então, os custos sociais passam a superar os benefícios. Conclusão, está melhor hoje, fechar as universidade

Dilema dos Prisioneiros e a Delação Premiada

Nada tem tomado mais assunto na mídia esse ano do que o processo de delação premiada dos presos pela operação Lava-Jato. Começaram com alguns poucos presos, que no desenrolar do mesmo processo, começaram a arrastar membros do alto escalão da Petrobrás, do cenário político nacional e membros notórios do empresariado brasileiro. Escancarando uma verdade nua e crua, que no Brasil, o capitalismo de estado, que mistura a coisa pública, com o interesse privado dos comandantes, gestores de um lado, e empresários do outro, só gera uma simbiose perigosa e corrupta. Alguns juristas e partidários políticos começaram um movimento de tratar os materiais coletados via delação premiada como se fossem oriundos de um processo escuso e muitas das vezes, sem o mesmo valor de outros indícios, estes coletados pelos moldes canônicos. Logo, essa tese iria por abaixo toda a operação Lava-Jato, pois grande parte das prisões, e mesmo, devoluções de dinheiro desviado do erário público, tudo isso foram frut

Ceteris Paribus: Inflação irá arrefecer em 2016

A economia está paralisada. O lado da oferta de moeda seria o único componente potencializador da inflação, fora a indexação. A oferta de moeda cresceu menos de 5% esse ano. Como os preços indexados não somam 100%, e a demanda encolheu junto com o crédito - este foi dizimado, não haverá mais pressões futuras na inflação em 2016. Prevejo, então, um retorno ao intervalo superior da meta - 6,5% ou menos. A minha previsão deveria ser comemorada, se, o principal fator desse controle inflacionário não fosse a queda abrupta e assustadora do nível de atividade econômica. Além disso, caso a produção não se recupere, poderemos observar uma alta dos preços no futuro, devido a escassez de produtos - algo pouco provável, mas possível. Além disso, quando falamos de inflação, temos que pensar também nas formas de garantir um rendimento futuro sobre os recursos poupados. Os títulos públicos são ainda a melhor alternativa para tal. A recomendação, então, nesse cenário, seria apostar nos tít

O silêncio que precede...

O momento agora é de se calar, e aguardar pelo menos os próximos desdobramentos do processo de impeachment. Acredito que, com a euforia dos investidores, e da sinalização de que, para a economia voltar a investir, revertendo esse quadro perverso de baixa produção, consumo e elevada inflação, os desejos convergirão no sentido de entender que essa saída seja a mais viável para recolocar a economia brasileira nos rumos, senão certos, pelo menos, menos caóticos e mais previsíveis. A falta de previsibilidade do atual governo é um dos fatores principais para sua rejeição e falha na conduta econômica. É sabido que grande parte das medidas de ajuste fiscal não passam, simplesmente porque, grande parte da base do governo foi eleita repudiando as mesmas medidas, que agora necessitam defender. Seja, então, por uma coerência ideológica, ou mesmo por falta de bom senso, ainda acreditam no fundo que essas medidas não são o melhor caminho a ser adotado no país. Querem a manutenção do modelo des

Problemas do cotidiano:universidades públicas

A despeito do fato de que os estudantes das instituições públicas recebem, talvez, o único retorno realmente tangível dos impostos, sua mentalidade ainda é pouco avançada no sentido de realmente quantificar e valorizar o retorno dos impostos pagos, na sua trajetória de vida. A universidade pública há bem pouco tempo era reduto de uma minoria abastada que, através dos recursos extraídos de um sistema tributário regressivo e ineficiente, conseguia fornecer uma educação de excelência, porém para poucos. Atualmente, tal sistema mudou. A universidade pública democratizou, através das novas políticas de seleção, seu acesso. O que permitiu que parcelas da população com baixo nível socioeconômico, adentrassem ao ensino. Contudo, adentrar é um passo, permanecer e concluir os estudos é outro passo totalmente diferente, mas uma decorrência do primeiro. Conforme o número de alunos matriculados foi aumentando, percebeu-se que o custo por aluno matriculado, ao invés de diminuir, foi au

O Pib cai, a inflação sobe: como explicar?

Não faz sentido aparente, a demanda agregada caindo os preços se acelerarem. A despeito do componente da oferta. Existe ainda muito estoque a ser queimado. Fora isso, o crédito no Brasil caiu drasticamente no período movido pelo aumento do juros e da inadimplência e endividamento das famílias. Porém, um dos componentes mais importantes, e muito esquecido, na hora de se conversar sobre inflação, são os meios de pagamento, que através de sua oferta e demanda, fazem com que o nível de preços suba ou desça, justamente porque, a moeda se valoriza ou desvaloriza. No caso de uma inflação acelerada, ocorre uma desvalorização da moeda. Posto isto, concluo a análise, observando um gráfico entre Papel Moeda em Circulação e Inflação, no ano de 2015. Observa-se uma relação linear frágil entre esses componentes. Além disso, uma correlação positiva, porém próxima de zero. Indicando que talvez não haja um poder explicativo empírico entre a oferta de papel moeda e a inflação durante o períod

André Esteves o mago da renda fixa

O banco BTG Pactual que foi recomprado pelo seu antigo sócio André Esteves em 2009, menos de 3 anos depois de ter vendido sua participação no banco. Tendo feito carreira na empresa, e se destacando na parte de renda fixa, o atual presidente do banco teve um crescimento meteórico de carreira e patrimônio desde seu primeiro emprego como estagiário em  1989 - período da hiper inflação. Tendo graduação em ciências da computação é difícil entender como o então jovem estagiário do banco pode assumir a chefia da área de renda fixa já em 1995, quase 5 anos depois. A renda fixa possui poucos componentes que apregoam um valor a um determinado título. Os dois mais importantes são a taxa de juros que remunerará o papel - seja ela pré-fixada ou pós - e a maturidade do papel. Além disso, um fator importantíssimo, é qual a instituição que está por trás do lastro do papel ou título. No caso brasileiro, a maior parcela dos títulos negociados nas mesas de renda fixas são títulos públicos, logo, o

Pequenos milagres [x2]: O caso UERJ

Analisando a situação atual da UERJ, percebemos que é nítido o esgotamento dos recursos do estado do RJ. Se não há mais recursos o que fazer? Não adianta nada promover paralisações e passeatas exigindo mais verba de onde não tem, e de onde, quando vem, essas verbas são mal destinadas e mal administradas. Sem contar o custo do real gasto. Em uma conta simples, penso que para cada 1 real gasto pelo estado, foi necessário arrecadar pelo menos 3 reais. Os outros 2 reais restantes se esvaem pela burocracia, má gestão, inépcia, ineficiência e corrupção. Portanto, o que fazer? Esta é uma pergunta simples. A resposta pode ser complicada se levarmos em consideração qual é o horizonte de tempo contemplado na pergunta. No longo prazo, acredito que o debate seja extenso e a reflexão levaria alguns meses, caso se trabalha-se em grupo. Mas os problemas de curto prazo podem ser atacados, e já. Primeiramente, a paralisação na UERJ se deu por falta de pagamento aos terceirizados, que são resp

Metáfora da Vida: Piscina

Pense na vida como se fosse uma piscina. Você decide o quão longe quer ir. Quem comanda o quão longe você consegue ir é seu fôlego e seu esforço diário. Não há atalhos. Se você não quiser nadar, ou se recusar a aprender a nadar, poderá andar dentro dessa piscina. Mas verá outros passarem por você com menos esforço nadando. Além disso, perceberá que o esforço por metro percorrido é bem menor à nado do que andando com os pés no fundo da piscina. No início requer-se muito esforço mental para aprender a nadar. Não é automático. A coordenação das braçadas com as pernadas e a respiração, fato vital para se manter nadando de forma ritmada e continuamente, não é adquirida de forma instantânea. Mas algo engraçado acontece. Assim que você aprende a nada, esquece como era não saber. Fica difícil entender como algo que agora parece ser tão simples, antes era tão complicado e anti-natural. Conforme você nada diariamente, além de aumentar os km's que você nadou dentro da piscina (vida)

Devo não pago, nego enquanto puder: A postura do Estado Brasileiro

A mais nova saída encontrada para manter o funcionamento do Estado, e o status quo de uma situação alarmante é o calote seletivo em passivos de custos eleitorais menores. O exemplo mais novo é o do Governo do Estado do Rio de Janeiro, que por conta de problemas financeiros, não está pagando em dia os fornecedores do Estado. Sendo assim, empresas que terceirizam serviços de segurança e limpeza em vários órgãos do Estado, como por exemplo na UERJ, estão sem receber seus direitos financeiros, e, por conta disso, não estão pagando seus funcionários. Logo, os funcionários das empresas terceirizadas estão paralisando suas atividades pois estão se receber salários.  A escolha do não pagamento dos terceirizados deriva não só de uma questão financeira, mas antes política. Como essas empresas prestadoras de serviço são entendidas como pessoas jurídicas, o Governo ao não pagá-las acredita que está prejudicando apenas empresários, mantendo assim, um eleitorado que acredita que o Estado d

O mito da justiça da redistribuição de renda

Acumulou mais uma vez a mega sena. O próximo concurso estima para o ganhador um prêmio de 200 milhões de reais. E o que isso tem a ver com o título do artigo? Bom, imagine você que em nome da igualdade e justiça - seja lá o que isso signifique - o ganhador da mega sena fosse obrigado a dividir o prêmio com todos aqueles que perderam. Ou seja, ficando na prática, basicamente com o valor pago pelo bilhete. Ou melhor, fosse obrigado a dividir pelo menos 50% do prêmio com os perdedores. O que vocês pensam dessa situação? A situação da mega sena é tal que todos os apostadores possuem exatamente a mesma probabilidade de receber o prêmio por 1 real investido. Logo, quem apostou sabe que, independentemente de quem ganhou, foi justa a vitória do apostador premiado. Mas porque, então, no mundo dos negócios e do livre mercado, não se enxerga o enriquecimento da mesma forma? Por que os perdedores se sentem injustiçados no mundo real, fora dos jogos de azar? Vamos refletir sobre o caso

Oportunidade: Tesouro Direto - NTNC

Aos poupadores, à poupança. A frase anterior remete ao tempo em que a poupança servia como uma proteção contra a desvalorização da moeda (inflação). Atualmente, a inflação perde quase 5 p.p. para a inflação anualizada. O que fazer então? Os títulos públicos são, sabendo escolher corretamente, a forma pela qual o poupador consegue garantir o poder de compra da sua reserva de valor e ainda, como prêmio por postergar consumo, adquire um percentual de valorização do seu dinheiro poupado, pelo menos 5 p.p. acima da inflação. A escolha ótima de títulos público se deve, em primeiro lugar, pela natureza do título a ser escolhido. Pré e pós fixado. Ambos possuem vantagens e desvantagens. Mas, no momento atual aonde a subida de juros será uma variável necessária para se manter a inflação, se não controlada, pelo menos não hiper, há de se escolher pelos títulos pós-fixados com vencimento em até 3 anos. Sendo assim, um título público extremamente atrativo é o NTNC210501 com duração d

Crise? Seguem os dados dos nossos vizinhos!

Seguem os dados acima do crescimento/taxa de variação do PIB em um ano dos países da América Latina. Fora Venezuela, o Brasil é um outlier em termos de crescimento e desenvolvimento econômico no momento atual. Não, não existe crise. O que existe é uma falta de governança. Os 7% de apoio ao atual governo precisam se curvar frente a uma realidade de que, se continuar assim, o país corre sérios riscos de parar. Devemos esperar até quando para mudar esse quadro? Contudo, a agenda da reforma política/econômica não pode se curvar frente à agenda corrupta e inepta do Congresso Nacional, que, em primeira instância pensa em favores, dinheiro sujo e projetos de poder, do que no bem e melhor futuro para o país. É hora de dar uma mensagem clara. A economia vai mal. O governo vai mal. A política vai mal. Vamos cortar os gestores públicos de cima para baixo, até que o país retome a seriedade.

Tragédia em MG e o Livre Mercado - ou melhor, a sua falta

A tragédia promovida recentemente e que deverá gerar resultados negativos para todos da região e terá impacto em quase todo o país, direta e indiretamente. Essa tragédia não foi fruto de capitalistas gananciosos mas que defendem o livre mercado. Foi fruto de um modelo olipolizado, com uma barreira à entrada gigantesca, conhecida como Concessão Estatal. A mineração, ou o direito do uso do solo, é uma concessão provida pelo estado, para que um agente privado possa explorar os recursos minerais da área. Para tal, esse agente deve pagar tributos e encargos para ter tal concessão. Além disso, sabe que, por uma decisão política pode ter seus direitos de explorador retirados de uma hora para outra. Caso você queira investir bilhões em um negócio tão arriscado assim, só o fará após comprar todas as possíveis brechas que lhe furtariam gozar do investimento altíssimo inicial dispensado. Logo, a concessão estatal acaba que, de forma indireta, promovendo uma perigosa simbiose entre cap

O Mito do Lucro

Não, o lucro não é ruim. Caso você não seja um invejoso do sucesso alheio. Não ache ruim nenhuma empresa, empresário ter lucro. Desde que não tenha esse lucro de forma ilícita ou, o que é pior, tendo lucro vendendo uma imagem de instituição filantrópica. Igrejas, ONG's, Fundações e etc, essas sim não devem perseguir nenhum tipo de lucro ou retorno financeiro. E por tal, são protegidas com uma legislação que isenta-as de praticamente qualquer obrigação com o fisco, além de contar com possíveis doações que servirão para que outros contribuintes possam abate-las das suas respectivas obrigações fiscais. Posto isso, a função única e primeira de qualquer empreendimento é gerar lucro. Ponto. E não há nada de errado nisso. Não se deve fazer qualquer tipo de juízo de valor nessa conduta. As empresas que possuem a finalidade de obter lucro, para tal, contratam pessoas cujas finalidades, muitas, são de prover uma vida melhor para sua família. Logo, empresas lucrativas, geram emprego

A discriminação é uma aliada. Discriminem, não sejam bobos.

Calma, não fiquei maluco ainda, pelo menos não totalmente. A discriminação, definida como tratar de forma diferente pessoas, única e exclusivamente por cor da pele, credo e posição social necessita sim ser combatida. Mas esta quase nunca ocorre de fato. Não vejo, por exemplo, o Pelé sofrendo racismo por ser negro (aliás, racismo é apenas um tipo de discriminação), mas vejo um jovem, negro, mal vestido, e em um bairro perigoso sofrendo racismo. Isso é ruim? Obviamente que é. Mas há como acabar. Não! Não existe como acabar com a discriminação. Essa afirmação está baseada no fato de que, muito do que consideramos como discriminação, está atrelado mais a estatísticas do que a cor da pele, credo ou posição social. Um jovem branco, tatuado, com músculos de fora, com uma garrafa de cerveja na mão, também sofre discriminação, e que bom que isso acontece! O comportamento humano consegue ser antecipado por sinalizações. Pessoas observadoras conseguem antever muito da sua personalidade

Como combater a inflação inercial (indexação)

O indexação é uma forma de proteger sua reserva de valor. Um jeito de poder manter constante o rendimento de uma operação. Principalmente quando esta envolve troca de valores futuros, que, por conta da inflação, correm o risco de se deteriorarem rapidamente, conforme os meses e os anos passarem. A compra de bens de consumo duráveis e imóveis envolve, entre outras coisas, acordos de antecipação de receita para o lado do comprador, e postergação para o lado do vendedor. Para se protegerem da desvalorização da moeda (inflação) os agentes do lado da venda necessitam de instrumentos que lhe permitam atualizar o valor monetário dos fluxos de caixa futuros. Com isso a indexação se faz extremamente útil, pois sem ela, ninguém iria querer vender à prestação. Porém, uma compra indexada gera, também, incertezas para o lado do comprador, uma vez que, ele não tem condições de, a priori, conhecer qual será a taxa que irá vigorar para a correção de suas prestações. Gerando com isso um desco

Para acabar com a mamata tem que cortar as tetas

Um bebê só é desmamado quando a teta da sua mãe seca. Não há incentivos para buscar alimentos foram do aconchego materno, e nem alimento mais rico e próprio para o consumo do filhote/bebê. O mesmo raciocínio se aplica ao integrantes/apoiadores do governo quando se trata da gestão das empresas estatais. Buscar fontes de investimento, receitas, lucros, geração de emprego e renda, é muito complicado, em um mundo cada vez mais competitivo. No Brasil essa equação se fecha com o seguinte sofisma: as estatais geram emprego e o capital estrangeiro (custeado à juros astronômicos) alimenta essa gastança. A reportagem de hoje do Valor Econômico, http://www.valor.com.br/empresas/4289690/o-papel-da-petrobras-no-governo-lula, representa como poucas o corte transversal do que é ser membro de uma empresa pública no país tupiniquim. O jogo do toma-lá-dá-cá é realçado à n-ésima potência quando se leem os fatos relatados pela reportagem. Os investimentos promovidos nos anos áureos do governo

Pequenos milagres econômicos: regime de atuação dos professores universitários

Esse texto será o início de uma série intitulada pequenos milagres econômicos. Nela irei abordar questões que de tão simples, poderão ser implementadas de forma rápida. Não melhorarão o mundo de uma hora para outra. Terão um impacto limitado. Serão fáceis de serem implementadas. E por isso, são as mais críveis.  É óbvio que a genialidade de um Plano Real, é somente palpável pelos impactos positivos para todos os agentes. Mas, não quero eu, sozinho inventar coisas mirabolantes e grandiosas. Furto-me a refletir diligentemente em coisas simples, porém, que sei que terão resultados positivos. A primeira questão que gostaria de abordar, é uma que vivo e transpiro há mais ou menos 4 anos, o magistério superior público e a suas regras. Vivenciando iniquidades existentes no trato de várias questões, irei perfilar algumas questões importantes. A primeira delas é a questão da Dedicação Exclusiva, que é alvo de tantas denúncias e reportagens. O tempo todo são pegos no "flagra&q

Por que quando a inflação sobe os juros tem que subir: Descubra

Uma questão que permeia grande parte da análise macroeconômica, principalmente de curto prazo, é quando devemos alterar a taxa de juros base da economia. A tendência é que essa taxa deva ser baixa o suficiente para permitir que os investimentos produtivos ocorram, e alta o suficiente para que não haja um aquecimento da economia a ponto de que gere inflação. O segundo ponto dessa teoria não está tão bem explicado. Ao que parece, haveria uma tendência de que, com juros baixos, a economia começaria a investir muito, e mais, começaria a antecipar muito o consumo futuro, gerando uma pressão de demanda, o que elevaria os preços. O que essa teoria não explica é que, se existe também um aumento no investimento, haverá aumento da oferta futura. E nada garante que, com aumento do investimento de um lado, e aumento do consumo via crédito do outro, essa conta não se anule, e não gere nenhuma pressão inflacionária. Na minha visão, a questão é bastantemente simples. As decisões de invest

Tempos Difíceis: A guerra fria é aqui

A cortina de ferro - expressão cunhada pelo estadista Winston Churchill - para exemplificar o que acontecia com o cenário internacional bipolarizado entre EUA e URSS depois do final da primeira guerra mundial, reapareceu nos tempos atuais no país tupiniquim. Falar em Guerra Fria em um país cujas temperaturas de sua Capital Federativa - Brasília - beira aos 35 graus, e na sua capital cultural - Rio de Janeiro - beira aos 45 graus nos dias de hoje, se faz uma metáfora no mínimo curiosa. Mas nada mais acertado para os tempos atuais do que essa denominação. O debate ideológico da esquerda vs. direita chegou a um patamar insuportável e estúpido. Bastiões da educação e ciência - professores universitários - hoje incitam a violência contra os discordantes do seu pensamento. Nada mais tacanho, covarde, mesquinho e desonesto. Políticos que não seguem nenhuma agenda politicamente racional, e sim, uma agenda racional do verdadeiro salve-se quem puder. Uma sociedade pouco presente na vid

Imóveis, porque os preços subiram e porque agora eles caíram

Em um texto passado expliquei o porquê da queda no preço dos imóveis pela ótica do investimento. Aconteceu que, hoje, o preço do aluguel é mais barato do que os juros pagos com a prestação do imóvel. Logo, se você não tem nem o imóvel e nem o dinheiro para comprar o imóvel. Ou você aluga o primeiro, e chama esse custo de aluguel. Ou aluga o segundo, e chama esse aluguel de juros. Contudo, há de se fazer um exercício mais profícuo para elucidar de forma mais complexa a questão. Supondo, então, um imóvel que renda um aluguel de X reais por mês sob a forma de perpetuidade. Ou seja, o imóvel irá render esse valor para sempre. Irei calcular o valor justo desse imóvel hoje, e avaliarei, via análise de sensibilidade , o que pode acontecer com o valor desse imóvel durante mudanças no regime da taxa de juros.  As contas foram feitas para uma SELIC anualizada em 7.5% que aconteceu no ano de 2012/2013, ano em que os valores dos imóveis explodiram, sem nenhuma explicação aparente (pa

Entrevista de Emprego

Cargo: Gestor Requisitos: Superior Completo, Inglês Fluente, Capacidade de Gerenciar Conflitos. Desejável: MBA em Gestão, Experiência Internacional. - Opâ! Eu quero. Mandando o currículo. Currículo selecionado. Entrevista agendada.  - Bom dia, você se candidatou para a vaga. Poderia nos contar um pouco sua experiência e suas capacidades profissionais? (Bom irei falar exatamente o que eles querem ouvir, afinal de contas, preciso e quero esse emprego. Que mal há em mentir um pouco) ... após meia hora de entrevista. -Bom nossa conversa foi ótima. Agradeço e retomaremos o contato. -Beleza! A vaga é minha. Começo amanhã Período de adaptação ao novo emprego. Após 3 meses tudo dando errado. Ao que parece nenhuma competência foi checada de forma correta pelo contratante. O funcionário não consegue desempenhar o mínimo sequer. Reunião para resolver conflitos. - Há quatro meses na nossa entrevista você contou que tinha todas as capacidades técnicas e profissionais p

Reflexão sobre o dia dos professores

Primeiramente uma piadinha rápida:  - Gato, o que você faz da vida? -Então, eu sou professor. Quer alguma coisa para beber? -Sim. -Já volto. -Ei garçon, me vê duas cervejas. -Voltando ao assunto.....Gata, ei cadê você....Que fdp....(devia ter dito que era jogador de futebol do Madureira). Peter Drucker desenvolveu a teoria neoclássica da administração. Como a denotação da palavra, tal teoria é extramente rica e fornece respostas rápidas para profissionais de várias áreas, inclusive nós, profissionais da economia e acadêmicos. Para Drucker a empresa deveria fornecer ao seu colaborador - se não foi ele quem cunhou o termo colaborador, substituindo o termo empregado, lhe é creditado, duas funções. A primeira, a mais importante delas, é a função social do trabalho. Ou seja, o indivíduo, uma vez ingressando como colaborador de uma empresa, não mais é visto como apenas uma engrenagem, e sim como um ser, que como todos da espécie, possui o desejo e a necessidade de s

Do público ao privado: está tudo errado.

Primeiro ponto. Não há nada de inovador no UBER - do ponto de vista tecnológico. Não se produz mais com os mesmos recursos. Há na verdade uma melhora gerencial. Tal melhora se reflete em um programa que consegue cadastrar motoristas credenciados, o que faz com que pessoas que demandam esse serviço, possam utilizar a lista da empresa para efetuar sua escolha. O UBER enquanto tecnológico não provocou sequer um avanço. Porém, mexeu em uma estrutura de transportes públicos atrasada, e acima de tudo, mafiosa. Tudo que concerne ao transporte público é máfia. Inclusive o próprio órgão fiscalizador dos meios de transportes privados - o Detran. Não há um órgão mais corrupto que este - porém, seria necessário um livro para enumerar os inúmeros casos de corrupção, ingerência e falta de governança do órgão, sem contar em desvio de finalidade. Sempre me perguntei porque os ônibus dos condomínios da Barra da Tijuca e Rio2 são liberados e o transporte de vans e kombis são proibidos. Não c

Venda de plantões e administração pública

Notícias que incomodam por revelar o que todo mundo sabe, demonstra a verdadeira hipocrisia que acontece no Brasil. A mais recente é a revelação - de algo muito antigo, porém facilitado pela tecnologia - que é a venda de plantões médicos. Funciona assim, um médico que precisa faltar ao seu plantão faz uma espécie de sub-contratação de algum outro, para cobri-lo, em eventual necessidade de falta. É obvio que, para o médico que sub-contrata não existe grande vantagem, uma vez que ele abre mão da sua remuneração por um serviço que iria prestar, mas delegou a um terceiro. Contudo, caso este profissional não seja remunerado como acredita que deveria, e mais, como o mercado pagaria, ele simplesmente tem todos os incentivos do mundo para fazê-lo. Na prática, os plantões são trocados por médicos mais experientes e melhores capacitados - geralmente já concursados, ou contratados - por médicos recém formados que precisam de dinheiro, e por isso, correm atrás dos plantões em finais de s

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