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Mostrando postagens de junho, 2013

Às viúvas da crise mundial: Lá vem o Brasil, descendo a ladeira

A "nova" desculpa para o fraco rendimento do PIB brasileiro são os reflexos da crise mundial. O governo insiste em afirmar que a culpa do fraco crescimento brasileiro é do cenário internacional, justamente ele, que em 2008 foi capaz de alavancar o Brasil no posto de grande player do mundo, sobretudo, no área de commodities agrícolas e minerais. "Parece que ele vive em um mundo sem crise" respondeu nosso Ilmo. Ministro da Fazenda, em sua réplica quando questionado por sua inépcia em gerenciar a economia do país. Ou seja, toda a ineficiência de políticas, mais do que ultrapassadas, que foram utilizadas sem sucesso na década de 70, agora é creditada pela crise internacional, que já passou. O desemprego na Europa vem diminuindo, bem como nos EUA, o momento de estímulos a economia já passou. Agora as economias internacionais dão claros sinais que irão apertar sua política monetária. Porém, o Brasil em 2008, seguiu na onda das economias em crise, e repetiu o vel

Quem venceu foram Lucas e Friedman....

Teoria keynesiana funciona apenas em momentos de recessão. Confundir keynesianismo com ajuda a bancos, para evitar corrida bancária, é errado. Ao se fazer isso, imputa-se para o resto da sociedade a leniência dos administradores dos bancos. Além disso, confundir política de investimentos públicos em bens tipicamente privados também não é keynesianismo. Estado Grande não era uma das pretensões de John Maynard Keynes. Confundir Estado Grande com regulação econômica é uma das falacias cometidas por quem quer defender sua própria ineficiência. Hayek por outro lado, "uma economia é um sistema demasiado complexo para ser planejado por uma instituição central e deve evoluir espontaneamente, por meio do livre mercado." A mesma ideia foi aplicada ao Direito: Hayek sustentou que um sistema jurídico produzido pela gradual interação entre os tribunais e os casos específicos, funciona melhor que um sistema legal planejado a priori por um legislador. Na Política, propôs uma fórmul

Dólar irá disparar!

Analisando os dados da economia brasileira e a economia americana chegamos a um cenário de subida futura da moeda americana. Para tal, precisamos interpretar os dados da tabela 1.                               Tabela 1 - Inflação(USA-BR) e Dólar Fonte: Elaboração Própria Analisando os dados reportados pela tabela 1, temos a seguinte situação. Em 2008, aonde o Brasil apresentava as melhores condições históricas da sua economia, com perspectiva de crescimento do PIB para próximos de 8% ao ano, houve uma inflação de 5.9%, enquanto que para os EUA, no auge da crise de 2008, a inflação foi de 4.3%. De 2008 para 2013 a moeda americana apresentou taxas de inflação bem abaixo da brasileira, e analisando a coluna DIF, vemos que a diferença acumulada da inflação nos dos países foi de 20.6%. Isso significa o seguinte, de acordo com a inflação, a moeda brasileira perdeu 21% aproximadamente de poder de compra, frente a americana. Contudo, ao comparar

Efeito incumbent e a reforma política

Incumbent significa encarregado, ou a pessoa que está no comando. Na política, estudos mostram que este efeito na hora do voto é bastante significativo, o que determina que uma vez eleito, qualquer político possui vantagens para as próximas eleições. Perceba que desde a aprovação da reeleição todos os presidentes foram reeleitos. Entre governadores e prefeitos essa taxa é de 60%. Entre deputados federais, estaduais e senadores essa taxa é de... A reforma política pretende perguntar ao povo se financiamento de campanha deve se dar com apenas dinheiro público; apenas dinheiro privado; os dois; e também perguntar se, apenas pessoas físicas poderão doar dinheiro para campanha, ou as empresas também poderão continuar a doar. A opção que mais me agrada é a de que o dinheiro tem que ser privado, e apenas pessoas físicas poderão doar, sendo a doação máxima de 700 reais por pessoa. Dinheiro público em campanha política acho ultrajante. Apesar do interesse público em uma eleição, cada

Guido Mântega x Rui Barbosa (Encilhamento x BNDES)

Mais uma vez, sob a égide de não se cometer os mesmos erros do passado, nosso Ilmo. Ministro da Fazenda, se não tivesse faltado às aulas de FEB, talvez colocaria um tom de austeridade na política fiscal do governo. O BNDES desde a saída de Antonio Palocci, com a atual gestão de Guido Mântega, que era o presidente do banco de desenvolvimento estatal na época, tem se parecido muito com a gestão de Rui Barbosa, que entre 1889 e 1892 levou ao primeiro surto de hiperinflação no Brasil. Prestem atenção aos objetivos da política de Rui Barbosa e Ouro Preto: consistente promoção do desenvolvimento, crescimento econômico, distribuição de renda e da educação e confiança financeiras... E os efeitos foram: agravamento na  concentração de renda , sobrevalorização do rentismo em detrimento da atividade produtiva, generalização da falência, ignorância e desconfiança em relação ao funcionamento dos mercados, além do aumento geométrico da  dívida pública  e estagnação da economia. "Bas

Mais do mesmo....

Desde 1500 se reclama da corrupção no Brasil. Representantes que após eleitos viram as costas ao eleitor. - Queriam seu voto, agora querem seu dinheiro. Frase esta que aparece em qualquer discussão sobre política, no Brasil. Um povo sempre inconformado com novos escândalos, mas que na verdade parecem, os escândalos, serem sempre mais do mesmo. Esse termo, mais do mesmo, significa que a constância da corrupção produziria textos monótonos. Por isso, no Brasil há quase tantas palavras que significam roubo como no dialeto havaino para ondas, mais ou menos duas mil palavras. Pense em: roubo, improbidade, peculato, formação de quadrilha, estelionato, corrupção passiva/ativa,  estelionato, conluio, cartel, esquema, fraude, ...Quantos termos diferentes... e uma mesma semelhança entre eles. Será que no Brasil tantos casos como esses é fruto estritamente de uma característica inerente ao brasileiro? Acredito que não. Tem-se um passivo jurídico em um arcabouço de normas e regras que p

Post tenebras spero lucem

A frase bíblica (Jó, 17, 12) que se traduz por,  "Depois das trevas espero a luz", no atual momento político e econômico brasileiro se adéqua. Temos uma situação de extrema fragilidade política e institucional, aonde o executivo, agora, pretende encabeçar uma mudança, a qual, o legislativo se negou a fazer durante tanto tempo.  Dado a CF 88, muitos privilégios foram concedidos para políticos. Na prática, a partir de eleito e diplomado, qualquer político tem imunidade parlamentar. Sendo assim, não pode ser preso, por qualquer crime que seja, enquanto estiver no gozo de seu mandato. Veja abaixo a letra da lei: As prerrogativas parlamentares se distinguem em duas espécies principais,imunidades material e formal,mas há outras previstas no art. 53 da CF/88, com redação dada pela Emenda 35/01: Imunidade Material -caput - Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. A Inviolabilidade, por opiniões, pal

A SELIC em 10% a.a. já

O COPOM motivado pela atual gestão econômica brasileira reduziu a SELIC há uma taxa nunca antes experimentada. Esse feito deu um sinal claro ao mercado: estávamos confiantes de que a gestão da economia estaria no caminho correto, nada nos abalaria, e agora iríamos decolar de vez, esquecendo-se de metáforas como voo de galinha e etc. Não se preparou e solidificou a economia. A crise em 2008 acometeu todas as economias, e medidas foram feitas para dirimir a recessão. A principal delas, redução de juros. Sendo assim, caso o Brasil não reduzisse junto, iria receber um fluxo de capital do resto do mundo, o que valorizaria o Real frente às outras moedas. E assim foi feito, reduzimos os juros, seguindo a tendência internacional. Acontece que nossa conjuntura macro e microeconômica não estava tão bela como se pensava. Logo viriam os primeiros déficits fiscais, que foram maquiados. A queda na produtividade, os sinais claros de superaquecimento da economia, inflação subindo, déficit no

10% do PIB para Educação??!?!

Aumentou o coro e as reivindicações. Agora, ficou mais contundente um pleito antigo que é os 10% do PIB para educação. O autor, ou autora dessa ideia seminal é desconhecida, mas existem defensores e indivíduos que agora tentam implementá-la. Contudo o fazem, como de costume, sem reflexão. Se quer conhecem o que é PIB, e segundo, desconhecem os mecanismos para melhora da educação. Dinheiro faz diferença? Acredito que sim. Mas, resolve tudo? Deixarei os dados internacionais informarem melhor essa questão. Analisando o gráfico 1, observa-se que o Brasil, em 2009, gastou proporcionalmente ao seu PIB acima da média dos países da OECD, o que é uma surpresa. Gastamos mais do que países como a França, Chile, Noruega, e Áustria, por exemplo. Gráfico 1 – Porcentagem dos Gastos com Educação Internacional Fonte: OECD/EAG 2012 Porém, analisando em termos de qualidade de educação, segundo o relatório do Programa Internaciona

Ideologias, Partidos e Brasil

Tenho lido muito a respeito das passeatas e protestos no Brasil. Fale-se muito sobre o apego ao apartidarismo, onde qualquer partido político passa a ser hostilizado durante os protestos. Argumentam que isso fere a democracia, e que, principalmente, o movimento pelo passe livre é um movimento de esquerda. E por isso, a bandeira vermelha tremulante e alegre deveria ser vista por todos. Bom, partidos de esquerda e de direita no Brasil.... Já refletiu sobre a bandeira e a ideologia do partido que governa o Brasil há 11 anos? Qual é mesmo?!?! Ahh... o PT.... Partido dos Trabalhadores. Quem são os trabalhadores? -Serão, companheiro, os proletariados que são explorados pelos capitalistas, e por isso necessitam se unir, e combater o sistema capitalista...........o PT é a defesa dos trabalhadores..... É verdade??!!? Os trabalhadores no Brasil, hoje, se incluem na classe média. A média salarial no Brasil, hoje é de    R$1.800, por mês, aproximadamente. Sendo assim, para quem é que o G

Funcionalismo Público: Realidade Brasileira

Tem-se no Brasil uma meritocracia louvável para ser admitido em um cargo público com estabilidade. Cada posto de trabalho é disputado ferozmente por candidatos cada vez mais qualificados e preparados para as provas. Os editais lançados, em contrapartida, exigem um após o outro mais conteúdo e qualificações. A concorrência se dá de forma impessoal, na maioria dos casos. Pois, tirando os cargos de professores universitários, o certame é organizado por outra instituição, que não a ofertante das vagas. É um encontro perfeito entre a meritocracia e a equidade no tratamento.  Contudo, ao tomar posse no concurso público, após algum tempo o candidato já efetivado percebe a grande diferença que é a seleção, e a progressão na carreira do funcionário. Enquanto que uma é pautada pela meritocracia, e pela impessoalidade. A segunda é pautada pelo patriarcalismo, pessoalidade e ineficiência. Pense bem, você já ouviu falar de concurso público para presidente de alguma estatal!? Ou para o car

Reflexões: ações afirmativas no Brasil

        As cotas raciais são um modelo de ação afirmativa [1] que tem o intuito de reduzir as desigualdades sociais entre brancos e negros. No Brasil surgem no ano 2000 e ganharam mais visibilidade a partir da adoção deste sistema em algumas universidades e concursos públicos. As cotas raciais são direcionadas para pretos, pardos e indígenas (Lei nº 12.711/2012).        Contudo um aspecto ainda não foi suscitado. Será que os grupos étnicos pretos, pardos e indígenas são iguais em termos de concorrência, em comparação com os brancos? Caso a resposta seja negativa, então qual é a legitimidade das cotas tratarem todos como iguais, no que toca a sua necessidade de acesso à universidade pública?   A resposta é não! Negros apresentam um diferencial negativo nos resultados do ensino básico. Com o mesmo perfil, eles têm um desempenho pior do que os demais grupos. Essa característica ainda não foi bem explicada. Contudo, umas das explicações é a de que são poucos os professores n

E o Dólar dispara....

Os péssimos gestores da economia brasileira não leram a parte do êxodo da Bíblia. Por mais antiga que seja, seus ensinamentos são atemporais. José ao interpretar o sonho do Faraó deixou bem claro que haveria dois momentos claros, em um primeiro momento, as vacas gordas: "E eis que vêm sete anos, e haverá grande fartura em toda a terra do Egito". Em um segundo momento, as vacas magras: "E depois deles levantar-se-ão sete anos de fome, e toda aquela fartura será esquecida na terra do Egito, e a fome consumirá a terra: e não será conhecida a abundância na terra, por causa daquela fome que seguirá; porquanto será gravíssima." A mensagem é clara, períodos de abundância devem ser geridos com a máxima austeridade possível. Deve-se incentivar a poupança, investir em longo prazo, fechar as torneiras do desperdício e da ineficiência. O Brasil teve seu momento! De 1995 até 2008, o Brasil seguiu uma trajetória de elevação da austeridade, prevaleceu ante as intempéries do

Contrato Social enfraquecido: Executivo, Legislativo e Judiciário

A democracia brasileira tem a seguinte característica. Opinião pública só na hora do voto. A gestão pública passa longe da democracia. Tem razão em se dizer que "não são 20 centavos". Precisamos de medidas sérias que defendam a democracia, e a sociedade aberta, e o debate político, e a tomada de decisão que leve em conta a sociedade. Temos um executivo que busca apoiar seus grupos de interesse, que são os mais variados possíveis, sindicalistas, MST, ruralistas, industriais, ... . As medidas pontuais e específicas do executivo geram um desconforto para toda a sociedade. Utiliza todos os recursos existentes para por em pauta uma política atrasada, e em defesa do Nacionalismo. Enquanto Europa e EUA fazem um acordo de livre comércio. Brasil se fecha ainda mais para o mundo. O Legislativo, na democracia brasileira, virou um torcedor. Faz coro, apoia, vaia, xinga, mas não legisla. Todas as medidas ou partem do executivo, ou ficam barradas. Não há representatividade popula

Mais Democracia e Menos Homem-massa

A sociedade reclama de um Estado sem representação. Mas a culpa é da própria sociedade, que gere seu voto como uma praça pública. Deixam o trabalho do voto consciente para o outro. Oras dá trabalho votar corretamente... e tem-se o descaso democrático O Homem -massa de Gosset é um ser impensante, que não valoriza o indivíduo, que não tem características próprias e  " cuja vida carece de projeto e caminha ao acaso. Por isso não constrói nada, ainda que suas possibilidades, seus poderes, sejam enormes...[q]uem não for como todo mundo, quem não pensar como todo mundo, correrá o risco de ser eliminado” O Homem-massa então é utilizado por um para ser um insumo político, um insumo barato e sem valor, pois ele não respeita as individualidades. Você lembra do candidato que votou para o legislativo!? Lembra ao menos do partido?? E aí, o que isso sugere? Acontece que um dia a conta chega. E chegou! Com a crise de representatividade, os maus governantes foram legitimados por

Políticas Industriais: Em pauta Eletrodomésticos

O Governo atual se caracterizou por medidas pontuais, que alteram as condições de competitividade em apenas um setor, em cada medida. Foi assim com o IPI, para as montadoras, construção civil, material de construção, eletrodomésticos da linha branca. Parece, que basta um setor chorar, que logo é atendido, com medidas que são de curto prazo, sem um marco regulatório definido, e que só gera pressão inflacionária. Uma política industrial deve ser horizontal, contemplar todos os setores, de forma que o governo não altere os preços relativos. Isso se aprende no 4 período da faculdade de economia. Hoje, em pauta, o setor industrial de eletroportáteis mostra que não tem como competir com a China. A oferta nacional atende apenas a 30% do que é consumido internamente. Eles clamam por incentivos, mostram que diferentemente dos setores da linha branca e marrom, não receberam subsídios. Ora, e por que a sociedade deve pagar a conta da sua eficiência!? Não se faz política industrial com m

As vaias à Dilma

Comparar às vaias que a Presidenta Dilma recebeu no jogo de ontem, com as vaias que a Primeira Ministra Thatcher recebeu no estádio do Liverpool é esdrúxulo.  Liverpool é a cidade operária do noroeste inglês.... por isso a indignação com as medidas liberais da primeira ministra. Contudo, graças as medidas "demoníacas" de Tatcher, a economia de Liverpool se recuperou, depois do declínio pós-Segunda Guerra Mundial. Entre 1995 e 2001 PIB per capita cresceu 6,3% ao ano. Já a Presidenta Dilma, controla um governo cujas medidas econômicas estão sufocando os setores produtivos brasileiros. Tornando a classe média refém do estado. Sem direitos civis, e sem nenhum auxílio social. O sonho da classe média agora é viajar para os EUA e poder comprar aquilo que o estado brasileiro lhe nega. Poder comprar produtos de qualidade a um preço justo. Sem impostos exorbitantes para proteger as indústrias ineficientes brasileiras, e sem ter que ver seu erário diminuir quase 40% de valor em um

O Velho do Restelo e a economia

Em uma citação camoniana, a Presidenta Dilma comparou as vozes contrárias a sua gestão econômica ao retrato literário feito por Camões de um velho que simbolizava os pessimistas, que avisavam dos perigos da navegação em alto mar. O velho alertava sobre a cobiça, a vaidade, a busca pela fama que motivava aquela empreitada. Segundo estudiosos de Camões, o Velho do Restelo, simbolizava uma crítica acertada ao esvaziamento demográfico que Portugal vivia, à custa da ida das seus navegadores para as grandes descobertas. Todos em busca de fama, aventura e glórias. Camões, em 1556, critica com esse personagem essa busca imbuída de valores vazios. E nada é mais acertado para o momento atual do Brasil. A economia busca, a qualquer custo, se erguer, sem se preocupar com a sustentabilidade de suas medidas. Procura se destacar. Mesmo que para isso esmague o restante da população com o peso da inflação, dos impostos, e das transferências de renda. As medidas econômicas atuais, alteram os preços

Economia para crianças: Os três porquinhos

Capítulo 1 Era uma vez um porquinho que andava no palácio do planalto chamado Palocinho. Palocinho andava com companhias duvidosas, sua mãe sempre o aconselhava a procurar bons conselhos de amiguinhos verdadeiros. Um dia Palocinho conversou com uma raposa que conhecia todos os meandros da floresta. O noma da raposa era Meirelinha. Palocinho queria construir uma casa sólida e pediu os conselhos da raposa. Meirelinha então disse para Palocinho que, para construir uma casa não basta querer gastar, tem que saber economizar, e com suas economias ir construindo a casa de vagar, sem pressa. Pois, assim, a casa iria ser solidificada e iria aguentar as turbulências. Palocinho então propôs para seus amiguinhos que a casa deveria ser erguida sem dívida. Agora, não se poderia construir a casa comprando nada fiado. A casa então cresceria solidamente sem dívidas. Mas uma segunda porquinha, a Dilminha, não gostava das ideias de Palocinho, e muito menos da raposa Meirelinha. Ficou tão encium

Resposta a sociedade: Crise do transporte público

Em pauta, novamente o movimento de protestos contra os aumentos das passagens. A resposta da imprensa brasileira é analisar de forma viesada a destruição provocada pelos protestos, ao invés de analisar a causa dos mesmos. Sendo assim, a imprensa acaba por gerar mais revolta. O principal papel da imprensa é trazer dados, pois informação só se tem com conhecimento, só o receptor consegue criar a informação, a partir dos dados. E nada se falou do motivo que levou este aumento. Parece uma queda de braços entre sociedade e os empresários de ônibus, envolvendo os motoristas, trocadores, policiais e os jovens no protesto. Nada poderia ser mais desvirtuado! O aumento das passagens não está ligado a ganância dos empresários de ônibus, pois, se esse aumento fosse apenas para elevar os lucros, seria fácil escolanar este aumento, de forma isolada, sem gerar alarde. Um aumento coordenado, maciço de todas as empresas só pode indicar que a inflação é a causa. Ela que elevou os custos das

Uma resposta a sociedade: De quem é a culpa da passagem de ônibus

Em pauta essa semana, os protestos contra os aumentos das passagens de ônibus. Esses protestos deixam bem clara a insatisfação da sociedade com o aumento do custo de vida. Que, meus amigos, não se resume apenas à passagem de ônibus. Serviços ficaram em média 15% mais caros só esse ano. Aluguéis, em torno de 30%. Colégio, plano de saúde, jantar fora, entre outros subiram muito acima da média divulgada pelo IPCA. Sendo assim, de quem é a culpa desse aumento? Se vocês leram o post anterior ( http://pedrocamachosalvador.blogspot.com.br/2013/06/uma-aula-sobre-inflacao.html )  não terão dúvidas. A culpa desse aumento é da inflação, que cresce a medida em que o Governo tenta esconder e financiar os déficits da sua gestão via impressão de moeda. O que na prática se torna uma imposto, o famigerado imposto inflacionário. A primeira reação de um aumento de preços é culpar a ganância dos empresários, e depois, a conivência das autoridades públicas com esses, denominados, aumentos abusivos.

Uma aula sobre inflação

Inflação, contrariamente a definição usual, não é a subida dos níveis de preços, isso é uma decorrência desta. Representa, então, a perda de valor da moeda, ou seja, a moeda nacional perde poder de compra, reduzindo uma das suas funções básicas que é a reserva de valor (as outras são: meio de troca e unidade de conta). Como é que a moeda perde valor? A subida de preços de determinados setores, ocasionada por fatores sazonais, não é um determinante efetivo para ocasionar a inflação, pois podem existir outros produtos que reajam na direção contrária, no jogo de forças entre oferta e demanda na economia. Sendo assim, o único meio efetivamente estrutural da moeda perder seu valor é analisando o próprio mercado monetário, ou seja, a LM (Oferta de Moeda = Demanda por Moeda). Ou seja, se o Governo resolver aumentar a Base Monetária, irá com isso, gerar um aumento na oferta, e em qualquer mercado não inelástico por parte da demanda, qualquer aumento na oferta gera queda no preço. Mas se

Modelo de Cagan, Modelo de Gray-Fisher: Indexação econômica

Cagan e Gray-Fisher apesar da sua idade, são modelos que se ajustam a realidade brasileira, no sentido de alertar para os perigos de uma política econômica sem rigor técnico. O primeiro versa sobre o que acontece quando o governo financia sistematicamente o seu déficit via expansão da base monetária, o modelo de Cagan em 1956 já se preocupava sobre essa questão. Se você está notando alguma semelhança com o Brasil de 2013, pois é, não é mera coincidência.... acho que o Mantega não leu o Capítulo 10 do livro do Simonsen...(se você é estudante de economia, leia!!). A conclusão de Cagan (para um determinado comportamento dos parâmetros do seu modelo) é que corte no déficit público via expansão monetária implica em um aumento na taxa de inflação. Cagan levou em conta o efeito Oliveira-Tanzi que predica que o imposto inflacionário pode ser decrescente (sob certas condições dos parâmetros do seu modelo). Já o modelo de Gray-Fisher (cap 12 do Simonsen) aponta para a fragilidade

É...deu ruim!

Não é nada difícil apenas extremamente repetitivo e trabalhoso enumerar as causas que fizeram o Brasil deteriorar tanto sua economia, que em 2010 no auge da crise crescera 7,5% no ano, com esse Brasil de agora, onde em 2013, os mais otimistas apontam um crescimento de 2,8%. Se bem que esse crescimento de 2,8% é sustentado pelo aumento da dívida. Em 2008, quando a crise americana estourou, o Brasil graças ao seu sistema bancário bem regulado, dispunha de instrumentos capazes de gerar políticas anticíclicas eficientes. Alterar os encaixes compulsórios. Injetar dinheiro na economia (pois apresentava um superávit primário consistente), . Conceder subsídios fiscais para tentar salvar os setores mais acometidos pela crise, que são os de exportação (que hoje em dia faleceram de tanto se embebedar com o remédio). Ainda teve como benesses, a maturação de investimentos importantes como a primeira produção do Pré-Sal. E acima de tudo, dispunha da confiança do mercado. Acontece que a difere

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